As novas geografias alimentares: produzindo territórios alimentares no Nordeste

Résumé

Partindo de pressupostos ligados aos recorrentes problemas associados a produção, comercialização e consumo dos alimentos. Diferentes iniciativas de pesquisas e análises estão sendo conduzidas sobre as questões alimentares na Europa e no Brasil. Assim, a proposta em questão, faz referência a importância dos estudos associados a abordagem das ‘Novas Geografias Alimentares (NGA)’ no Norte global. No entanto, a proposta aborda a necessidade de ampliar o debate e as análises realizadas pela abordagem da NGA, levando em consideração preceitos agrários e agrícolas e a presença massiva do agronegócio no Brasil e no Sul global. Dito isso, o artigo tem como objetivo contribuir e apresentar as primeiras reflexões sobre a adaptação e construção dessa abordagem para os estudos no Sul global. O texto está dividido em três partes, a primeira propõe o resgate das principais perspectivas e tendências de estudos inseridos nas (NGAs) e na reterritorialização dos alimentos. Implicando na utilização de suporte metodológico a partir da pesquisa e revisão bibliográfica nacional e internacional, com a proposições de técnicas de adaptação para a abordagem ser utilizada nos estudos do Sul global. Para compor a análise, propomos a utilização de preceitos ligados a abordagem dos regimes alimentares, fazendo referência aos contextos temporais e espaciais. Nesse sentido, recorremos aos ajustes teóricos-metodológicos ligados a perspectiva multinível (PMN) e produção de novidades em espaços físicos e produtivos ligados aos assentamentos rurais no Nordeste brasileiro. Levando em consideração a construção de alternativas frente ao atual sistema alimentar dominante e aos avanços do agronegócio. Reduzindo as enormes disparidades de poder ligadas a insustentabilidade ambiental, o acesso aos mercados, à terra e a segurança alimentar e nutricional da sociedade.