Avaliação das áreas de produção e de possíveis rotas de fluxos de detritos como geoindicadores de (des)conectividades de bacias urbanas

Autores

  • Regina Paula Benedetto de Carvalho Doutoranda em Geografia, PPGEO - UERJ
  • Antônio Soares da Silva Prof. Doutor do Instituto de Geografia - UERJ

DOI:

https://doi.org/10.35699/2237-549X..13458

Palavras-chave:

áreas de produção, conectividade, bacias urbanas

Resumo

A identificação de áreas de produção de detritos e de suas rotas pode contribuir com a avaliação da sensibilidade da conectividade entre as encostas e a rede de drenagem. Tendo em vista tais premissas, o trabalho teve como objetivo identificar possíveis zonas de (des)conectividade nas encostas de duas bacias urbanas localizadas no município do Rio de Janeiro: bacia do rio Grande e bacia do rio Anil. Os resultados mostraram que a bacia do rio Grande possui mais áreas de sensibilidade da conectividade do que a bacia do rio Anil, sendo que esta última possui maior potencial para garantia das atuais condições de conectividade. Além disso foi constatado que, especialmente por se tratar de bacias urbanas, o fator uso da terra é determinante no condicionamento e recondicionamento do sistema ambiental, podendo alterar, de forma intensa e num curto espaço de tempo, a suscetibilidade a produção de detritos e, portanto, o padrão de (des)conectividade das áreas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AGUIAR, A. M. Análises hidrogeomorfológicas e hidrossedimentológicas para comparação de duas bacias hidrográficas contribuintes do reservatório de Itaipu. 2009. 142 f. Dissertação (Mestrado em Geografia Física), Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, PósGraduação em Geografia Física, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, 2009.

BERNETT, R. J.; CHORLEY, R. J. Environmental Systems: Philosophy Analysis and Control. London: Methuen, 1978. 541 p.

BIGARELLA, J. J. Estrutura e origem das paisagens tropicais e subtropicais. Florianópolis: UFSC, 2003. v. 3, p.877-1436.

BRIERLEY, G. J., FRYIRS, K. A., JAIN, V. Landscape connectivity: The geographic basis of geomorphic applications. Area, v. 38 (2), p. 165–174, 2006.

CRISTOFOLETTI, A. Modelagem de sistemas ambientais. São Paulo: Edgard Blucher, 1999. 256 p.

CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia, 13 ed. São Paulo: E. Blucher, 2011. 188 p.

CHORLEY, R. J., KENNEDY, B. A. Physical geography: A systems approach. London: Prentice Hall International, 1971, 370 p.

COELHO NETTO, A. L. Hidrologia de Encosta na Interface com a Geomorfologia. In: Antônio José Teixeira Guerra; Sandra Baptista da Cunha. (Org.). Geomorfologia: uma revisão de conceitos e bases. 1ed. Rio de Janeiro: Bertrand, 2007, v. 7, p. 93-148.

DIKAU, R. Derivatives from detailed geoscientific maps using computer methods. Zeitschrift für Geomorphologie, v. 2 (80), p. 45-55, 1990.

EMBRAPA SOLOS. Mapeamento pedológico do Município do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Embrapa, 2004. 1 mapa. Escala: 1:75.000.

FRYIRS, K.A., BRIERLEY, G.J, PRESTON, N.J., KASAI, M. Buffers, barriers and blankets: The (dis)connectivity of catchmentscale sediment cascades. Catena, p. 70. 49–67, 2007.

FRYIRS, K.A., SPINK, A.; BRIERLEY, G.J. Post-European settlement response gradients of river sensitivity and recovery across the upper Hunter catchment, Australia. Earth Surface Processes and Landforms, North Ryde, v. 34, p. 897-918, 2009.

FRYIRS, K. A. (Dis)Connectivity in catchment sediment cascades: aa fresh look at the sediment delivery problem. Earth Surface Processes and Landforms. North Ryde, v. 38, p. 30–46, 2013.

GOOGLE EARTH. Imagem de satélite da Baixada de Jacarepaguá, cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Google Earth, 2014. Acesso em: 22 dez. 2014.

GREGORY, K. J. A natureza da Geografia Física. Rio de Janeiro: Bertrand, 1985. 367p.

GUERRA, A. J. T. Encostas Urbanas. In: Guerra, A. J. T. (Org.). Geomorfologia Urbana. 1ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011, v. 1, p. 13-42.

HARVEY, A. M. Coupling between hillslopes and channels in upland fluvial systems: implications for landscape sensitivity, illustrated from the Howgill Fells, northwest England. Catena, v. 42, p. 225– 250, 2001.

HARVEY, A. M. Effective timescales of coupling within fluvial systems. Geomorphology, v. 44, p. 175– 201, 2002.

INSTITUTO MUNICIPAL DE URBANISMO PEREIRA PASSOS (IPP). Ortofotos da Baixada de Jacarepaguá, município do Rio de Janeiro, do ano de 2013. Resolução de 10 cm. Rio de Janeiro: IPP, 2013.

LIMA, R. N. de S. Conectividade dos ambientes fluviais: Implicações para avaliação da sensibilidade do sistema de drenagem da bacia do rio Macaé (RJ). 2010. 110 f. Dissertação (mestrado em Geografia), PPGG/IGEO/ UFRJ, Rio de Janeiro, 2010.

MARQUES, J. S. A Participação dos Rios no Processo de Sedimentação da Baixada de Jacarepaguá. 1990. 437 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP, Rio Claro, 1990.

PAULA, E. V. Análise do Processo de Produção de Sedimentos na Área de Drenagem da Baía de Antonina: Uma Abordagem Geopedológica. 2010. 158 f. Tese (Doutorado em Geografia), Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2010.

RIBEIRO, M. F.; TRIANE, B. P.; COSTA, N. M. C. Zoneamento de bacias urbanas com base em processos hidrológicos e erosivos: uma aplicação no maciço da Pedra branca – RJ. In: RIANE, T. S. N., MARCOS, A.V.F., ROSA, L. P. (Org) Vulnerabilidade dos recursos hídricos no âmbito regional e urbano. Rio de Janeiro: Interciência, 2011, p. 111 -156.

SILVA NETO, J. C. A. Avaliação da vulnerabilidade à perda de solos na bacia do rio Salobra, MS, com base nas formas do terreno. Geografia (Londrina), v. 22, n. 1.p.05-25 jan/abr. 2013.

SOBRINHO, T. A.; OLIVEIRA, P. T. S; RODRIGUES, D. B. B.; AYRES, F. M. Delimitação automática de bacias hidrográficas utilizando dados SRTM. Revista Engenharia Agrícola. Jaboticabal, v.30, n.1, p.46-57, jan./fev. 2010. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/eagri/v30n1/a05v30n1>. Acesso em 02/12/2016.

SOUZA, P. A. de. Dinâmica Hidrossedimentológica e Padrões de conectividade no rio Macaé (RJ). 2013. 111 f. Mestrado em Geografia, Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGG), Instituto de Geociências, IGEO/ UFRJ. Rio de Janeiro, 2013.

Downloads

Publicado

2017-02-20

Como Citar

Carvalho, R. P. B. de, & Silva, A. S. da. (2017). Avaliação das áreas de produção e de possíveis rotas de fluxos de detritos como geoindicadores de (des)conectividades de bacias urbanas. Revista Geografias, 71–84. https://doi.org/10.35699/2237-549X.13458