Discriminação de habitats aquáticos no Córrego Guavirá, Marechal Cândido Rondon (PR)

Autores

  • Oscar Vicente Quinonez Fernandez Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)

DOI:

https://doi.org/10.35699/2237-549X..13261

Palavras-chave:

Seqüência corredeira-depressão, Hábitat aquático, Sedimentologia

Resumo

Levantamentos morfológicos, hidráulicos e sedimentológicos foram executados no córrego Guavirá, município de Marechal Cândido Rondon (PR), objetivando definir critérios quantitativos para classificar corredeiras e depressões. As corredeiras constituem trechos de talvegues topograficamente elevados cobertos por seixo e granulo e as depressões compreendem trechos rebaixados do leito, capeados por areia e silte+argila. Os critérios adotados foram: oscilação da topografia do leito, comparação de variáveis geométricas e hidráulicas e características granulométricas dos sedimentos de fundo. A oscilação da topografia do leito foi estudada aplicando a técnica de regressão linear no perfil longitudinal, que classifica corretamente as depressões e corredeiras. Foi constatado que a reta de ajuste pode classificar erroneamente habitats com profundidades intermediárias. Esta deficiência da técnica foi compensada confrontando variáveis hidráulicas e geométricas, tais como número de Froude, profundidade do fluxo e razão velocidade/profundidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Oscar Vicente Quinonez Fernandez, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)

Oscar Vicente Quinonez Fernandez é membro do Laboratório do Grupo Multidisciplinar de Estudos Ambientais. Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) – Campus de Marechal C. Rondon.

Referências

ANDREWS, E.D. 1979. Scour and fill in a stream channel: East Fork River, Western Wyoming. United States Geological Survey Professional Paper, 1117. BATHURST, J.C. 1982. Channel bars in gravelbed rivers. Discussion. In: Hey, R.D.; Bathurst, J.C. & Thorne, C.R. (Eds.) Gravel-bed Rivers, Wiley, pp. 330-331.

BECKER, F.G. 2002. Distribuição e abundância de peixes de corredeiras e sua relações com características de habitat local, bacia de drenagem e posição espacial em riachos de Mata Atlântica (Bacia d rio Maquiné, RS, Brasil). São Carlos (SP), Universidade Federal de São Carlos, tese de doutorado, 190 p.

BHOWMIK, N.G. e DEMISSIE, M. 1982. Bed material sorting in pools and riffles. Journal Hydraulic Engineering, American Soc. Civil Engineering, 108: 1227- 1231.

BROOKES, A. 1990. Restoration and enhancement of engineered British river channels: some European experiences. Reg. Rivers Research Management, 5: 45-56.

BROOKES, A. 1992. Recovery and restoration of some engineered British river channels. In: Boon, P.J.; Calow, P. & Petts, G.E. (Eds.) River Conservation and Management. Wiley, Chichester, pp. 337-352.

BROWN, A.V. e BRUSSOCK, P.P. 1991. Comparison of benthic invertebrates between riffles and pools. Hydrobiologia 220: 99-108.

CALLISTO, M; MORETTI, M. e GOULART, M. 2001. Macroinvertebrados bentônicos como ferramenta para avaliar a saúde de riachos. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, 6 (1): 71-82.

CLIFFORD, N.J e RICHARD, K.S. 1992. The reversal hypothesis and the maintenance of riffle-pool sequences. In: Lowland Floodplain River, Carling, P.A. & Petts, G.E. (Eds.), p. 43-70.

FERNANDEZ, O.V.Q. e ARNDT, M.A. 2005. Características físicas e hidráulicas de hábitats aquáticos no trecho superior do córrego Guavirá em Marechal Cândido Rondon (PR). XI Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, São Paulo (SP). Anais em Cd-rom, 234-239 p.

FERNANDEZ, O.V.Q.; SANDER, C. e REBELATTO, G. 2001. Granulometria e forma de sedimentos rudáceos na bacia do córrego Guavirá, Mal. C. Rondon, PR. In: Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Jornada Científica da Unioeste, 1, Cascavel (PR), novembro de 2001. 1 CD-ROM.

FERNANDEZ, O.V.Q.; SANDER, C. e REBELATTO, G. 2002. Seqüência de soleiras e depressões no córrego Guavirá, Marechal Cândido Rondon, região oeste do Paraná. Revista Brasileira de Geomorfologia, 3: 49-57.

FOLK, R.L. 1968. Petrology of sedimentary rocks. Austin (Texas), Hemphill’s Bookstore. 170 p.

FOLK, R.L. e WARD, W.C. 1957. Brazos river bar, a study in the significance of grain-size parameters. Journal Sedimentary Petrology, 27 (1): 2-26.

GILBERT, G.K. 1914. The transportation of debris by running water. U.S. Geological Survey Professional Paper 86: 363 p.

HINDI, E.C.; ROSA FILHO, E.F.; BITENCOURT, A.V. e GIUSTI, D. A. 1998. Determinação da descarga de rios por diluição de cloreto de sódio (método de integração). Boletim Paranaense de Geociências, 46: 151-161.

IAPAR (Fundação Instituto Agronômico do Paraná) 1994. Cartas climáticas básicas do Estado do Paraná, Curitiba (PR), 49p.

JACKSON, W.L. e BECHTA, R.L. 1981. A model of two-phase bedload transport in an Oregon Coast range stream. Earth Surface Processes and Landforms, 7: 517-527.

JÖNK, C.K. 2005. Influencia de uma queda de água, composição e estrutura trófica da fauna de dois remansos de um rio da mata atlântica. Curitiba, Programa de Pósgraduação em Ecologia e conservação, UFPR, Dissertação de mestrado, 45 p.

JOWETT, I.G. 1993. A method for objectively identifying pool, run, and riffle habitats from physical measurements. New Zealand Journal of Marine and Freshwater Research, 27: 241-248.

KELLER, E.A. 1971. Areal sorting of bed load material: the hypothesis of velocity reversal. Bulletin of the Geological Society of America, 82: 753-756.

KELLER, E.A. e MELHORN, W.N. 1978. Rhythmic spacing and origin of pools and riffles. Geological Society of America Bulletin, 89: 723-730.

LANA, C. E. 2004. Cartografia Integrada de Ecossistemas Lóticos (Fluviais) no Alto Curso do Rio das Velhas, MG. Ouro Preto, Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Dissertação de Mestrado, 175 p.

LEOPOLD, L.B.; WOLMAN, M.G. e MILLER, J.P. 1964. Fluvial processes in Geomorphology. San Francisco, Ed. Freeman, 522 p.

LISLE, T. 1979. A sorting mechanism for a rifflepool sequence: summary. Bulletin Geological Society American, 90: 616-617. LISLE, T.E. 1982. Effects of aggradation and degradation on rifflepool morphology in natural gravel channels, northwestern California. Water Resources Research, 18 (6): 1643-1651.

LOGAN, P. e BROOKER, M.P. 1983. The macroinvertebrate faunas in riffles and pools. Water Research 17: 263-270.

MAGALHÃES Jr., A.P.; dos SANTOS, G.B. e CHEREM, L.F.S. 2008. Processos de encouraçamento da calha do Alto Rio das Velhas e seus reflexos na dinâmica fluvial moderna, Quadrilátero Ferrífero, MG. VII Simpósio Nacional de Geomorfologia, Belo Horizonte (MG), Anais em Cd-rom. McKENNEY, R. 1997. Formation and maintenance of hydraulic habitat units in the streams of the Ozark Plateaus. PH.D Dissertation, Pennsylvania State University, State College, Pennsylvania, 340 p.

MILNE, J.A. 1982. Bedmaterial size and the riffle-pool sequence. Sedimentology, 29: 267-278.

MOIR, H.J.; SOULSBY, C. e YOUNGSON, A.F. 2002. .Hydraulic and sedimentary controls on the availability and use of Atlantic salmon (Salmo salar) spawning habitat in the river Dee system, north-east Scotland. Geomorphology (3-4): 291-308.

MOSLEY, M.P. 1982. A procedure for characterising river channels. Water and Soil Miscellaneous Publication 32, Ministry of Works and Development, Wellington, 90 p.

NARDY, A.J.R.; OLIVEIRA, M.A.F.; BETANCOURT, R.H.S.; VERDUGO, D.R.H.; MACHADO, F.B. 2002. Geologia e estratigrafia da Formação Serra Geral. Geociências (Unesp, São Paulo): 21: 15-32.

O’CONNOR, J.E.; WEBB, R.H. e BAKER, V.R. 1986. Paleohydrology of pool and riffle pattern development: Boulder creek, Utah. Geological Society Bulletin, 97: 410-420.

O’NEILL, M.P. e ABRAHAMS, A.D. 1984. Objective identification of pools and riffles. Water Resources Research, 20 (7): 921-926.

PETIT, F. 1987. The relationship between shear stress and the shaping of the bed of a pebble-loaded river, La Rulles-Ardenne. Catena, 14: 453-468.

PRIDMORE, R.D. e ROPER, D.S. 1985. Comparison of the macroinvertebrate faunas of runs and riffles in three New Zealand streams. New Zealand Journal of Marine and Freshwater Research 19: 283-291.

POPP, J.H. 1988. Geologia Geral. Rio de Janeiro. Livros Técnicos e Científicos Editora. 4a ed. 299 p.

RICHARDS, K.S. 1976. The morphology of riffle-pool sequences. Earth Surface Processes, 1: 71-88. SEAR, D.A. 1996. Sediment transport processes in pool-riffle sequences. Earth Surface and Landforms, 21: 241-262.

STATZNER, B. e HIGLER, B. 1986. Stream hydraulic as a major determinant of benthic invertebrate zonation patterns. Freshwater Biology, 16: 127-139.

STATZNER, B.; GORE, J. e RESH, V. 1988. Hydraulic stream ecology: observed patterns and potential application. Journal of the North American Benthological Society, 7: 307-360.

TEISSYRE, A.K. 1984. The river Bobr in the Blazkowa study reach (central Sudetes): a case study in fluvial processes and fluvial sedimentology. Geological Sudetica, 19: 7-71.

THOMPSON, D.M.; WOHL, E.E. e JARRET, R.D. 1999. Velocity reversal and sediment sorting in pools and riffles controlled by channel constrictions. Geomorphology, 27: 229-241.

THINKLER, K.J. 1970. Pools, riffles and meanders. Bulletin Geological Society American, 81: 547-552.

WADESON, R.A. 1994. A geomorphological approach to the identification and classification of instream flow environments. South Africa Journal Aquatic Science 20, 38-61.

WOLMAN, M.G. 1955. The natural channel of Brandywine creek, Pennsylvania. U.S. Geological Survey Professional Paper No 271.

YANG, T.C. 1971. Formation of riffles and pools. Water Resources Research, 7: 1567-1574.

YU, S.L. e PETERS, E.J. 1997. Use of froude number to determine habitat selection by fish. Rivers, 6 (1): 10-18.

Downloads

Publicado

2009-07-01

Como Citar

Fernandez, O. V. Q. (2009). Discriminação de habitats aquáticos no Córrego Guavirá, Marechal Cândido Rondon (PR). Revista Geografias, 5(1), 22–36. https://doi.org/10.35699/2237-549X.13261

Edição

Seção

Artigos