A ONTOLOGIA ESPECULATIVA DE GILLES DELEUZE

DIFERENÇA EM SI MESMA

Autores

Palavras-chave:

Deleuze, Ontologias pós-críticas, Diferença, Filosofia contemporânea

Resumo

O presente artigo pretende oferecer uma interpretação do
estatuto do conceito de diferença na filosofia de Deleuze. Como é notório, o filósofo procurou pensar a diferença sem sua tradicional subordinação à identidade, procurando pensá-la em si mesma. Neste sentido, Deleuze conclui que a diferença é o próprio ser na célebre tese da univocidade. Qual seria o estatuto desta afirmação? Que elementos tornam possível uma afirmação ontológica desta envergadura? No presente texto, pretendemos responder a
estas perguntas interpretando o conceito de diferença enquanto um conceito especulativo, argumentando que ele está no campo do pensável e não do cognoscível. Neste sentido, analisaremos o engajamento crítico de Deleuze com Kant, a fim de demonstrar que se trata, no caso deleuziano, de uma ontologia pós-crítica e, assim, no campo do pensável e não do cognoscível.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALLISON, H. “Kant’s Transcendental Idealism: an interpretation and defense.” New Have/Londres: Yale University Press, 2004.

BRYANT, L., SRNICEK, N., HARMAN, G. “Towards a Speculative Philosophy”. In: BRYANT, L., SRNICEK, N.; HARMAN, G. (ed.). The Speculative Turn. 2011. Disponível em: www.re-press.org (Acessado em 03 de janeiro de 2016.

BRYANT, L. “Deleuze’s transcendental empirism Notes Towards a Transcendenta Materialism”. In: WILLAT, E,. LEE, M. (eds.), 2009, pp. 28-49

______. “Difference and giveness: Deleuze’s Transcendental Empirism and Ontology of Immanence.” Evanston: Northwestren University Press, 2008.

DELANDA, M. “Intensive Science and Virtual Philosophy”. Londres: Bloomsbury Publishing, 2005.

DELEUZE, G. (1990). “Conversações”. Trad. P. P. Perlbart. São Paulo: Editora 34, 2013.

______. (1967). “Conclusões sobre a vontade de potência e eterno retorno.” In: A ilha deserta e outros textos: textos e entrevistas (1953-1974). Trad. L. B. L. Orlandi. São Paulo: Ed. Iluminuras, 2019.

______. (1993). “Crítica e Clínica”. Trad. P. P. Pelbart. São Paulo: Editora 34, 2011a. pp. 40-51.

______. (1968). “Diferença e Repetição”. Trad. L. Orlandi e R. M. Lisboa: Relógio D’água, 2000.

______. (1969). “Lógica do Sentido”. Trad. Luiz R. S. Fortes. São Paulo: Perspectiva, 2011.

______. (1963). “Nietzsche e a filosofia” Trad. M. T. Barbosa e O. Abreu Filho. São Paulo: n-1 ediçoes, 2018.

______. (1999). «Réponses à une série de questions». In: VILLANI, A. Le guêpe et l’orchidée: essai sur Gilles Deleuze. Paris: Éditions Benin, 1999. pp.129-131.

DELEUZE, G., GUATTARI, F. (1980). “Mil Platôs: Capitalismo e Esquizofrenia 2. Vol. 1” Trad. A. L. Oliveira, A. Guerra e C. P. Costa. São Paulo: Editora 34, 2011.

______. (1980). “Mil Platôs: Capitalismo e Esquizofrenia 2., Vol. 4”. Trad. S. Rolnik. São Paulo: Editora 34, 2012a.

______. (1980). “Mil Platôs: Capitalismo e Esquizofrenia 2., Vol. 5.” Trad. P. P. Pelbart e J. Caiafa. São Paulo: Editora 34, 2012b.

______. (1991) “O que é a filosofia?” Trad. B. Prado Júnior e A. Alonso Munoz. São Paulo: Ed. 34, 2010.

KANT, I. (1781/1787) “Crítica da Razão Pura.” Trad. M. P. Santos e A. Mourão. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001.

MEILLASSOUX, Q. “Aprés la Finitude: Essai sur la necessité de la contingence.” Éditions du Seuil: Paris, 2006.

______. “The Contingency of the Laws of Nature”. Environment and Planning D: Society and Space, Vol. 30, 2012, pp. 322-34.

MOORE, A. “The evolution of modern metaphysics: making sense of things.” Nova York: Cambridge University Press, 2012.

NUNES, R. “O que são ontologias pós-críticas?”. Revista Eco Pós, Rio de Janeiro, Vol. 21, Nr. 2, 2018, pp. 111-142.

RAE, G. “Ontology in Heidegger and Deleuze: A Comparative Analysis”. Nova York: Palgrave Macmillan, 2014.

SMITH, D. “Essays on Deleuze.” Edimburgo: Edinburgh University Press, 2012.

SIMONDON, G. “L’individuation à la lumiére des notion de forme e information.” Grenoble: Editions Jerôme Millon, 2013.

TOSCANO, A. “The Theatre of Production: Philosophy and Individuation between Kant and Deleuze.” Basingstoke: Palgrave Macmillan, 2006.

______. “Everybody Knows: Deleuze’s Descartes.” Deleuze and Rationalism conference, Centre for Research in Modern European Philosophy, Middlesex University, 2007.

WILLAT, E., LEE, M. (eds.). “Thinking Between Deleuze and Kant: a Strange Encounter”. Londres/Nova Iorque: Continuum International Publishing Group, 2009.

ZOURABICHIVILI, F. “Deleuze: uma filosofia do acontecimento”. Trad. L. B. L. Orlandi. São Paulo: Editora 34, 2016.

Downloads

Publicado

02-10-2023

Como Citar

VEIGA, Ádamo B. E. da. A ONTOLOGIA ESPECULATIVA DE GILLES DELEUZE: DIFERENÇA EM SI MESMA. Revista Kriterion, [S. l.], v. 64, n. 155, 2023. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/kriterion/article/view/36416. Acesso em: 16 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos