Afeto e subjetividade nos primeiros trabalhos de Merleau-Ponty
Palavras-chave:
fenomenologia, afeto, corporeidade, Merleau-PontyResumo
O presente estudo teve como objetivo investigar o tema da “afetividade” presente no primeiro momento da filosofia de Maurice Merleau-Ponty (1908 – 1961), mais especificamente nas obras: A estrutura do comportamento, de 1942 e Fenomenologia da percepção, de 1945. Procuramos apontar de que forma tal concepção se articula com a noção de subjetividade apresentada pelo autor nos referidos trabalhos. Merleau-Ponty enfatiza a impossibilidade de compreender-se o afeto segundo os pressupostos tanto do empirismo quanto do intelectualismo. Para o autor, a afetividade apresenta-se como um campo original da consciência corporificada, uma maneira que o sujeito tem de se abrir para o mundo através de determinado estado afetivo. Tomado na corporeidade, o afeto não se apresenta como fisiologia ou ideia. A afetividade corporificada surge como realização de um significado próprio, ligado à abertura do sujeito ao mundo, que sempre se dá a partir do próprio corpo.
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