Narrativa autobiográfica e experiência subjetiva, segundo Agostinho e seus intérpretes contemporâneos

Autores

  • Marina Massimi Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

Agostinho, autobiografia, conhecimento de si mesmo

Resumo

O artigo discute na perspectiva da história dos saberes psicológicos, a contribuição de Agostinho de Hipona ao propor a narrativa autobiográfica como forma de conhecimento de si mesmo.  Evidencia quanto assinalado por alguns intérpretes contemporâneos deste autor, acerca da importância de suas concepções para as atuais discussões acerca de narrativa autobiográfica e subjetividade. Delineia o envolvimento de todas as componentes do dinamismo psíquico (afetos, memória, entendimento e vontade) na elaboração do conhecimento de si mesmo e na escrita autobiográfica, segundo Agostinho. E por fim, mostra que, segundo esta concepção, conhecimento de si e narrativa autobiográfica possuem uma importante dimensão existencial: conhecimento de si mesmo coincide com a cura de si mesmo 

 

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Biografia do Autor

Marina Massimi, Universidade de São Paulo

Professora Titular e trabalha junto ao Departamento de Psicologia na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, Campus de Ribeirão Preto, Brasil. Especialista na área de História das Idéias Psicológicas na Cultura Luso-Brasileira.

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Publicado

2013-10-31

Como Citar

Massimi, M. (2013). Narrativa autobiográfica e experiência subjetiva, segundo Agostinho e seus intérpretes contemporâneos. Memorandum: Memória E História Em Psicologia, 25, 38–51. Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/memorandum/article/view/6533

Edição

Seção

Artigos