Psicanálise e Encantaria

a enunciação insurgente

Autores

  • Júlia Ritez Martins Universidade de São Paulo
  • José Francisco Miguel Henriques Bairrão Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

cultos afro-brasileiros, encantos, etnopsicologia, psicanálise

Resumo

O uso do termo encantado e das suas variantes é muito comum nos cultos afro-brasileiros. No intuito de averiguar se do seu emprego é possível inferir uma categoria etnopsicológica, procedeu-se a um levantamento do que tem sido dito a seu respeito na literatura acadêmica. Embora os encantados apareçam sempre envoltos em mistério e indeterminação, é possível perceber que alguns traços se repetem. Mostram-se em diferentes formas, podem ser espíritos e terem corpos, não terem nascido ou nunca terem morrido, classificam-se em famílias, podem reportar-se a cenários naturais, reminiscências históricas, referências literárias. Aparentemente, do ponto de vista etnopsicológico, os encantados sublinham o desconhecido e ressaltam a plasticidade da vivência religiosa, possibilitando enunciar e expressar, com grande liberdade, a experiência subjetiva.

 

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Biografia do Autor

Júlia Ritez Martins, Universidade de São Paulo

Mestre em Psicologia pela FFCLRP-USP e pesquisadora do Laboratório de Etnopsicologia da mesma instituição.

José Francisco Miguel Henriques Bairrão, Universidade de São Paulo

Docente e pesquisador da FFCLRP-USP e coordenador do Laboratório de Etnopsicologia da mesma instituição.

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Publicado

2011-10-17

Como Citar

Martins, J. R., & Bairrão, J. F. M. H. (2011). Psicanálise e Encantaria: a enunciação insurgente. Memorandum: Memória E História Em Psicologia, 21, 208–216. Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/memorandum/article/view/6614

Edição

Seção

Artigos