A antropologia paulino-agostiniana

a criação do paradigma da ambivalência do eu-moral e a interpretação do binômio saúde-doença

Autores

  • Cláudio Ivan de Oliveira Universidade Católica de Goiás
  • Anderson Clayton Pires Instituto Ecumênico de Pós-graduação da Escola Superior de Teologia em São Leopoldo
  • Raquel Ghetti Macedo Universidade Católica de Goiás
  • Ana Tereza Elias Siqueira Universidade Católica de Goiás

Palavras-chave:

cura, saúde e doença, Agostinho de Hipôna, história da psicologia, ambivalência do eu-moral

Resumo

Este trabalho apresenta o paradigma antropológico paulino-agostiniano da ambivalência do eu-moral, cuja importância histórica foi revolucionar a antropologia intelectualista grega e introduzir uma nova interpretação do binômio saúde e doença. A antropologia paulino-agostiniana compreendeu a ambivalência do eu-moral como doença estrutural do homem, condição conflitante que clama por solução. A cura foi interpretada como superação da ambivalência do eu-moral, que ocorre mediante o encontro com o transcendente. Argumenta-se aqui que este paradigma antropológico deve ser considerado nas investigações sobre a história da psicologia, dado ser uma poderosa influência sobre a interpretação da temática da saúde e da doença. Uma breve exposição da moral autônoma em Jean Piaget, bem como da idéia de ambivalência na psicanálise são apresentadas. Essa exposição tem objetivo de mostrar que a antropologia paulino-agostiniana possui repercussão na tradição interpretativa acerca do homem na psicologia moderna, apesar de ser antagonizada pela antropologia Iluminista.

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Biografia do Autor

Cláudio Ivan de Oliveira, Universidade Católica de Goiás

Doutor em Psicologia pela UnB e leciona História da Psicologia e Teorias e Sistemas em Psicologia na Universidade Católica de Goiás.

Anderson Clayton Pires, Instituto Ecumênico de Pós-graduação da Escola Superior de Teologia em São Leopoldo

mestre em ciências da religião pela Universidade Católica de Goiás e doutorando em Teologia no Instituto Ecumênico de Pós-graduação da Escola Superior de Teologia em São Leopoldo/RS.

Raquel Ghetti Macedo, Universidade Católica de Goiás

aluna de graduação em psicologia na Universidade Católica de Goiás.

Ana Tereza Elias Siqueira, Universidade Católica de Goiás

aluna de graduação em psicologia na Universidade Católica de Goiás e de pedagogia na Universidade Federal de Goiás.

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Publicado

2006-04-01

Como Citar

Oliveira, C. I. de, Pires, A. C., Macedo, R. G., & Siqueira, A. T. E. (2006). A antropologia paulino-agostiniana: a criação do paradigma da ambivalência do eu-moral e a interpretação do binômio saúde-doença. Memorandum: Memória E História Em Psicologia, 10, 9–32. Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/memorandum/article/view/6728

Edição

Seção

Artigos