Práticas Investigativas de Homicídios

A percepção de delegados e investigadores de polícia

Autores

Resumo

A violência é um problema endêmico no Brasil e o homicídio é a representação extrema desta, impactando negativamente a sociedade ao causar sensação de insegurança. Entretanto, a despeito dos altos custos econômicos e sociais do crime de homicídio, no Brasil existem poucas pesquisas que estudem as variáveis que contribuem para a elucidação desse crime. A investigação criminal é de responsabilidade das organizações policiais que compõem o subsistema de segurança pública do Sistema de Justiça Criminal, composto também pelos subsistemas de Justiça Criminal e Execução Penal ou Prisional. Desta forma, a presente pesquisa pretendeu compreender a partir da percepção de investigadores e delegados, quais são as práticas investigativas de homicídios adotadas pela Polícia Civil do Paraná que têm contribuído efetivamente para a resolução dos casos em uma capital de um estado brasileiro. A pesquisa tem caráter exploratório qualitativo pois utilizou a descrição dos agentes sobre suas práticas profissionais, especificamente àquelas relativas aos crimes com morte. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas que proporcionam flexibilidade na coleta de dados, uma vez que os entrevistados podiam falar livremente sobre os temas colocados. Inicialmente foi realizada uma entrevista-piloto com uma delegada para avaliação da adequação das perguntas. Posteriormente foram entrevistados 4 delegados e 14 investigadores. O tempo médio de cada entrevista foi de 40 minutos; estas foram gravadas e transcritas. A partir da análise de conteúdo das entrevistas obteve-se uma categoria de análise. A categoria, práticas investigativas, é composta pelas subcategorias: ocorrência; atividades diárias; atividades realizadas no processo de investigação; e informações necessárias.

Biografia do Autor

  • Raíssa Miranda da Cunha Vargas, Universidade Tuiuti do Paraná

    Psicóloga pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Mestranda em Psicologia Forense pela Universidade TUIUTI do Paraná. Curitiba, Paraná.

  • Giovana Veloso Munhoz da Rocha, Universidade Tuiuti do Paraná

    Psicóloga pela Universidade TUIUTI do Paraná, mestre em Psicologia da Infância e da Adolescência pela Universidade Federal do Paraná, doutora em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo, professora adjunta da Universidade TUIUTI do Paraná, orientadora no programa de Mestrado de Psicologia Forense.

  • Ana Claudia Nunes de Souza Wanderbroocke , Universidade Tuiuti do Paraná

    Psicóloga pela Universidade Federal do Paraná, especialista em Psicologia Hospitalar e Psico-oncologia e Cuidados Paliativos pela Universidad El Salvador (Argentina), mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, doutora em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina, professora adjunta da Universidade TUIUTI do Paraná, orientadora no programa de Mestrado de Psicologia Forense.

  • Guilherme Bertassoni da Silva, Universidade Federal do Paraná

    Mestre e doutorando em Psicologia pela Universidade Federal do Paraná. Perito Oficial Criminal da Polícia Científica do Paraná. Curitiba, Paraná.

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Publicado

2024-12-23 — Atualizado em 2024-12-23

Versões

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Seção

Relatos de Pesquisa

Como Citar

Práticas Investigativas de Homicídios: A percepção de delegados e investigadores de polícia . (2024). Mosaico: Estudos Em Psicologia, 12(1). https://periodicos.ufmg.br/index.php/mosaico/article/view/48291