A produção da cidade mercadoria e sua desconstrução poético-política: notas sobre a Praça da Estação em Belo Horizonte

Autores/as

  • Maria Luiza Magalhães Nogueira
  • Gabriela Cicci Faria

Resumen

Resumo

A Praça da Estação em Belo Horizonte/Brasil, consitui-se o lugar onde esta cidade planejada começou a ser construída. Com apenas vinte anos, o primeiro edificio da estação foi demolido para dar lugar ao novo, revelando um processo de construção e desconstrução que acompanha a “nova” metrópole, sempre em obras. Em 2003, essa praça central passou por uma grande reforma, justificada pela necessidade de criar espaços para grandes eventos. Em sua nova configuração, nasceu um espaço estéril, facilmente disciplinador e livre da inscrição mnemónica urbana. Ironicamente, o edificio da estação, antigamente integrado ao coditiano urbano, deu lugar a um museu, que passou a não fazer parte do percurso da população, posicionando a cultura como um processo de gentrificação desse lugar. Em 2009, o prefeito da cidade emitiu uma ordem que proibiu a realização de “eventos de qualquer natureza” neste espaço, o que originou uma manifestação popular insurgente ocupando a praça aos sabádos e convertendo-a em uma espécie de praia, tendo como lema a ocupação da cidade. A praça recebeu, então, outras formas de expressar a arte, como o trabalho “Sombra Grátis” no qual os perfomances sobem em escadas e abrem guarda-sois na tentativa de abrigar do sol forte os cidadãos que esperam pelos ônibus, na praça sem árvores. A partir da praia-praça e das inscrições poético-politicas que se produzem sobre a Praça da Estação, este trabalho pretende questionar como a arte e o lúdico podem contestar a produção da cidade-mercadoria.

Palavras-chave: saúde mental; prevenção; suicídio; terapia cognitivo-comportamental.

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Publicado

2019-03-21

Cómo citar

Nogueira, M. L. M., & Faria, G. C. (2019). A produção da cidade mercadoria e sua desconstrução poético-política: notas sobre a Praça da Estação em Belo Horizonte. Mosaico: Estudos Em Psicologia, 6(1), 61–76. Recuperado a partir de https://periodicos.ufmg.br/index.php/mosaico/article/view/12237