Autobiografias literárias na poesia de exílio: a recepção de Ovídio em Camões

Autores

  • Júlia Batista Castilho de Avellar Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais

Palavras-chave:

exílio, Ovídio, Camões, recepção dos clássicos, autobiografia.

Resumo

Os Tristia (“Tristezas”), de Ovídio, são considerados a obra fundadora da lírica de exílio na tradição ocidental. Nessa coletânea de elegias, Ovídio realiza sua última metamorfose e assume uma persona de exilado, que lamenta os sofrimentos em Tomos, cidade às margens do Mar Negro, nos limites do Império Romano. Este artigo investiga a (auto)representação do poeta como exilado, a permanência dessa imagem na tradição literária e sua importância para a poesia de exílio posterior. Será analisada a recriação empreendida por Camões na Elegia III, destacando-se os pontos de diálogo com a obra ovidiana e as inovações instauradas pelo poeta português. Camões adota uma persona ovidiana ao cantar seus males de ausência e efetua uma releitura da poesia dos Tristia. Assim, a presente abordagem centra-se na recepção do “mito” da vida e do exílio de Ovídio na poesia camoniana e, sobretudo, nas construções que circundam a figura do poeta exilado.

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Biografia do Autor

Júlia Batista Castilho de Avellar, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais

Doutoranda em Literaturas Clássicas e Medievais no Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da Faculdade de Letras da UFMG, como bolsista CAPES. Orientador: Prof. Dr. Matheus Trevizam.

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Publicado

2018-07-13

Como Citar

Avellar, J. B. C. de. (2018). Autobiografias literárias na poesia de exílio: a recepção de Ovídio em Camões. Nuntius Antiquus, 14(1), 87–109. Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/nuntius_antiquus/article/view/17093

Edição

Seção

Dossiê: Recepção Clássica