A psicologia moral de Sêneca: a relação entre a disposição de alma e a vida feliz

Autores

  • Mariana Monteiro Condé UFMG

Palavras-chave:

Sêneca, psicologia moral, paixões, vida feliz

Resumo

O presente estudo tem por objetivo explicitar de que modo a disposição de alma pode distanciar-nos ou aproximar-nos da vida feliz, na filosofia moral de Sêneca. Para tanto, busca-se analisar e discutir principalmente a epístola XIII das Epistulae Morales, na qual o autor oferece uma descrição da vida desgraçada que leva aquele que é acometido pelo temor – fenômeno psicológico que, por constituir uma das principais paixões, poderá incorrer num prejuízo para a capacidade do homem de atribuir valores, seja a si mesmo, seja ao que lhe é externo. Por outro lado, e tendo em vista as considerações tecidas, busca-se argumentar que é principalmente a força de alma do sapiens que parece aproximá-lo do ideal ético estoico da tranquillitas animi.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mariana Monteiro Condé, UFMG

Doutoranda em Filosofia pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFMG

Referências

ARNIM, H. Stoici antichi, tutti i frammenti. Trad. Roberto Radice. Milano: Bompiani, 2002.

BOVIS, A. La sagesse de Sénèque. Paris: Aubier, 1948.

FITCH, J. (org.). Oxford readings in classical studies: Seneca. Oxford/ New York: Oxford University Press, 2008.

GOLDSCHMIDT, V. Le système stoïcien et l’idée de temps. Paris: J. Vrin, 1953.

GRIMAL, P. Sénèque ou la conscience de l’empire. Paris: Les Belles Lettres, 1979.

HADOT, P. La citadelle intérieure: introduction aux Pensées de Marc Aurèle. Paris: Fayard, 1992.

HADOT, P. O que é a filosofia antiga? Trad. Dion Davi Macedo. São Paulo: Loyola, 1999.

INWOOD, B. (org.). Os estoicos. Trad. Raul Fiker. São Paulo: Odysseus, 2006.

INWOOD, B. Reading Seneca: stoic philosophy at Rome. New York: Oxford University Press, 2005.

LÉVY, C. Plaisir et amitié dans les Lettres à Lucilius. Ítaca: Quaderns Catalans de Cultura Clàssica, Barcelona, n. 28-29, p. 119-131, 2012/2013.

LONG, A.; SEDLEY, D. Les philosophes hellénistiques: vol. 2 - les stoïciens. Trad. Jacques Brunschwig et Pierre Pellegrin. Paris: Flammarion, 2001.

MARCO AURÉLIO. Meditações. Trad. Jaime Bruna. São Paulo: Cultrix, 1964.

MOTTO, L. Further essays on Seneca. Frankfurt/New York: Peter Lang, 2001.

REYDAMS-SCHILS, G.The Roman Stoics: self, responsibility and affection. Chicago: University of Chicago Press, 2005.

SENECA. Ad Lucilium epistulae morales. With an English translation by Richard Gummere. Cambridge, Mass./London: Harvard University Press, 1989 (3 vols.).

SÉNECA. Cartas a Lucílio. Trad. J. A. Segurado e Campos. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2009.

SÉNECA. Medeia. Trad. Ana Alexandra Alves de Sousa. São Paulo: Annablume Clássica, 2012.

SENECA. Moral Essays. With an English translation by John W. Basore. London: Heinemann, 1932/1935 (3 vols., vol. II-III).

SENECA. Sobre a vida feliz. Trad. João Teodoro d’Olim Marote. São Paulo: Nova Alexandria, 2005.

SÉNÈQUE. Lettres a Lucilius. Trad. Henri Noblot. Paris: Les Belles Lettres, 1947/1969.

USENER, H. Epicurea. Cambridge: Cambridge University Press, 2010.

VOELKE, A.-J. L’idée de volonté dans le stoïcisme. Paris: Presses Universitaires de France, 1973.

Downloads

Publicado

2015-12-11

Como Citar

Condé, M. M. (2015). A psicologia moral de Sêneca: a relação entre a disposição de alma e a vida feliz. Nuntius Antiquus, 11(1), 89–110. Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/nuntius_antiquus/article/view/17169

Edição

Seção

Artigos