As serpentes de Virgílio e de Odorico Mendes: efeitos poéticos e autotextualidade em Geórgicas, 3.414-439 e em dois passos do canto 2 da Eneida

Autores/as

  • Robson Tadeu Cesila Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, São Paulo / Brasil

Palabras clave:

Virgílio, Geórgicas 3, Eneida 2, Odorico Mendes, serpentes, autotextualidade

Resumen

Neste artigo, examinaremos a passagem 3.414-439 das Geórgicas, em que Virgílio adverte sobre os perigos representados pelos ofídios venenosos ao gado, e buscaremos demonstrar, a partir desse belo trecho, um traço marcante do estilo virgiliano: a criação de efeitos poéticos de som, sintaxe e ritmo. Também analisaremos as relações autotextuais que se estabelecem entre alguns desses versos e duas famosas passagens da Eneida: o episódio da morte do sacerdote Laocoonte e de seus filhos por duas serpentes saídas do mar (En., 2.199-227) e o início do trecho que narra a execução do rei Príamo por Pirro (En., 2.469-475). Concomitantemente, refletiremos sobre como todos esses aspectos foram contemplados na versão poética de um dos maiores tradutores de Virgílio para o nosso idioma, Manuel Odorico Mendes (1799-1864).

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Publicado

2020-01-24

Cómo citar

Cesila, R. T. . (2020). As serpentes de Virgílio e de Odorico Mendes: efeitos poéticos e autotextualidade em Geórgicas, 3.414-439 e em dois passos do canto 2 da Eneida . Nuntius Antiquus, 15(2), 123–142. Recuperado a partir de https://periodicos.ufmg.br/index.php/nuntius_antiquus/article/view/21973