Entre ditos e interditos

Missa do Galo, de Machado de Assis

Autores

  • Marli Fantini Scarpelli Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.17851/2358-9787.7..29-44

Palavras-chave:

Machado de Assis, Hesitação, Discurso encenado, Multiplicidade de focos.

Resumo

Pretendo demonstrar, neste ensaio, que o narrador do conto “Missa do galo”, de Machado de Assis, trapaceia quando afirma sua incerteza sobre uma experiência de sedução em que ele teria sido envolvido quando jovem. O desenlace do conto revela que sua estratégia discursiva estava investida na construção de uma trama em cujo interior se urdia secretamente uma outra historia, cuja versão colide com a da historia visível. O artifício da simulação culmina na perversão irônica do narrador, cujo logro reside primeiro em burlar o leitor, para, em seguida, passar-lhe a senha mediante a qual ele possa descobrir as regras de um jogo em que é desafiado a participar.

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Publicado

2001-05-31