Experiência e pobreza na narrativa de João Gilberto Noll
DOI:
https://doi.org/10.17851/2358-9787.14..169-181Palavras-chave:
Narrador, Experiência, João Gilberto Noll.Resumo
Discussão em torno do problema da escrita de João Gilberto Noll a partir do pressuposto de que esta é um registro do definhamento da experiência e da memória, elementos que dão suporte, segundo Walter Benjamin, à figura do Narrador. O artigo procura indagar sobre como se configura a problemática do narrador da obra de Noll do ponto de vista da “falta do ter o que narrar”, espécie de paradoxo emblemático da conjuntura em que a obra do escritor gaúcho se insere. Este trabalho é, também, uma pergunta sobre que tipo de posicionamento a escrita de Noll oferece como resposta a essa conjuntura. O corpus é composto por quatro romances: Hotel atlântico, Harmada, A céu aberto e Berkeley em Bellagio.
Referências
BENJAMIN, Walter. Experiência e pobreza. In: ______. Magia e técnica, arte e política. Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. 5. ed. São Paulo: Brasiliense, 1993.
BENJAMIN, Walter. A modernidade e os modernos. 2. ed. Tradução de Heindrun Krieger Mendes da Silva, Arlete Brito e Tânia Jatobá. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2000.
BENJAMIN, Walter. O narrador. In: ______. Magia e técnica, arte e política. Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. 5. ed. São Paulo: Brasiliense, 1993. p. 197-221.
MARCHEZAN, Luiz Gonzaga. O hipotexto de Noll. Revista de Literatura Comparada, ABRALIC, Rio de Janeiro, n. 9, p. 229-242, 2006.
NOLL, João Gilberto. A céu aberto. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
NOLL, João Gilberto. Berkeley em Bellagio. São Paulo: Francis, 2003.
NOLL, João Gilberto. Harmada. São Paulo: Francis, 2003.
NOLL, João Gilberto. Hotel Atlântico. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995.
VILLAÇA, Nizia. Paradoxos do pós-moderno. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 1996.