Seis personagens à procura de um tradutor (ou de um crítico). Por uma história das traduções de Machado de Assis na Itália como história das não traduções
DOI:
https://doi.org/10.17851/2358-9787.25.1.109-131Palavras-chave:
Machado de Assis, Itália, retradução, não tradução, cânone, recepção.Resumo
Este artigo pretende debruçar-se sobre as dinâmicas editoriais da tradução dos romances de Machado de Assis na Itália, cuja característica dominante é, sem dúvida, representada pela prática da retradução, à qual estão periodicamente submetidas as três obras maiores (Memórias póstumas, Quincas Borba, Dom Casmurro) em detrimento de todas as demais. Portanto, se levarmos em conta que as pouquíssimas traduções não pertencentes à trilogia são bastante negligenciadas pela crítica que se ocupa da recepção do autor e, além disso, nem sequer todas as traduções da trilogia cabem no cânone italiano dele, talvez não seja impróprio perspectivar a história da bibliografia machadiana na Itália pela ótica dos seus vazios, sendo as não traduções a face oculta dos textos efetivamente existentes.Referências
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