José de Alencar e a crítica literária de seu tempo

Autores

  • Gilda Vilela Brandão Universidade Federal de Alagoas

DOI:

https://doi.org/10.17851/2358-9787.30.1.83-101

Palavras-chave:

José de Alencar, Joaquim Nabuco, crítica literária, nacionalismo, cosmopolitismo

Resumo

Detendo-se na crítica da época, o artigo comenta os posicionamentos de escritores com os quais José Martiniano de Alencar (1829-1877) polemizou: Franklin de Távora (Cartas a Cincinato, 1872) e Joaquim Nabuco (A polêmica Nabuco-Alencar, 1978); discute as ideias do romancista acerca de sua própria obra, os caminhos pelos quais deveria ser interpretada (Como e porque sou romancista, 1990), bem como destaca sua defesa contra ataques de plágio e de inverossimilhança artística. Inevitavelmente, retoma o par nacionalismo-cosmopolitismo e o problema do plágio do conceito do bon sauvage rousseauniano, que Alencar, munido de um projeto estético próprio, incansavelmente refutou.

Referências

ABREU, José Capistrano de. Ensaios e estudos. 2. ed. 3ª série. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Brasília: INL, 1976. (Crítica e História)

ALENCAR, José de. Benção paterna. In: ______. Sonhos d’Ouro. 7. ed. Brasília: Instituto Nacional do Livro/Ministério da Educação e Cultura; 1977a. v. 6, p. 162-168. (Edição comemorativa do centenário de morte do autor).

ALENCAR, José de. Perfis de mulher. Lucíola. Diva. Senhora. 7. ed. Brasília: Instituto Nacional do Livro/ Ministério da Educação e Cultura, 1977b. v. 7. (Edição comemorativa do centenário de morte do autor).

ALENCAR, José de. Como e porque sou romancista. [Adaptação ortográfica de Carlos de Augusto Pereira]. Campinas: Pontes, 1990.

BOSI, Alfredo. Um mito sacrificial: o indianismo de Alencar. In: ______. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. p. 176-193.

CANDIDO, Antonio. Os três Alencares. In: ______. Formação da literatura brasileira (Momentos decisivos). 2. ed. rev. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1964. v. 2, p. 218-232.

CANDIDO, Antonio. Estrutura e função do Caramuru. Revista de Letras, Assis, v. 2, p. 47-66, 1961.

Chaves de MELLO, Gladstone. Introdução. In: ALENCAR, José de. Senhora (perfil de mulher). 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1957. p. 15-88.

COUTINHO, Afrânio (org.). A polêmica Alencar-Nabuco. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro; Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1978.

DE MARCO, Valéria. O império da cortesã – Lucíola, um perfil de Alencar. São Paulo: Martins Fontes, 1986.

DONATO, Hernâni. José de Alencar. São Paulo: Melhoramentos, s.d. (Grandes vultos das letras).

FREYRE, Gilberto. José de Alencar, renovador das letras e crítico social. In: ALENCAR, José de. Til; O Sertanejo: Rio de Janeiro: José Olympio, 1977. p. X-XXVI.

FREYRE, Gilberto. Prefácio. In: NABUCO, Joaquim. Minha formação. 10. ed. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1981.

GRIECO, Agripino. Vivos e mortos. São Paulo: Schmidt, 1931.

LAFETÁ, João Luiz. Retórica e alienação (Agripino Grieco). In: ______. 1930: A crítica e o pré-modernismo. São Paulo: Editora 34, 2000. p. 39-74.

MAGALHÃES JÚNIOR, R. José de Alencar e sua época. 2. ed. (corrigida e aumentada). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Brasília: INL, 1977. (Edição comemorativa de centenário de morte do autor).

MARTINS, Wilson. Francesismo, Realismo, Nacionalismo, Regionalismo e outros ismos. In: ______. História da inteligência brasileira. (1857-1914). São Paulo: Cultrix; Edusp, 1978. p. 459-516.

MERQUIOR, José Guilherme. La crítica brasileña desde 1922. In: PIZARRO, Ana (org.). América Latina: palavra, literatura e cultura. São Paulo: UNICAMP, 1995. p. 675-696.

NABUCO, Joaquim. Minha formação. 10 ed. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1981.

SANTOS, Wellington. Narrativa e pudor. In: MARCHEZAN, Luiz Gonzaga; TELLAROLI, Sylvia. Faces do narrador. Araraquara: UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2003. p. 201-213.

TAUNAY, Visconde de. José de Alencar. In: ______. Reminiscências. 2. ed. São Paulo: Companhia Melhoramentos de S. Paulo; Rio: Caveiras, 1923. p.81-213.

TÁVORA, João Franklin de Oliveira. Cartas a Cincinato – estudos críticos de Semprônio. 2. ed. Recife: J. W. de Medeiro Livreiro-editor, 1872.

ZÉRAFFA, Michel. Littérature et société. Paris: Seuil, 1976.

Downloads

Publicado

2024-04-23

Edição

Seção

Artigos