Como se estivéssemos em palimpsesto de Elvira Vigna
apagamento feminino e corrosão subjetiva
DOI:
https://doi.org/10.17851/2358-9787.32.2.331-349Palavras-chave:
Como se estivéssemos em palimpsesto de putas, Elvira Vigna, apagamento feminino, corrosão subjetivaResumo
No presente artigo, Como se estivéssemos em palimpsesto de putas de Elvira Vigna é analisado com base no apagamento feminino e na corrosão subjetiva. Recorre-se à imagem do próprio palimpsesto para o exame proposto. Desse modo, o apagamento ocorre como uma rasura, tornando as mulheres indiscerníveis entre si. Problema suscitado já ao se privar de nome a voz narrativa. Destacam-se, a esse respeito, questões de gênero e de classe, evidenciando assim maneiras distintas de violência conforme o estrato social, em claro prejuízo das prostitutas. Por sua vez, vale-se da corrosão subjetiva para a investigação do contraponto masculino, representado por João. Sua percepção é discutida pelo deslocamento, realizado pela variação do foco narrativo. Detém-se, com isso, em procedimentos composicionais, tratados em sua complexidade formal e temática, a fim de desvelar uma elaboração literária contrastante com o tom despretensioso do romance.
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