Política da forma moderna
DOI:
https://doi.org/10.17851/2358-9787.33.4.%25pPalavras-chave:
lirismo, romantismo, modernidade, estruturalismo, marxismoResumo
Como o romantismo é fundamental para a obra de Antonio Cândido, principalmente sua Formação da literatura brasileira, procuramos nesse artigo, a partir de Baudelaire e Mallarmé, recolocar alguns dos problemas postos pelo romantismo e quem sabe definir um pós-romantismo que nos permitiria repensar a função política da forma, principalmente na poesia. Partiremos da maneira exemplar com que a recepção de Mallarmé colocou os problemas da relação entre forma e política para, em seguida, definirmos o lirismo baudelairiano e o lugar que sua poesia ocupa na destruição simbólica da base cultural do romantismo. A oposição que Baudelaire faz entre clássico e moderno pode nos levar a redesenhar a importância da irrupção da “horrível vida” ou da prosa ou da “intensidade de vida” na sua poesia para reescrevermos uma outra história do lirismo.
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