A crença religiosa à luz de Hume e James

Auteurs

  • Gabriel Gonzalez Rungue Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia

Mots-clés :

Empirismo; Crença religiosa; Cognição; Emoção.

Résumé

Nosso intuito neste artigo é investigar a noção de crença na abordagem de Hume sobre os milagres. Para ele a crença em milagres não se justifica por dois motivos. Primeiro, a natureza sobrenatural dos milagres faz deles fenômenos pouco ou nada críveis. Segundo, Hume ressalta o acesso testemunhal que temos aos milagres. Para ele, certos ‘vícios’ psíquicos minam a admissibilidade da crença em milagres. Entretanto, Hume não esclarece o que se entende por crença. Diante desse problema, acreditamos que o pensamento de James sobre a religião pode lançar alguma luz acerca da noção de crença religiosa. Em Variedades da Experiência Religiosa (1902) ele distingue entre religião pessoal e religião institucional. A primeira tem a sua origem em uma experiência pessoal. Já a segunda é fruto de uma transmissão intersubjetiva, apreendida na relação com a comunidade, com familiares, etc. O que se fará neste trabalho é investigar a abordagem humeana dos milagres à luz da distinção entre religião pessoal e institucional.

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Publiée

2021-10-07