De Leibniz às máquinas sociais: uma visão histórica do surgimento dos agentes inteligentes de informação sob a ótica da ciência da informação

Authors

Keywords:

Agentes de Mineração. Máquinas Sociais. Internet 3.0.

Abstract

Tem como objetivo investigar o contexto histórico do desenvolvimento das ideias que culminaram com o surgimento dos agentes de mineração. Pressupõe, hoje, que cerca de metade da informação processada na Internet é feita por agentes o que estimula uma discussão sobre o papel dos bots na contemporaneidade, bem como da relação destes com pessoas e seus dados. A justificativa deste trabalho se dá pela observação do cenário atual em que tais agentes já interagem com as pessoas e pelo distanciamento presumido, do objeto de estudo que resulta na escassez de publicações a partir da CI. Apresenta como as necessidades informacionais que impulsionaram o surgimento da Ciência da Informação também inspiraram a criação dos agentes de mineração. O Procedimento metodológico utilizado foi uma revisão bibliográfica que parte do desejo de Leibniz em criar o Calculus Ratiocinator e segue até a contemporânea teoria das Máquinas Sociais. Sugere como conclusão, por um lado, que a CI já desenvolveu o seu olhar sobre a evolução dos Agentes de Mineração, que a princípio era atribuída, apenas, à lógica e matemática, e por outro lado articular estas desconexas e esparsas visões dos contextos próprios dos agentes de mineração.

Downloads

Download data is not yet available.

References

AABOE, A. Episodes from the early history of mathematics. MAA, v.13, 1964.

AHARONY, N.; REED, D.; LIPPMAN, A. Social area networks: Data networking of the people, by the people, for the people. In: COMPUTATIONAL SCIENCE AND ENGINEERING, 2009. Anais [...]. Nova York, IEEE, 2009.

ANJOS, L. Sistemas de Classificação do Conhecimento na Filosofia e na Biblioteconomia: Uma visão histórico-conceitual crítica com enfoque nos conceitos de classe, de categoria e de faceta. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) - Universidade de São Paulo, São Paulo. 2008.

BERNERS-LEE, T. Weaving the Web: The Past, Present and Future of the World Wide Web by Its Inventor. London: Orion Business Books, 1999.

BERNERS-LEE, T. The Semantic Web. Scientific American, May 2001. Disponível em: https://www.scientificamerican.com/article/the-semantic-web/. Acesso em: 22 mar. 2021.

BIOLCHINI, J. Semântica na representação do conhecimento: do vocabulário controlado à ontologia. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, V, 2003. Anais […]. Rio de Janeiro: IBICT, 2003.

BUSH, V. As We May Think. The atlantic monthly, v. 176, n. 1, 1945. p. 101-10.

BURÉGIO, V., MEIRA, S., ROSA, N. Social machines: a unified paradigm to describe social web-oriented systems. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON WORLD WIDE WEB COMPANION, 22, 2013. New York. Anais[…]. New York, p. 885-890, 2013

CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

CASTELLS, M. A Galáxia Internet: reflexões sobre a Internet, negócios e a sociedade. Zahar, 2003.

CRNKOVIC, G. Shifting the Paradigm of the Philosophy of Science: the Philosophy of Information and a New Renaissance. Minds and Machines, v.13, n.4. 2003. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1023/A:1026248701090. Acesso em: 22 mar. 2021.

DAHLBERG, I. Teoria da classificação, ontem e hoje. In: CONFERENCIA BRASILEIRA DE CLASSIFICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA, 1976, Rio de Janeiro. Anais […]. Rio de Janeiro: IBICT, 1979.

DUQUE, C., CARVALHÊDO, S. web semântica, as redes sociais e o futuro dos profissionais da informação. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, v. 9, 2008. Anais [...]. ANCIB, 2009.

FLORIDI, L. Internet: which future for organized knowledge, Frankenstein or Pygmalion. International journal of human-computer studies, v.43, p.261-274, 1995. Disponível em: https://uhra.herts.ac.uk/bitstream/handle/2299/1823/901824.pdf?sequence=1. Acesso em: 22 mar.2021.

FLORIDI, L. Information ethics: an environmental approach to the digital divide. Philosophy in the Contemporary World, v. 9, n. 1, p. 39–45, 2002.

FLORIDI, L. The fourth revolution: how the infosphere is reshaping human reality. Oxford: Oxford University Press, 2014.

GARCIA, J., SOUSA, M. Cultura digital: odisseia da tecnologia e da ciência. Em Questão, v. 17, n. 2, 2013. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/EmQuestao/article/view/22252/14320. Acesso em: 22 mar. 2021.

GEHRINGER, M., LONDON, J. Odisseia digital. 2001. Disponível em: http://www.geocities.ws/teeboheli/anexos/odisseiaDigital2.pdf. Acesso em: 2 jun. 2016.

GLEICK, J. A informação: Uma história, uma teoria, uma enxurrada. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

GUEDES, W., ARAÚJO JÚNIOR, R. Estudo das similaridades entre a teoria matemática da comunicação e o ciclo documentário. Informação & Sociedade, v. 24, n. 2, 2014. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/ies/article/view/16498. Acesso em: 22 mar. 2021.

HEIMS, J. John von Neumann and Norbert Wiener. Cambridge: MIT Press, 1980.

HERKEN, R. The Universal Turing Machine. A Half-Century Survey. Oxford: Oxford University Press, 1992.

JORENTE, M.; SANTOS, P.; VIDOTTI, S. Quando as Webs se encontram social e semântica: promessa de uma visão realizada? Informação & Informação, v. 14, n.1esp., p. 1-24, 2009. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao/article/view/2215/3209. Acesso em: 22 mar. 2021.

KOPETZ, H. Internet of things. In: KOPETZ, H. Real-time systems. Springer US, 2011.

KURZWEIL, R., RICHTER, R., SCHNEIDER, M. The age of intelligent machines. Cambridge: MIT Press, 1990.

LÉVY, P. A inteligência coletiva. São Paulo: Loyola, 1998.

LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2010.

MANESS, J. Teoria da Biblioteca 2.0: Web 2.0 e suas implicações para as bibliotecas. Informação & Sociedade, v. 17, n. 1, 2007. Disponível em: https://brapci.inf.br/_repositorio/2010/11/pdf_d1b75c96ad_0012775.pdf. Acesso em: 22 mar. 2021.

MATHEUS, R. Rafael Capurro e a filosofia da informação: abordagens, conceitos e metodologias de pesquisa para a Ciência da Informação. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 10, n. 2, 2005. Disponível em: http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci/article/view/341. Acesso em: 22 mar. 2021.

MEIRA, S. Novos negócios inovadores de crescimento empreendedor no Brasil. São Paulo: Leya, 2015.

MUHERONI, M. O paradigma físico da informação, segundo James Gleick. In: SILVA, J; PALETTA, F. (Orgs.) Tópicos para ensino de biblioteconomia. São Paulo: ECA-CBD, 2016. P. 166-175. v. 1.

NEIL, S. The Late George Boole. 1865. Tese (Doutorado em Matématica) - Queen’s College, Cork.

OTLET, P. Traité de Documentation: Le livre sur le Livre – Théorie et pratique. Bruxelles: Mundaneum, 1934.

PECKHAUS, V. Calculus ratiocinator versus characteristica universalis? The two traditions in logic, revisited. History and Philosophy of Logic, v. 25, n. 1, p. 3-14, 2004.

PIERUCCINI, I. Fundamentos em Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação. 2013. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/6393254/pieruccini-ivete-fundamentos-em- biblioteconomia-documentacao-e-ci/2. Acesso em: 01 fev. 2016.

POMBO, O. Dispersão e unidade para uma poética da simpatia. In: LARA, M.; SMIT, J. (Orgs). Temas de Pesquisa em Ciência da Informação no Brasil. São Paulo: USP, 2010.

PRICEWATERHOUSE, H. The business value of APIs. 2012 Disponível em: http://www.pwc.com/us/en/technology-forecast/2012/issue2/download.html. Acesso em: 23 abr. de 2016.

RECUERO, R. Redes sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2011.

ROSENBLUETH, A., WIENER, N., BIGELOW, J. Behavior, purpose and teleology. Philosophy of science, v. 10, n. 1, 1943. Disponivel em: https://www.jstor.org/stable/184878?refreqid=excelsior%3A4862a6a1c17dfdcda1f2ef5a0af6a1eb&seq=1. Acesso em: 22 mar. 2021.

ROUSH, W. Social machines: Computing means connecting. Technology Review, v. 108, n. 8, p. 44, 2005.

SEMMELHACK, P. Social machines: how to develop connected products that change customers' lives. New York: John Wiley & Sons, 2013.

SHANNON, C., WEAVER, W. The mathematical theory of information. 1949.

SOLOVE, D. The digital person: Technology and privacy in the information age. New York: Ny U. Press, 2004.

TOFFLER, A. A Terceira Onda. São Paulo: Record, 2007.

TSVETKOVA, M., GARCIA-GAVILANES, R., FLORIDI, L. Even Good Bots Fight. 2016. Disponível em: https://arxiv.org/abs/1609.04285. Acesso em: 23 abr. 2016.

TURING, A. Computing machinery and intelligence. Mind, v. 59, n. 236, 1950. Disponível em: https://www.csee.umbc.edu/courses/471/papers/turing.pdf. Acesso em: 22 mar. 2021.

VICKERY, A; VICKERY, B. Information science in theory and practice. Berlim: Walter de Gruyter, 2004.

https://www.incapsula.com/blog/bot-traffic-report-2015.html

www.wikipedia.com

http://goo.gl/ONtVlj

Visicalc foi o primeiro programa de planilha eletrônica utilizado em computadores pessoais. Lançado em 1979 para computadores Apple II e foi o primeiro programa de computador a vender mais de 10 milhões de cópias.

Published

2021-04-01

How to Cite

Andrade Santana, C., Oliveira Lima, C. ., & Almeida Nunes, A. . (2021). De Leibniz às máquinas sociais: uma visão histórica do surgimento dos agentes inteligentes de informação sob a ótica da ciência da informação. Perspectivas Em Ciência Da Informação, 26(1). Retrieved from https://periodicos.ufmg.br/index.php/pci/article/view/32867

Issue

Section

Articles