FAVELA OU COMUNIDADE? COMO OS MORADORES, GUIAS DE TURISMO E OUTROS AGENTES SOCIAIS COMPREENDEM SIMBOLICAMENTE O “MORRO” SANTA MARTA (RJ)?

Autores

  • Rafael Melo Pereira Universidade Federal Fluminense
  • Carolina Lescura de Carvalho Castro Universidade Federal de Ouro Preto
  • Bernardo Lazary Cheibub Universidade Federal Fluminense

Resumo

Este artigo tem por objetivo geral levantar questões a respeito dos significados das palavras “comunidade” e “favela” - compreendidas enquanto categorias sociológicas - buscando articular os pontos de convergência e divergência deste par, refletindo sobre as formas de apropriação dos termos por parte de alguns agentes sociais que interagem com a favela “turística” Santa Marta, no Rio de Janeiro. Concernente à metodologia, inicialmente foi feita a análise de diversos trabalhos de autores que falam direta e indiretamente sobre o tema; adicionalmente, foi realizada uma pesquisa de natureza qualitativa, aplicando-se roteiros semiestruturados de entrevistas com guias de turismo local, moradores, líderes comunitários e turistas/visitantes, com a finalidade de compreender como tais agentes se apropriam das palavras favela e comunidade. A partir dos resultados da pesquisa, concluímos que, de maneira maniqueísta e majoritária, a comunidade é concebida como o local da sociabilidade e da solidariedade, enquanto que a favela se apresenta como o lugar do caos urbano. Todavia, os termos podem se aproximar ou se afastar, dependendo do contexto em que são empregados e de quem o está usando, a partir de diferentes pretextos.

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Biografia do Autor

Rafael Melo Pereira, Universidade Federal Fluminense

Mestre  em  Turismo  com  ênfase  em  Gestão  e  Planejamento  pela  Universidade  Federal  Fluminense  (UFF). Pós-graduado  em  Gestão  de  Empreendimentos  Turísticos  (UFF).  Bacharel  em  Turismo -Faculdades  Integradas  Hélio Alonso   (FACHA).   Graduado   em   Relações   Públicas   (FACHA).   Formação   em   Métodos   Ativos   de   Ensino (C.Universitário Celso Lisboa). 

Carolina Lescura de Carvalho Castro, Universidade Federal de Ouro Preto

Professora Adjunta do curso de bacharelado em Turismo da Universidade Federal de Ouro Preto. Doutora e mestre em Administração pelo Programa de Pós-graduação em Administração da Universidade Federal de Lavras.

Bernardo Lazary Cheibub, Universidade Federal Fluminense

Professor e pesquisador da Faculdade de Turismo e Hotelaria da UFF. Docente do quadro permanente do programa de pós-graduação em turismo (Ppgtur-UFF). Doutor em História, Política e Bens Culturais pelo Cpdoc/FGV, com doutorado sanduíche na Universidade de Surrey (RU). Mestre em Estudos do Lazer pela UFMG. Coordenador do programa de extensão Turismo Social UFF. Líder do grupo de pesquisa MobLaTus - Mobilidades, Lazer e Turismo social.

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Publicado

2020-06-02

Como Citar

Melo Pereira, R., Lescura de Carvalho Castro, C., & Cheibub, B. L. (2020). FAVELA OU COMUNIDADE? COMO OS MORADORES, GUIAS DE TURISMO E OUTROS AGENTES SOCIAIS COMPREENDEM SIMBOLICAMENTE O “MORRO” SANTA MARTA (RJ)?. Revista Brasileira De Estudos Do Lazer, 6(3), 23–36. Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbel/article/view/19123