Pode ser... Poderia ser... ouso nem sempre criterioso de madalizações na escrita acadêmica

Autores

  • Maria Otilia Guimarães Ninin PUC-SP | UNIP Autor

Palavras-chave:

modalidade, escrita acadêmica, linguística sistêmico-funcional

Resumo

Objetiva-se, neste artigo,discutir, com base na teoria linguística Sistêmico-Funcional (Halliday, 1985, 1994;Halliday e Matthiessen, 2004); na teoria da Avaliatividade (Martin, 2000;Martin e White, 2005; White, 2010), mais especificamente no sistema de Engajamento;e na perspectiva de Hengeveld (1988, 1989, 2004) sobre modalidade, o uso, porautores mestrandos e doutorandos em Letras/Linguística, da modalidade realizadapelo verbo “poder” e suas formasderivadas, na construção de estratégias discursivas. Considerou-se um corpusde 40 teses e 40 dissertações produzidas entre 2008 e 2011, coletadas de sitesde universidades brasileiras públicas e privadas. Os resultados revelaramausência de critério na escolha do recurso de modalidade com o modal “poder”, indicando responsabilidade orado autor do texto, ora dos autores por ele citados, deixando, porém,transparecer diferentes significados em função de sua relação com outroselementos do discurso e do contexto.

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Biografia do Autor

  • Maria Otilia Guimarães Ninin, PUC-SP | UNIP
    Mestrado e doutorado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; professora titular - Coordenadoria Geral de Especialização Aperfeiçoamento e Extensão (COGEAE-PUC), professora titular da Universidade Paulista, curso de Letras - campus Alphaville , coordenadora do Lato Sensu Língua Portuguesa e Literatura - Universidade Paulista; bolsista CNPq depós-doutorado na PUC-SP - Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem; pertence aos grupos de pesquisa SAL – Systemic Across Language e LACE – Linguagem e Atividade em Contexto Escolar.

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Publicado

25-05-2014