Sobre o protagonismo na linguagem escrita e novos modos de interação

Autori

  • Djane Antonucci Correa Universidade Estadual do Ponta Grossa Autor

Parole chiave:

descolonização do pensamento, práticas de linguagem escrita, subalternização.

Abstract

O objetivo deste trabalho é problematizar o protagonismo da linguagem escrita a partir da retomada de estudos anteriores XXX (2009, 2011) e também XXX (2014, org.). Para tanto, inicialmente, trago discussões sobre o conceito de língua e, em um segundo momento, trago algumas reflexões sobre agência e agenciamento. Em seguida, retomo estudos anteriores sobre a linguagem escrita para abordá-la numa visão pragmática. Por fim, trago dois exemplos para estabelecer conexões entre o pensamento hegemônico acerca da escrita em contraponto à visão descolonizada de escrita, de modo que concluo chamando a atenção para a necessidade de descolonizar o intelecto.

Downloads

La data di download non è ancora disponibile.

Biografia autore

  • Djane Antonucci Correa, Universidade Estadual do Ponta Grossa
    Professora associada na Universidade Estadual de Ponta Grossa onde atua desde 1999. Foi professora de ensino fundamental na rede pública do estado de São Paulo (1993-1997). Concluiu o doutorado em Letras na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002) e pós-doutorado no IEL/UNICAMP (2008/2009 e 2010/2011). Atua no Curso de Licenciatura em Letras e também no Mestrado em Linguagem, Identidade e Subjetividade. Coordena o "Laboratório de estudos do texto", um Programa de extensão que visa a integrar atividades de natureza extensionista às de ensino e de pesquisa. Dedica-se aos estudos críticos da linguagem escrita em âmbito transdisciplinar como ponto de partida para estabelecer as relações entre cultura escrita, pragmática, política linguística, ensino e aprendizagem de língua, formação de professores e formação humana.

Riferimenti bibliografici

AHEARN, L. M. Agency. Journal of Linguistic Anthropology, South Carolina, v. 9, n. 1-2, p. 12-15, 2000.

AHEARN, L. M. Language and agency. Annual Review of Anthropology, California, v. 30, p. 109-137, 2001. https://doi.org/10.1146/annurev.anthro.30.1.109

ASAD, T. Agency and pain: an exploration. Culture and Religion, New York, v. 1, n. 1, p. 29-60, 2000. https://doi.org/10.1080/01438300008567139

AUSTIN, J. L. How to do things with words. 2. ed. Oxford: Oxford University Press, 1976.

BLOMMAERT, J. Ideologias linguísticas e poder. (Trad. de Ive Brunelli). In: SILVA, D. N.; FERREIRA, D. M. M.; ALENCAR, C. N. (Org.). Nova pragmática: modos de fazer. São Paulo: Cortez, 2014. p. 67-77.

BRITTO, L. P. L. Educação linguística escolar: para além das obviedades. In: CORREA, D. A.; SALEH, P. B. O. (Org.). Estudos da linguagem e currículo de Letras: diálogos (im)possíveis. Ponta Grossa: EdUEPG, 2008. p. 15-29.

BUTLER, J. Excitable speech: a politics of the performative. New York: Routledge, 1997.

CORREA, D. A. Aspects of writing and identity. Language Sciences, Oxford, v. 33, n. 4, p. 667-671, 2011a. https://doi.org/10.1016/j.langsci.2011.04.012

CORREA, D. A. Política linguística e ensino de língua. Calidoscópio, São Leopoldo, v. 7, n. 1, p. 69-75, 2009. https://doi.org/10.4013/cld.2009.71.07

CORREA, D. A. Políticas linguísticas e ensino: um convite à discussão. In: BATTISTI, E.; COLLISCHONN, G. (Org.). Língua e linguagens: perspectivas de investigação. Pelotas: Educat, 2011b. p. 105-124.

CORREA, D. A. Práticas linguísticas e ensino de língua: variáveis políticas. In: CORREA, D. A. (Org.). Política linguística e ensino de língua. Campinas: Pontes, 2014. p. 19-35.

CORREA, D. A.; GÜTHS, T. R. Por um constante repensar de nossas visões sobre língua: revisitando o conceito de política linguística. Cadernos de Linguagem e Sociedade, Brasília DF , , v. 16, n. 2, p. 140-159, 2015.

DAVIDSON, D. The second person. Midwest Studies in Philosophy, Hoboken, v. 17, n. 1, p. 255-267, 1992. https://doi.org/10.1111/j.1475-4975.1992.tb00154.x.

DERRIDA, J. Limited Inc. Paris: Galilée, 1990.

DURANTI, A. Agency in language. In: DURANTI, A. (Ed.). A companion to linguistic anthropology. Massachusetts: Blackwell Publishing, 2004. p. 451-473.

HARDY-VALLÉE, B. Que é um conceito? São Paulo: Parábola, 2013.

HARRIS, R. Rethinking writing. London: Continuum, 2000.

JOSEPH, J. E. Language and politics. Edimburgo: Edinburgh University Press, 2006. https://doi.org/10.3366/edinburgh/9780748624522.001.0001

KRAMSCH, C. Por que os professores de língua estrangeira precisam ter uma perspectiva multilíngue e o que isto significa para sua prática de ensino. In: CORREA, D. A. (Org.). Política linguística e ensino de língua. Campinas: Pontes, 2014. p. 11-20.

MEY, J. Sequencialidade, contexto e forma linguística. In: SILVA, D. N.; FERREIRA, D. M. M.; ALENCAR, C. N. (Org.). Nova pragmática: modos de fazer. Trad. Ive Brunelli. São Paulo: Cortez, 2014. p. 129-144.

MIGNOLO, W. D. Histórias locais/projetos globais - colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Trad. Solange Ribeiro de Oliveira. Belo Horizonte: UFMG, 2003.

MOURA, D.; CARICATI, L.; MANDIL, J. Analfabetismo no século 21: jovens contam como é viver sem ler nem escrever na cidade de São Paulo. UOL Educação, São Paulo, 2016. Disponível em: http://www.uol/educacao/especiais/escolaridade-zero.htm#tematico-1 >. Acesso em: 14 dez. 2016.

PINTO, J. P. Conexões teóricas entre performatividade, corpo e identidades. Delta, São Paulo, v. 23, n. 1, p. 1-26, 2007. https://doi.org/10.1590/s0102-44502007000100001

PINTO, J. P. Da língua-objeto à práxis linguística: desarticulações e rearticulações contra hegemônicas. Linguagem em Foco, Fortaleza, v. 2, n. 2, p. 69-83, 2010.

PINTO, J. P. De diferenças e hierarquias no quadro Adelaide às análises situadas e críticas na Linguística Aplicada. Delta, São Paulo, v. 31, p. 199-221, 2015.

PINTO, J. P. Hegemonias, contradições e desafios em discursos sobre língua no Brasil. In: CORREA, D. A. (Org.). Política linguística e ensino de língua. Campinas: Pontes, 2014. p. 59-72.

PINTO, J. P. Modernidade e diferença colonial nos discursos hegemônicos sobre língua no Brasil. Muitas Vozes, Ponta Grossa, v. 1, p. 171-180, 2012. https://doi.org/10.5212/MuitasVozes.v.1i2.0001

RAJAGOPALAN, K. A pesquisa política e socialmente compromissada em pragmática. In: SILVA, D. N.; FERREIRA, D. M. M.; ALENCAR, C. N. (Org.). Nova pragmática: modos de fazer. São Paulo: Cortez, 2014a. p. 101-128.

RAJAGOPALAN, K. O professor de línguas e a suma importância do seu entrosamento na política linguística do seu país. In: CORREA, D. A. Política linguística e ensino de língua. Campinas: Pontes, 2014b. p. 73-82.

RAJAGOPALAN, K. Política linguística: do que é que se trata, afinal? In: NICOLAIDES, C. et al. (Org.). Política e políticas linguísticas. Campinas: Pontes, 2013. p. 19-42.

RAJAGOPALAN, K. Por uma linguística crítica: linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola, 2003.

RAJAGOPALAN, K. Prefácio In: SILVA, D. N.; FERREIRA, D. M. M.; ALENCAR, C. N. (Org.). Nova pragmática: modos de fazer. São Paulo: Cortez, 2014c. p. 11-14.

SILVA, D. N. Pragmática, sociedade (e a alma), uma entrevista com Jacob Mey. Delta, São Paulo, v. 30, n. 1, 2014. p. 161-179. https://doi.org/10.1590/s0102-44502014000100009

Pubblicato

2018-01-12

Fascicolo

Sezione

Número temático – Protagonismo na/da linguagem – lançamento em 2017