Racismo no ensino de língua inglesa?
Narrativas autobiográficas de professores negros de língua inglesa no Brasil
Palavras-chave:
escravidão, pessoas negras, professores negros de inglêsResumo
Centro e trinta anos depois da abolição da escravatura as pessoas negras continuam a minoria entre profissionais, educadores e estudiosos em educação em cursos de inglês de escolas públicas e privadas. Essa situação é marcada na situação diária de profissionais negros no Brasil até então como uma consequência do racismo e da colonialidade que devo discutir aqui. Neste estudo, eu procuro examinar as formas que a categoria raça pode ganhar negativa ou positivamente na atuação das identidades de professores negros de língua inglesa, que modelam eles mesmos como identidades resistentes na/através da língua (usando a língua/linguagem para resistir) ou identidades resistentes à língua (negando eles próprios como falantes ou professores capazes).
Downloads
Referências
ALCOFF, L. The Future of whiteness. Cambridge: Polity Press, 2015.
ALCOFF, L. Visible identities: race, gender, and the self. Oxford: Oxford University Press, 2006. Doi: https://doi.org/10.1093/0195137345.001.0001
BYRAM, M. Teaching and Assessing Intercultural Communicative Competence. Clevedon: Multilingual Matters, 1997.
CARNEIRO, S. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2011.
CESAIRE, A. Discourse on colonialism. New York: Monthly Review Press, 1972.
CHIZZOTTI, A. Pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais. Petrópolis: Vozes, 2006.
FANON, F. Black Skin White Masks. London: PlutoPress, 2008.
FANON, F. Toward the African Revolution. New York: Grove Press, 1964.
FERREIRA, A. J. Autobiographical narratives of race and racism in Brazil: Critical Race Theory and language education. Revista Muitas Vozes, Ponta Grossa, v. 4, n. 1, p. 79-100, March 2015. Doi: https://doi.org/10.5212/MuitasVozes.v.4i1.0005
FERREIRA, A. J. Identidades sociais, letramento visual e letramento crítico: imagens na mídia acerca de raça/etnia. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, v. 51, n. 1, June 2012. Doi: https://doi.org/10.1590/S0103-18132012000100010
FERREIRA, A. J. Teorizando Relações Étnico-Raciais no Brasil. In: SIERRA, J. C.; SIGNORELLI, M. C. (org.). Diversidade e educação: intersecções entre corpo, gênero e sexualidade, raça e etnia. Matinhos: UFPR Litoral, 2014. v. 1, p. 83-103.
FERREIRA, A. J.; CAMARGO, M. O racismo cordial no livro didático de língua inglesa Aprovado Pelo PNLD. Revista da ABPN, Goiânia, v. 6, n. 12, p. 177-202, Nov. 2013.
KUBOTA, R. Critical Multiculturalism and Second Language Education. In: NORTON, B.; TOOHEY, K. (ed.). Critical Pedagogies and Language Learning. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.
KUBOTA, R. Rethinking the Superiority of the Native Speaker: Toward a Relational Understanding of Power. In: NERIKO, M. D. (ed.). Native Speakers Revisited: Multilingualism, Standardization, and Diversity in Language Education. New York: Mouton de Gruyter, 2009. p. 233-247. Doi: https://doi.org/10.1515/9783110220957.233
KUBOTA, R. The Multi/Plural Turn, Postcolonial Theory, and Neoliberal Multiculturalism: Complicities and Implications for Applied Linguistics. Applied Linguistics, Oxford, v. 37, n. 4, p. 474-494, Aug. 2016. Doi: https://doi.org/10.1093/applin/amu045
LÓPEZ-GOPAR, M. E.; SUGHRUA, W. Social Class in English Language Education in Oaxaca, Mexico. Journal of Language, Identity and Education, [S.l.], v. 13, n. 2, p. 104-110, 2014. Doi: https://doi.org/10.1080/15348458.2014.901822
MADSEN, J. A.; MABOKELA, R. O. Organizational Culture and Its Impact on African American Teachers. American Educational Research Journal, New York, v. 37, n. 4, p. 849-876, March 2000. Doi: https://doi.org/10.3102/00028312037004849
MBEMBE, A. Crítica da razão negra. Lisboa: Antígona, 2014.
MIGNOLO, W. El pensamiento decolonial: desprendimiento y apertura. Un manifiesto. In: CASTRO-GÓMEZ, S.; GROSFOGUEL, R. (ed.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores, 2007. p. 25-46.
MOITA LOPES, L. P. da. Pesquisa interpretativista em Lingüística Aplicada: a linguagem como condição e solução. D.E.L.T.A., São Paulo, v. 10, n. 2, p. 329-338, March 1994.
MOURA, C. Rebeliões da senzala: Quilombos, insurreições, guerrilhas. São Paulo: Anita Garibaldi, 2014.
NASCIMENTO, G. O negro na ciência brasileira contemporânea através de duas amostras. Revista Eletrônica Espaço Acadêmico, Maringá, v. 18, n. 206, p. 110-123, July 2018. Doi: https://doi.org/10.18256/2447-3944.2018.v4i1.2339
NORTON, B. Language, Identity, and the Ownership of English. Tesol Quaterly. Alexandria, v. 31, n. 3, p. 209-429, 1997. Doi: https://doi.org/10.2307/3587831
NÓVOA, A. O espaço público da educação: imagens, narrativas e dilemas. In: ______. (org.). Tempos de formação. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2002. p. 237-263.
PENNYCOOK, A. English and the Discourses of Colonialism. London: Routledge, 2002. Doi: https://doi.org/10.4324/9780203006344
PHILIPSON, R. Linguistic Imperialism. Oxford: Oxford University Press , 1992.
ROSA, J.; FLORES, N. Unsettling Race and Language: Toward a Raciolinguistic Perspective. Language in Society, Cambridge, v. 46, n. 5, p. 621-647, Nov. 2017. Doi: https://doi.org/10.1017/S0047404517000562
SOUSA SANTOS, B. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. São Paulo: Cortez, 1997.
SOUZA, L. M. T. M. Engaging the global by re-situating the local: (Dis)locating the literate global subject and his view from nowhere. In: OLIVEIRA ANDREOTTI, V.; SOUZA, L. M. T. M. (org.). Postcolonial Perspectives on Global Citizenship Education. Londres: Routledge, 2011. v. 1, p. 1-246.
SOUZA, L. M. T. M. Remapping Writing: indigenous writing and cultural conflict in Brazil. English Studies in Canada, Ontario, v. 30, n.3, p. 4-16, 2004. Doi: https://doi.org/10.1353/esc.2004.0033
SOUZA, N. S. Tornar-se negro ou As vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Rio de Janeiro: Graal, 1990.
TILIO, R. C. A representação do mundo no livro didático de inglês como língua estrangeira: uma abordagem sócio-discursiva. The Especialist, São Paulo, v. 31, p. 167-192, Oct. 2010.
VERONELLI, G. A Coalitional Approach to Theorizing Decolonial Communication. Hypatia, Washington, v. 31, n. 2, p. 304-420, 2016. Doi: https://doi.org/10.1111/hypa.12238
WALSH, C. Interculturalidad y colonialidad del poder. Un pensamiento y posicionamiento “otro” desde la diferencia colonial. In: CASTRO-GÓMEZ, S.; GROSFOGUEL, R. (org.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores , 2007. p. 47-62.
WINDLE, J. Neoliberalism, Imperialism and Conservatism: Tangled Logics of Educational Inequality in the Global South. Discourse: Studies in the Cultural Politics of Education, Melbourne, v. 40, n. 2. p. 191-202, 2018. Doi: https://doi.org/10.1080/01596306.2019.1569878
ZACHARIAS, N. T. Acknowledging Learner Multiple Identities in the EFL Classroom. K@ata, Surabaya, v. 12, n. 1, p. 26-41, June 2010. Doi: https://doi.org/10.9744/kata.12.1.26-41
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Revista Brasileira de Linguística Aplicada

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores de artigos publicados pela RBLA mantêm os direitos autorais de seus trabalhos, licenciando-os sob a licença Creative Commons BY Attribution 4.0, que permite que os artigos sejam reutilizados e distribuídos sem restrição, desde que o trabalho original seja corretamente citado.


