Gender and Race Performances in the Digital Activism of Geledés

Intersectionality, Interactional Positions and Reflectivity

Authors

Keywords:

digital activism, black feminism, identity performance, interactional positioning, intersectionality

Abstract

Considering the increasing activity of digital activism of black feminism in Brazilian society, this article analyzes gender and racial performance produced in interactional positioning mobilized by subjects in their comments on the Geledés Facebook page. For that, performative perspectives of language, identity, gender and race were adopted, as well as a post-critical qualitative methodology inspired by virtual ethnography. The results obtained point to the intersection between gender and racial performances in identity-related practices performed by commentators, as well as to the reflexivity potential of these social practices, especially regarding the contestation of colonial narratives based on racism and sexism.

Downloads

Download data is not yet available.

References

AGHA, A. Language and Social Relations. Cambridge: Cambridge University Press, 2007.

AUSTIN, J. How to Do Things with Words. Cambridge: Harvard University Press, 1975. DOI: https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780198245537.001.0001

BAIRROS, L. Nossos feminismos revisitados. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 3, n. 2, p. 458-463, 1995.

BERTUCCI, R. A.; NUNES, P. A. Interação em rede social: das reações às características do gênero comentário. Domínios de Linguagem, Uberlândia, v. 11, n. 2, p. 313-338. 2017. DOI: https://doi.org/10.14393/DL29-v11n2a2017-3

BLOMMAERT, J. Discourse. Cambridge: Cambridge University Press, 2005.

BORBA, R. A linguagem importa? Sobre performance, performatividade e peregrinações conceituais. Cadernos Pagu, Campinas, n. 43, p. 441-474, 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-8333201400430441

BRAGA, D. B. Tecnologia e participação social no processo de produção e consumo de bens culturais: novas possibilidades trazidas pelas práticas letradas digitais mediadas pela internet. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, v. 49, n. 2, p. 373-391, 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-18132010000200005

BRAGA, D. B. Tecnologias digitais da informação e da comunicação e participação social. São Paulo: Cortez, 2015.

BUCHOLTZ, M.; HALL, K. Identity and Interaction: A Sociocultural Linguistic Approach. Discourse Studies, Thousand Oaks, v. 7, n. 4-5, p. 585-614, 2005. DOI: https://doi.org/10.1177/1461445605054407

BUTLER, J. Bodies that Matter: On the Discursive Limits of “Sex”. New York: Routledge, 1993.

BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017.

CAMERON, D. Performing Gender Identity: Young Men's Talk and the Construction of Heterosexual Masculinity. In: JOHNSON, S.; MEINHOF, U. (ed.). Language and Masculinity. London: Blackwell, 1997. p. 47-64.

CARNEIRO, S. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. In: ASHOKA EMPREENDEDORES SOCIAIS; TAKANO CIDADANIA (org.). Racismos contemporâneos. Rio de Janeiro: Takano, 2003.

COLLINS, P. H. Aprendendo com a outsider within: a significação sociológica do pensamento feminista negro. Sociedade e Estado, Brasília, DF, v. 31, n. 1, p. 99-127, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-69922016000100006

CRENSHAW, K. Demarginalizing the Intersection of Race and Sex: A Black Feminist Critique of Antidiscrimation Doctrine, Feminist Theory and Antiracist Politics. University of Chicago Legal Forum, Chicago, n. 1, p. 138-167, 1989.

CRENSHAW, K. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 10, n. 1, p. 171-188, 2002. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2002000100011

DAVIES, B.; HARRÉ, R. Positioning: the discursive production of selves. Journal for the Theory of Social Behaviour, Hoboken, v. 20, n. 1, p. 43-63, 1990. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1468-5914.1990.tb00174.x

DERRIDA, J. Limited inc. Tradução de Constança Marcondes Cesar. Campinas: Papirus, 1991.

FACEBOOK. Página do Geledés. Postagem Você amaria uma mulher negra?" de 20 dez. 2018. Disponível em: https://www.facebook.com/geledes/posts/10155682000206816. Acesso em: 10 jan. 2019.

FABRÍCIO, B. F. A "outridade lusófona" em tempos de globalização: identidade cultural como potencial semiótico. In: MOITA LOPES, L. P. (org.) Português no século XXI: ideologias linguísticas. São Paulo: Parábola, 2013. p. 144-168.

FABRÍCIO, B. F. Linguística aplicada e visão de linguagem: por uma INdisciplinaridade radical. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, Belo Horizonte, v. 17, n. 4, p. 599-617, 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/1984-6398201711426

FANON, F. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: Edufba, 2008. DOI: https://doi.org/10.7476/9788523212148

FERNANDES, F. A integração do negro na sociedade de classes: ensaio de interpretação sociológica. Prefácio de Antonio Sérgio Alfredo Guimarães. São Paulo: Biblioteca Azul; Globo, 2014. v. II.

GARCIA, C. C. Os novos feminismos e os desafios para o século 21. Revista Cult, n. 199, p. 52-55, 2015.

GELEDÉS: missão institucional. Geledés, São Paulo, 10 abr. 2016. Disponível em: https://bit.ly/3muUULv. Acesso em: 10 jan. 2018.

GIDDENS, A. As consequências da modernidade. São Paulo: Unesp, 1991.

GILROY, P. O Atlântico negro: modernidade e dupla consciência. Tradução de Cid Knipel Moreira. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2012.

GONZALEZ, C.; MOITA LOPES, L. P. Posicionamentos interacionais mobilizados por Tudo sobre minha mãe na rede social Filmow. DELTA, São Paulo, v. 31, n. 2, p. 473-503, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-445011081768832268

GUIMARÃES, T. F.; MOITA LOPES, L. P. Entextualizações estratégicas: performances sensualizadas de raça em práticas discursivas na Web. 2.0. Linguagem em Discurso, Tubarão, v. 16, n. 2, p. 289-307, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/1982-4017-160206-3515

GUIMARÃES, T. F.; MOITA LOPES, L. P. Trajetória de um texto viral em diferentes eventos comunicativos: entextualização, indexicalidade, performances identitárias e etnografia. Alfa, São Paulo, n. 61, v. 1, p. 11-33, 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/1981-5794-1704-1

HARAWAY, D. Manifesto ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX. In: TADEU, T. (org.). Antropologia do ciborgue: as vertigens do pós-humano. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009.

HINE, C. Virtual Ethnography. London: Sage Publications, 2002.

IPEA. Mulheres e trabalho: breve análise do período 2004-2014. 2016. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=27317. Acesso em: 9 jan. 2019.

KILOMBA, G. Plantation Memories: Episodes of Everyday Racism. Munster: Unrast Verlag, 2012. Disponível em: https://goo.gl/w3ZbQh. Acesso em: 10 jan. 2019.

MAIA, J. O. Letramentos de sobrevivência em redes digitais: caminhos possíveis na luta por direitos humanos. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, n. 57, n. 2, p. 954-974, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/010318138651932366491

MARTINEZ, F. Feminismos em movimentos no ciberespaço. Cadernos Pagu, Campinas, n. 56, p. 1-34. 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/18094449201900560012

MBEMBE, A. Necropolítica. São Paulo: N-1 Edições, 2018.

MELO, G.; MOITA LOPES, L. P. "Você é uma morena muito bonita": a trajetória textual de um elogio que fere. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, n. 54, n. 1, p. 53-78, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-18134345161352

MIGNOLO, W. Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 32, n. 94, p. 1-18, 2017. DOI: https://doi.org/10.17666/329402/2017

MOITA LOPES, L. P. (org.). Por uma linguística aplicada indisciplinar. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.

MOITA LOPES, L. P. Linguística aplicada como lugar de construir verdades contingentes: sexualidades, ética e política. Gragoatá, Niterói, v. 14, n. 27, p. 33-50, 2009. DOI: https://doi.org/10.5533/1413-9073-20092703

MOITA LOPES, L. P. Os novos letramentos digitais como lugares de construção de ativismo político sobre sexualidade e gênero. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, v. 49, n. 2, p. 393-417, 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-18132010000200006

MUNIZ, K. Ainda sobre a possibilidade de uma linguística “crítica”: performatividade, política e identificação racial no Brasil. DELTA, São Paulo, v. 23, n. 3, p. 767-786, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-445063437589564459

NASCIMENTO, A. O genocídio do negro brasileiro. São Paulo: Perspectiva, 2016.

NATANSOHN, G. (org.). Internet em código feminino: teorias e práticas. Buenos Aires: La Crujía, 2013.

PINTO, J. Performatividade radical: ato de fala ou ato de corpo. Gênero, Niterói, v. 3, n. 1, p. 101-110, 2002. DOI: https://doi.org/10.22409/rg.v3i1.260

PINTO, J. Conexões teóricas entre performatividade, corpo e identidades. DELTA, São Paulo, v. 23, n. 1, p. 1-26, 2007. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-44502007000100001

PINTO, J. De diferenças e hierarquias no quadro Adelaide às análises situadas e críticas na linguística aplicada. DELTA, São Paulo, v. 31, n. especial, p. 199-221, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-445000598096269281

PINTO, J.; AMARAL, D. Corpos em trânsito e trajetórias textuais. Revista da Anpoll, Florianópolis, v. 1, n. 40, p. 151-164, 2016. DOI: https://doi.org/10.18309/anp.v1i40.1024

PUAR, J. Prefiro ser um ciborgue a ser uma deusa: interseccionalidade, agenciamento e política afetiva. Meritum, Belo Horizonte, v. 8, n. 2, p. 343-370, 2013.

QUIJANO, A. Colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais: perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Clacso, 2005. p. 227-278.

RAMPTON, B. Continuidade e mudança nas visões de sociedade em Linguística Aplicada. In: MOITA LOPES, L. P. (org.). Por uma linguística aplicada indisciplinar. São Paulo: Parábola Editorial, 2006. p. 108-128.

SCHERER-WARREN, I. Das mobilizações às redes de movimentos sociais. Sociedade e Estado, Brasília, DF, v. 21, n. 1, p. 109-130, 2006. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-69922006000100007

SCHUCMAN, L. V. Entre o "encardido", o "branco" e o "branquíssimo": raça, hierarquia e poder na construção da branquitude paulistana. 2012. Tese (Doutorado em Psicologia) – Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.

SILVA, D. C. P. Quando dizer é violentar: violência linguística e transfobia em comentários online. Devires: Salvador, 2019.

SILVERSTEIN, M. Indexical Order and the Dialectics of Sociolinguistic Life. Language & Communication, [S.l], n. 23, p. 193-229, 2003. DOI: https://doi.org/10.1016/S0271-5309(03)00013-2

UGARTE, D. O poder das redes: manual ilustrado para pessoas, organizações e empresas chamadas a praticar o ciberativismo. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008.

WORTHAM, S. Narratives in Action. New York: Teacher College Press, 2001.

Published

Oct-Tue-2020