Um olhar da análise sociointeracional do discurso entre cuidadoras e idosas institucionalizadas no cuidado durante o banho

Autores

  • Isabel Cristina Adão Schiavon Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais (IF SUDESTE) | São João del Rei | MG | BR https://orcid.org/0000-0003-1679-985X

Palavras-chave:

estigma social, cuidados de Enfermagem, análise da conversa etnometodológica, análise sociointeracional do discurso

Resumo

Este artigo buscou analisar os discursos de profissionais de saúde relacionados aos cuidados de idosas institucionalizadas e ligados aos estigmas do momento de banho, por meio da análise da conversa etnometodológica e ancorado na análise sociointeracional do discurso. A coleta de dados foi realizada por meio de notas de campo e gravações de momentos de interação entre cuidadoras e idosas residentes de uma instituição de longa permanência para idosos (ILPI) selecionada. O estudo apontou algumas características comuns evidenciadas pela literatura quanto aos estigmas vivenciados por idosos que vivem em ILPI, tais como: idade e abrigamento como vetores da estigmatização, repetição e confirmação do estigma e recusa do estigma pelo ser que deseja. Apesar das limitações do estudo, a autora aponta a relevância de que o estudo seja replicado em outros contextos de cuidado e de que sejam realizadas análises das interações em outros cuidados prestados a esta clientela específica de forma a propiciar uma visão ampliada acerca dessas interações e suas repercussões nos atores envolvidos.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ANDRADE, M. A. R. Estigma e velhice: ensaios sobre a manipulação da idade deteriorada. Revista Kairós Gerontologia, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 79-97, 2011. Disponível em: https://bit.ly/3vWbLL1. Acesso em: 5 jun. 2019.

ARAÚJO, J. S. et al. Perfil dos cuidadores e as dificuldades enfrentadas no cuidado ao idoso, em Ananindeua, PA. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1, p. 149-158, 2013. Disponível em: https://bit.ly/3zXlkwj. Acesso em: 5 jun. 2019.

BATESON, G. et al. Toward a theory of schizophrenia. Behavioral Science, Hoboken, v. 1, n. 4, p. 251-264, 1956. Disponível em: https://bit.ly/3gT0eHN. Acesso em: 10 jul. 2019.

BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 466/2012: diretrizes e normas regulamentadoras sobre pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília, DF: Conselho Nacional de Saúde, 2012. Disponível em: https://bit.ly/3xULzBU. Acesso em: 2 mar. 2019.

BROWN, P.; LEVINSON, S. C. Politeness: some universals in language usage. Cambridge: Cambridge University Press, 1987.

CASATE, J. C; CORRÊA, A. K. Humanização do atendimento em saúde: conhecimento veiculado na literatura brasileira de enfermagem. Revista Latino-americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 13, n. 1, p. 105-111, 2005.

CHASTEEN, A. L. Age Stereotypes and age stigma: connections to research on subjective aging. Annual Review of Gerontology & Geriatrics, New York, v. 35, n 1, p. 99-119, 2015. Disponível em: https://bit.ly/3j9YM5y. Acesso em: 20 jul. 2020.

CORREA, M. R. Cartografias do envelhecimento na contemporaneidade: velhice e terceira idade. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. Disponível em: https://bit.ly/3qq4Xns. Acesso em: 14 abr. 2019.

DEWALT, K. M.; DEWALT, B. R. Participant Observation: a guide for fieldworkers. Walnut Creek: Altamira Press, 2002.

DUARTE, L. M. N. O processo de institucionalização do idoso e as territorialidades: espaço como lugar? Estudos Interdisciplinares Sobre o Envelhecimento, Porto Alegre, v. 19, n. 1, p. 201-217, 2014. Disponível em: https://bit.ly/2UCNn41. Acesso em: 5 ago. 2019.

EMERSON, R. M.; FRETZ, R. I.; SHAW, L. L. Writing ethnografic fieldnotes. Chicago: The University of Chicago Press, 1995. Disponível em: https://bit.ly/2TWd3br. Acesso em: 3 set. 2019.

ERICKSON, F. Ethnographic description in Sociolinguistics. Berlin: Walter de Gruyter, 1988.

FALLER, J. W.; TESTON, E. F.; MARCON, S. S. A velhice na percepção de idosos de diferentes nacionalidades. Texto & Contexto Enfermagem, Florianópolis, v. 24, n. 1, p. 128-37, 2015. Disponível em: https://bit.ly/3hl8PSX. Acesso em: 5 jun. 2019.

FERNANDES, M. G. M.; GARCIA, L. G. O sentido da velhice para homens e mulheres idosos. Saúde e Sociedade, São Paulo, v.19, n. 4, p.771-783, 2010. Disponível em: https://bit.ly/2T8c0VR. Acesso em: 5 jun. 2019.

FISHER, B. J. The stigma of relocation to a retirement facility. Journal of Aging Studies, Amsterdam, v. 4, n. 1, p. 47-59, 1990. Disponível em: https://bit.ly/35NAd6C. Acesso em: 8 set. 2019.

FREITAS, A. V. S.; NORONHA, C. V. Idosos em instituições de longa permanência: falando de cuidado. Interface: Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, v. 14, n. 33, p. 359-69, 2010. Disponível em: https://bit.ly/3vWCDKA. Acesso em: 10 jun. 2019.

GAL, S. John Gumperz’s discourse strategies. Journal of Linguistic Anthropology, Hoboken, v. 23, n. 3, p. 115-126. Disponível em: https://bit.ly/35Yq5I1. Acesso em: 5 ago. 2019.

GOFFMAN, E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.

GOFFMAN, E. Frame analysis: an essay on the organization of experience. Boston, Massachusetts: Northeastern University Press, 1986. Disponível em: https://bit.ly/35QW0u7. Acesso em: 20 jul. 2020.

GOFFMAN, E. On face-work: an analysis of ritual elements in social interaction. Psychiatry: Interpersonal and Biological Processes, Abingdon, v. 18, n. 3, p. 213-231, 1955. Disponível em: https://bit.ly/3gXfunk. Acesso em: 12 jun. 2019.

GOFFMAN, E. Stigma: notes on the management of spoiled identity. New York: Simon & Schuster, 1963.

GONÇALVES, J. C. To be or not to be that’s the question – a continuum of presence in healthcare communication. In: GONÇALVES, J. C. (Org). Presence in healthcare communication: implications for professional education. Niterói: Editora da UFF, 2013.

HOLM, A. L.; LYBERG, A.; SEVERINSSON, E. Living with stigma: depressed elderly persons’ experiences of physical health problems. Nursing Research and Practice, v. 2014, 2014. Disponível em: https://bit.ly/3h7qugr. Acesso em: 8 set. 2019.

JANSEN, T.; SANDSTRÖM, J. Normal deviants and Erving Goffman: extending the literature on organizational stigma. Nordic Journal of Working Life Studies, Aarhus, v. 5, n. 4, p. 125-142, 2015. Disponível em: https://bit.ly/3qnVcGC. Acesso em: 19 jul. 2020.

LINK, B. G.; PHELAN, J. C. Conceptualizing stigma. Annual Review of Sociology, New York, v. 27, p. 363-385, 2001. Disponível em: https://bit.ly/3xR34CX. Acesso em: 5 jun. 2019.

LODER, L. L.; JUNG, N. M. (Org.). Análise de fala-em-interação institucional: a perspectiva da Análise da Conversa Etnometodológica. Campinas: Mercado de Letras, 2013.

MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. 3. ed. São Paulo: Parábola, 2001.

MELLO, J. G. et al. Subjetividade e institucionalização no discurso de idosas. Distúrbios da Comunicação, São Paulo, v. 25, n. 1, p. 35-45, 2013. Disponível em: https://bit.ly/3h22pb3. Acesso em: 5 ago. 2019.

SCHILLING, F.; MIYASHIRO, S. G. Como incluir? O debate sobre o preconceito e o estigma na atualidade. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 34, n. 2, p. 243-254, 2008. Disponível em: https://bit.ly/3jcFoVr. Acesso em: 19 jul. 2020.

SILVA, L. P.; VANDENBERGHE, L. A importância do treino de comunicação na terapia comportamental de casal. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 13, n. 1, p. 161-168, 2008. Disponível em: https://bit.ly/3h0LpTX. Acesso em: 20 jun. 2019.

SIQUEIRA, R.; CARDOSO JR., H. R. O conceito de estigma como processo social: uma aproximação teórica a partir da literatura norte-americana. Imagonautas, Vigo, v. 2, n. 1, p. 92-113. Disponível em: https://bit.ly/35OzYs1. Acesso em: 5 jun. 2019.

SMITH, G.; FARRIMOND, H. Active ageing, emotional care and the threat of stigma: Identity management in older adults using sleeping medication long-term. Health, Thousand Oaks, v. 23, n. 3, p. 255-272, 2019. Disponível em: https://bit.ly/3xTN6I8. Acesso em: 8 set. 2019.

SPRADLEY, J. P. Participant observation. New York: Holt, Rinehart & Winston, 1980.

TANNEN, D.; WALLAT, C. Enquadres interativos e esquemas de conhecimento em interação: exemplos de um exame/consulta médica. In: RIBEIRO, B. T.; GARCEZ, P. M. (Org.). Sociolinguística interacional. São Paulo: Loyola, 2002. p. 153-174.

TEIXEIRA, S. M. O. et al. Da velhice estigmatizada à dignidade na existência madura: novas perspectivas do envelhecer na contemporaneidade. Estudos e Pesquisas em Psicologia, Rio de Janeiro, v. 16, n. 2, p. 469-487, 2016. Disponível em: https://bit.ly/3qrbFKf. Acesso em: 10 jun. 2019.

TYLER, I.; SLATER, T. Rethinking the sociology of stigma. The Sociological Review Monographs, Hoboken, v. 66, n. 4, p. 721-743, 2018. Disponível em: https://bit.ly/3h8hjfM. Acesso em: 4 jul. 2020.

UCHÔA, Y. S. et al. A sexualidade sob o olhar da pessoa idosa. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, v. 19, n. 6, p. 939-949, 2016. Disponível em: https://bit.ly/2T6sPAj. Acesso em: 1 jul. 2019.

Downloads

Publicado

28-07-2022