Freqüência e uso de estrangeirismos ingleses no português brasileiro

Um estudo baseado em corpus

Autori

  • Tony Berber Sardinha PUC-SP Autor
  • Leila Barbara PUC-SP Autor

Abstract

Neste trabalho, apresentamos uma investigação baseada em corpora acerca da extensão do uso de estrangeirismos de origem inglesa no português do Brasil. Para tanto, utilizamos o corpus Banco de Português, do projeto DIRECT (LAEL, PUCSP), com mais de 230 milhões de palavras, de fontes orais e escritas, e o British National Corpus, com cerca de 100 milhões de palavras, também provenientes da escrita e fala. A investigação motiva-se (1) pela necessidade do envolvimento dos lingüistas e lingüistas aplicados em debates acerca de políticas públicas, (2) por ser esse um tema caro ao prof. John Robert Schmitz, e (3) pela escassez de trabalhos sobre estrangeirismos que utilizem corpora eletrônicos. Os resultados indicam que (1) há muitos anglicismos em vigor no português brasileiro, (2) a freqüência deles é baixa e (3) eles parecem adquirir sentidos e usos diferentes da língua de origem.

Downloads

La data di download non è ancora disponibile.

Riferimenti bibliografici

ALVES, I. M.; MARONEZE, B. O. Neologismos por empréstimo na imprensa brasileira contemporânea. Trabalho apresentado no 13º InPLA. LAEL, PUCSP, São Paulo, 30 de abril a 3 de maio de 2003.

BAGNO, M. Cassandra, Fênix e outros mitos. In: FARACO, C. A. (Org.). Estrangeirismos - Guerras em torno da língua. São Paulo: Parábola Editorial, 2001. p. 49-84.

BERBER SARDINHA, A. P. Calculator for WordSmith Tools Collocate Tables. Online software. http://lael.pucsp.br/corpora, 2003.

BERBER SARDINHA, A. P. Lingüística de Corpus. São Paulo: Editoria Manole, 2004.

BIBER, D.; CONRAD, S.; REPPEN, R. (Org.). Corpus Linguistics - Investigating Language Structure and Use. Cambridge: Cambridge University Press, 1998.

BOD, R.; HAY, J.; JANNEDY, S. (Org.). Probabilistic Linguistics. Cambridge, Mass: MIT Press, 2003.

CUNHA, R. B. O chute e o escorregão. Observatório da Imprensa, 27/3/2002. Disponível na Internet em http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos/fd270320024.htm.

FARACO, C. A. Apresentação. In: FARACO, C. A. (Org.). Estrangeirismos - Guerras em torno da língua. São Paulo: Parábola Editorial, 2001. p. 9-14.

GARCEZ, P. M.; ZILLES, A. M. S. Estrangeirismos - Desejos e Ameaças. In: FARACO, C. A. (Org.). Estrangeirismos - Guerras em torno da língua. São Paulo: Parábola Editorial, 2001. p. 15-36.

HALLIDAY, M. A. K. Corpus studies and probabilistic grammar. In: AIJMER, K.; ALTENBERG, B. (Org.). English corpus linguistics: Studies in honour of Jan Svartvik. London: Longman, 1991. p. 30-43.

JORGE, F. Os deslizes e os ilogismos do Prof. John. Imprensa, v. 16, p. 59-61, 2002.

MCENERY, T.; WILSON, A. Corpus Linguistics. Edinburgh: Edinburgh University Press, 1996.

RAJAGOPALAN, K. Por uma Lingüística crítica: linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola, 2003.

SCHMITZ, J. R. A Língua Portuguesa e os estrangeirismos. Diário Oficial de Leitura, v. 8, p. 4-5, 1988.

SCHMITZ, J. R. A língua portuguesa e o polêmico projeto de lei n. 1676 de 1999. Todas as Letras, v. 2, p. 64-70, 2000a.

SCHMITZ, J. R. Palavras estrangeiras e a língua portuguesa: invasão cultural ou desenvolvimento técnico-científico. Revista Caliban, v. 3, p. 42-46, 2000b.

SCHMITZ, J. R. Língua Pausterizada. Folha de S.Paulo, 6/1/1999, p. 3. Tendências/Debates.

SCHMITZ, J. R. O projeto de Lei n.1676/99 na imprensa de São Paulo. In: FARACO, C. A. (Org.). Estrangeirismos - Guerras em torno da língua. São Paulo: Parábola Editorial, 2001b. p. 85-106.

SCHMITZ, J. R. Para que servem os dicionários? Imprensa, v. 15, p. 66-67, 2002.

SCHMITZ, J. R. Taking linguistics seriously: on the varied dimensions of applied linguistics. Lingua, v. 114, p. 95-99, 2004.

SCOTT, M. WordSmith Tools Version 3. Oxford: Oxford University Press, 1998.

SERRALVO, G. Versão de textos acadêmicos de marketing: uma abordagem baseada em corpus. 2004. MA Thesis, LAEL, PUCSP, São Paulo.

SINCLAIR, J. Corpus, Concordance, Collocation. Oxford: Oxford University Press, 1991.

Pubblicato

2012-02-11