Narrative and Identity Construction
An Analysis of the L2 Learning Process
Palavras-chave:
Aquisição de segunda língua (L2), narrativas, identidade, conto de fadas, selfResumo
A Aquisição de uma Segunda Língua (ASL) tem sido enfocada por vários pesquisadores que estudaram o processo sob diversas perspectivas (ex.: ELLIS, 1997; LANTOLF, 2000; GARDNER, 1968), para poderem interpretar como os aprendizes adquirem a L2. Entretanto, esses estudos têm se limitado aos processos cognitivos e a outros fatores (cultural e sócio-cognitivo, por exemplo), em vez de focalizar as experiências dos aprendizes. Em virtude disso, este estudo investiga as experiências de aprendizes por meio de um grupo de auto-narrativas registradas pelo Projeto AMFALE (Aprendendo com memórias de falantes e de aprendizes de línguas estrangeiras), tendo como suporte básico o trabalho desenvolvido por Leppänen e Kalaja (2002), no qual as autoras, com base na teoria de Vladimir Propp sobre a morfologia do conto de fadas (2000), investigam o processo de aprendizagem de L2 a partir de auto-narrativas que refletem o processo heróico, ainda que árduo, dos contos de fadas, detalhado por Propp. Para tanto, o artigo se divide em duas partes. A primeira faz uma breve revisão do processo de construção de identidade, da importância da narrativa autobiográfica como expressão de identidade, chegando, por fim, aos critérios de análise de autobiografias no processo de aprendizagem de L2, identificados por Leppänen e Kalaja (2002). A segunda parte do estudo analisa alguns exemplos de autobiografias do projeto AMFALE sob a luz das referidas teorias.
Downloads
Referências
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.
BAMBERG, M. Construindo A masculinidade na adolescência: posicionamentos e o processo de construção da identidade aos 15 anos. Trad. Cláudia Buchweitz. In: LOPES, L.P.M.; BASTOS, L.C. (Org.). Identidades - recortes multi e interdisciplinares. Campinas (SP): Mercado das Letras, 2002. p. 149-185.
BARTHES, R. The Structuralist Activity. In: Critical Essays. Trans. R. Howard. Evanston, Ill: Northwestern University Press, 1972.
BROCKMEIER, Jens; HARRE, Rom. Narrativa: problemas e promessas de um paradigma alternativo. Psicol. Reflex. Crit., Porto Alegre, v. 16, n. 3, 2003. Disponível em: <http://test.scielo.br/scielo.php?script=sci-arttext&pid=S0102-79722003000300011&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 24 set. 2006.
CAMERINI, M.F.A.; SOUZA, S. J. Interatividade audiovisual e produção da subjetividade. In: LOPES L. P. M.; BASTOS, L.C. (Org.). Identidades - recortes multi e interdisciplinares. Campinas (SP): Mercado das Letras, 2002. p.389-402.
CARVALHO, I. C. M. Biografia, identidade e narrativa: elementos para uma análise hermenêutica. Horiz. antropol., Porto Alegre, v. 9, n. 19, 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci-arttext&pid=S0104-71832003000100012&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 27 ago. 2006.
CLIFFORD, J. Dilemas de la cultura. Antropología, literatura y arte en la perspectiva posmoderna. Barcelona: Gedisa, 1995.
ELLIS, R. Second Language Acquisition. Oxford: Oxford University Press, 1997.
GARDNER, R.C. Motivation and second language acquisition,1968. Disponível em: <http://publish.uwo.ca/~gardner/SPAINTALK.pdf> Acesso em: 17 out. 2006.
GERGEN, K. Narrative, moral identity and historical consciousness: a social constructionist account, 1997. Disponível em: http:. Acesso em: 7 out. 2006.
GOVER, M.R. The narrative emergence of identity. Michigan University Press, 1996.
GREIMAS, A. J. Elements of a Narrative Grammar. In: On Meaning: Selected Writings in Semiotic Theory. Trans. Paul Perron and Frank Collins. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1987.
HAESBAERT, R. Fim dos territórios ou novas territorialidades? In: LOPES, L. P. M.; BASTOS, L. C. (Org.). Identidades - recortes multi e interdisciplinares. Campinas (SP): Mercado das Letras, 2002. p. 29-51.
LANTOLF, J.P.; PAVLENKO, A. Second language learning as participation and the (re)construction of selves. In: LANTOLF J.P. (ed.) Sociocultural theory and second language learning. Oxford: Oxford University Press, 2000. p. 189-203.
LEPPÄNEN, S.; KALAJA, P. Autobiographies as constructions of EFL learner identities and experiences. University of Jyväskylä, Finland. 2002. p. 189-203.
LUBECK, R. Talking Story: Narrative thought, worldviews and postmodernism-, 1998. Disponível em: <http://www.multnomah.edu/worldseen/Talking_story.asp>. Acesso em: 10 jun. 2006.
MURRAY, K. Narrative Partitioning: The ins and outs of identity construction (1995). Disponível em: <http://home.mira.net/~kmurray/psych/in&out.html>. Acesso em: 27 abr. 2006.
PAVLENKO, A.; LANTOLF, J.P. Second language learning as participation and the (re)construction of selves In: LANTOLF, J.P. (Ed.). Sociocultural theory and second language learning. Oxford: Oxford University Press, 2000. p. 189-203.
PROPP, V. Morphology of the folktale. Austin: University of Texas Press, 2000.
RAJAGOPALAN, K. A confecção do memorial como exercício de reconstituição do self. In: LOPES, L. P. M.; BASTOS, L. C. (Org.). Identidades - recortes multi e interdisciplinares. Campinas (SP): Mercado das Letras, 2002. p. 339-350.
SILVA, T. T. A produção social da identidade e da diferença. In: SILVA, T. T. (Org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis, Vozes, 2000.
URIARTE, U. M. Identidades mestiças: reflexão baseada na obra do escritor peruano José Maria Arguedas. In: LOPES, L. P. M.; BASTOS, L. C. (Org.). Identidades - recortes multi e interdisciplinares. Campinas (SP): Mercado das Letras, 2002. p. 219-232.
VEIGA-NETO, A. Michel Foucault e os estudos culturais. In: COSTA, M. V. Estudos culturais em educação. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 2000.
VEREZA, S. C. Quem fala por mim?:Identidade na produção discursiva em língua estrangeira. In: LOPES, L. P. M.; BASTOS, L. C. (Org.). Identidades - recortes multi e interdisciplinares. Campinas (SP): Mercado das Letras, 2002. p. 351-361.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2012 Revista Brasileira de Linguística Aplicada

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores de artigos publicados pela RBLA mantêm os direitos autorais de seus trabalhos, licenciando-os sob a licença Creative Commons BY Attribution 4.0, que permite que os artigos sejam reutilizados e distribuídos sem restrição, desde que o trabalho original seja corretamente citado.


