Por que a graduação em Letras-Inglês pode ter o status de formação contínua?
Palabras clave:
formação contínua, graduação em Letras-Inglês, professores de inglês experientesResumen
Atribuir a um curso de graduação o status de formação contínua pode soar contraditório, a princípio. Entretanto, no contexto brasileiro, há particularidades marcantes a serem observadas. Antes mesmo de concluírem a faculdade, alunos de Letras têm a possibilidade de assumirem aulas de inglês em institutos de idiomas e/ou escolas públicas e privadas. Discutir os motivos pelos quais a graduação em Letras-Inglês pode ter o status de formação contínua é o ponto central deste artigo, cujos fundamentos teóricos são Celani (2001, 2010), Perrenoud (2002), Cunha (2003), Menezes (2003), Azambuja (2007), Hepp (2008) e Vieira-Abrahão (2010). Além disso, são utilizadas entrevistas semiestruturadas (RIZZINI, 1999) que captam os sentidos e significados (VYGOTSKY, 1934/2010) sobre formação docente atribuídos por alunos-professores de Letras com experiência.Descargas
Referencias
ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
AZAMBUJA, G.Os processos formativos da docência e suas implicações naprática pedagógica: cultura(s), representações e saberes. 2007. 289f. Tese (Doutorado em Educação). Universidade do Vale do Rio dos Sinos-UNISINOS, São Leopoldo-RS, 2007.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena Brasília: MEC/CNE, 2002.
CELANI, M. A. A. Perguntas ainda sem resposta na formação de professores de línguas. In: GIMENEZ, T; MONTEIRO, M. C. G. (Orgs). Formação de professores de Línguas na América Latina e Transformação Social Campinas: Pontes, p. 57-67, 2010.
CELANI, M. A. A.Projeto de Pesquisa:Tensões na tarefa do formador/educador em um contexto de formação contínua de professores de inglês da escola pública: para uma compreensão da prática na construção do conhecimento crítico-pedagógico. LAEL/PUC-SP. 2009. Disponível em:http://pos.pucsp.br/lael/areapesquisas >. Acesso em: 27 jan. 2013. » http://pos.pucsp.br/lael/areapesquisas
CELANI, M. A. A. Ensino de Línguas Estrangeiras: ocupação ou profissão? In: LEFFA, V.J. (Org.).O Professor de Línguas Estrangeiras: construindo a profissão. Pelotas-RS: Educat, p. 21-40, 2001.
CHARLOT, B.Relação com o saber, Formação de Professores e Globalização:questões para a educação hoje. Porto Alegre: Artmed, 2005.
CLANDFIELD, L.; BENNE, R.R.Global:Coursebook. MacMillan, 2011.
CUNHA, M. Formação continuada. In: MOROSINI, M. C. et al. (Orgs). Enciclopédia de Pedagogia Universitária Porto Alegre: FAPERGS/RIES, 2003.
GHEDIN, et al. (Org.).Formação de Professores: caminhos e descaminhos da prática. Brasília-DF: Liber Livro, 2008.
GIMENEZ, T. Currículo e Identidade Profissional nos cursos de Letras/ Inglês. In: TOMICH et al. (Orgs). A Interculturalidade no Ensino de Inglês Florianópolis: ARES, 2005.
G1 Campinas e Região.Campinas tem 80% das escolas estaduais com docentes sem diplomag1.globo.com. 2012. Disponível em:http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2012/09/campinas-tem-80-das-escolas-estaduais-com-docentes-sem-diploma.html >Acesso em: 5 nov. 2013. » http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2012/09/campinas-tem-80-das-escolas-estaduais-com-docentes-sem-diploma.html
HEPP, I.C.U.A Formação continuada na escola:treinar para reproduzir ou formar para transformar. 2008. 203f. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal de Santa Maria - UFSM. Santa Maria-RS, 2008.
HUGHES, E.Carrières, cycles et tournants de l'existence: Le regard sociologique. Essais choisis. Paris: Editions de l'École des Hautes Études en Sciences Sociales, 1996.
JONES, C.; BASTOW, T.American Inside Out:student's book. MacMillan: Oxford, 2007.
KINCHELOE, J. L.A formação do professor como compromisso político: mapeando o pós-moderno. Tradução de Nize Maria Campos Pellanda. Porto Alegre-RS: Artmed, 1997.
LIBERALI, F. C. Creative Chain in the Process of Becoming a Totality In: Bakhtiniana, São Paulo, v.1, n. 2. p.100-124, 2009.
LIGOURI, L. As novas tecnologias da informação e comunicação no campo dos velhos problemas e desafios educacionais. In: LITWIN, E. (Org).Tecnologia Educacional:política, histórias e propostas. Porto Alegre: Artes Médicas, p. 23-49, 1997.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M.Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
MENEZES, C. M. A. Educação continuada de educadores: superando ambiguidades conceituais. In: Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade Salvador-BA, v.12, n. 20, p. 311-320, jul/dez, 2003.
MOITA LOPES, L. P.; BASTOS, L. C. (Orgs).Para além da identidade: fluxos, movimentos e trânsitos. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
MOITA LOPES, L. P.Oficina de linguística aplicada: a natureza social e educacional dos processos de ensino/aprendizagem de línguas. Campinas: Mercado de Letras, 1996.
OLIVEIRA, R.S.Por uma prática reflexiva no ensino de línguas estrangeiras: saberes e diálogos. 2010. 367f. Tese (Doutorado em Letras - Estudos Linguísticos, Literários e Tradutológicos em Francês). Universidade de São Paulo-USP, São Paulo-SP, 2010.
PERRENOUD, P.A prática reflexiva no ofício do professor: profissionalização e razão pedagógica. Tradução de Cláudia Schilling. São Paulo/SP: Editora Artmed, 2002.
PRABHU, N. There is no best method - Why? In: Tesol Quarterly, Michigan, v. 24, n. 2, Summer, p. 161-176,1990.
RAMOS, R.C.G. Um olhar avaliativo para o módulo Fundamentos para a Avaliação e Preparação de Material Didático. In: CELANI, M.A.A (Org.) Reflexões e Ações (Trans)formadoras no Ensino-aprendizagem de Inglês. Campinas: Mercado de Letras, p. 57-72, 2010.
RIZZINI, I. Pesquisando... Rio de Janeiro: Editora Universitária Santa Úrsula, 1999.
SMOLKA, A. L. B. Sobre significação e sentido: uma contribuição à proposta de rede de significações. In: ROSSETTI-FERREIRA, M. C. et al (Orgs.). Rede de significações e o estudo do desenvolvimento humano. Porto Alegre: Artes Médicas, p. 77-83, 2004.
SZUNDI, P.T.C. Construção do conhecimento sobre a futura prática pedagógica: reflexões de alunos-professores sobre um projeto de prática de ensino de língua inglesa. In: TELLES, J. A. (Org.).Formação Inicial e continuada de professores de línguas:dimensões e ações na pesquisa e na prática. Campinas: Pontes, p. 167-182, 2009.
TARDIF, M.; LESSARD, C.O Trabalho Docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. Tradução deJoão Batista Kreuch. 3ª ed. Petrópolis: Vozes, 2005.
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Tradução de Francisco Pereira. 9ª ed. Petrópolis: Vozes, 2002.
UOL EDUCAÇÃO. Mais de 380 mil docentes da educação básica estão em cursos de graduação NE10-UOL. 2011. Disponível em:http://ne10.uol.com.br/canal/educacao/noticia/2011/03/10/mais-de-380-mil-docentes-da-educacao-basica-estao-em-cursos-de-graduacao-260512.php >.Acesso em: 5 nov. 2013.
VIAN JR, O. A educação linguística do professor de inglês. In: SZUNDI, P. T. C.et al.Linguística Aplicada e Sociedade:ensino e aprendizagem de línguas no contexto brasileiro. Campinas: Pontes, p. 61-76, 2011.
VIEIRA-ABRAHÃO, M.H. A formação de professores de línguas: presente, passado e futuro. In: SILVA, K.A. (Org.)Ensinar e Aprender Línguas na Contemporaneidade: linhas e entrelinhas. Campinas: Pontes, p. 225-234, 2010.
VYGOTSKY, L. A construção do pensamento e da linguagem. Tradução de Paulo Bezerra. 2ª ed. São Paulo-SP: Martins Fontes, 1934/2010.
YÁZIGI INTERNEXUS. Centro de Linguística Aplicada. Teacher Education Preservice Programm Booklet São Paulo-SP, 2005.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2015 Revista Brasileira de Linguística Aplicada

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores de artigos publicados pela RBLA mantêm os direitos autorais de seus trabalhos, licenciando-os sob a licença Creative Commons BY Attribution 4.0, que permite que os artigos sejam reutilizados e distribuídos sem restrição, desde que o trabalho original seja corretamente citado.


