A necrobiopolítica da COVID-19 no Brasil

escolhas de transitividade em representações midiáticas globais

Autores

  • Fábio Alexandre Silva Bezerra Universidade Federal da Paraíba
  • Anderson Alves de Souza Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.17851/2237-2083.31.1.146-175

Palavras-chave:

mídia global, COVID-19, Brasil, transitividade, necrobiopolítica

Resumo

A mídia global tem noticiado amplamente as (in)ações do governo federal brasileiro, em particular do presidente Jair Bolsonaro, no enfrentamento da pandemia de COVID-19. Este artigo objetiva descrever representações midiáticas em termos de suas escolhas de transitividade (HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2004) e discutir como os padrões de linguagem emergentes podem ser indicativos de maneiras particulares de como a vida e a morte foram controladas em termos de uma conceituação combinada entre biopolítica (FOUCAULT, 2008) e necropolítica (MBEMBE, 2019) que chamamos de necrobiopolítica. Os resultados gerais indicam como a morte de bebês e de mães, o colapso da rede de hospitais e do serviço de saúde, o aumento da fome, a negação da gravidade da pandemia e o atraso proposital na compra de vacinas são fundamentais na forma como o presidente Jair Bolsonaro implementou uma agenda política que define quais vidas têm valor e quais mortes são toleradas.

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Publicado

2024-10-06

Como Citar

BEZERRA, F. A. S.; DE SOUZA, A. A. A necrobiopolítica da COVID-19 no Brasil: escolhas de transitividade em representações midiáticas globais. Revista de Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 31, n. 1, p. 146–175, 2024. DOI: 10.17851/2237-2083.31.1.146-175. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/relin/article/view/54736. Acesso em: 24 nov. 2024.