Relação entre empatia e qualidade de vida
um estudo com profissionais da atenção primária à saúde
DOI:
https://doi.org/10.5935/1415-2762.20190101Palavras-chave:
Educação em Saúde, Saúde Bucal, Pessoal de Saúde, Relações Comunidade-InstituiçãoResumo
Objetivo: compreender a relação entre comportamento empático e qualidade de vida de trabalhadores da rede pública de atenção à saúde no âmbito primário. Material e método: trata-se de estudo transversal, tipo inquérito, quantitativo, que investigou 111 profissionais da atenção primária em saúde (cirurgiões-dentistas, médicos e enfermeiros) e 888 usuários. Para avaliar a empatia e qualidade de vida utilizaram-se os instrumentos The World Health Organization Quality of Life Assessment - Bref e o Consultation and Relational Empathy, respectivamente. A variável dependente empatia global foi criada a partir da junção de questões, e as independentes referiram-se as características demográficas, de trabalho e de qualidade de vida. Para a análise, realizou-se teste de redução de dimensionalidade e regressão logística. Resultados: verificou-se que 32% dos profissionais apresentaram empatia global parcial. Indivíduos com menos de 30 anos e entre 41 e 50 anos apresentaram-se menos empáticos, enquanto os com mais de 50 anos foram mais empáticos. A satisfação reduzida com a capacidade de trabalho amplia as chances de empatia global parcial (OR=1,81), assim como a necessidade extrema ou a ausência de tratamento médico para levar sua vida (OR=1,80; OR=1,52), a elevada oportunidade de lazer (OR=1,30), a alta satisfação do profissional quanto ao acesso próprio aos serviços de saúde (OR=2,67) e frequência significativa de sentimentos negativos (OR=2,53; OR=1,24). Conclusão: o comportamento empático dos profissionais apresenta relação direta com a idade e várias dimensões da qualidade vida, sendo fundamental o investimento em estratégias potencializadoras da qualidade de vida do trabalhador, para qualificação direta dos serviços por eles prestados.
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