Perfil epidemiológico de pacientes com traumatismos faciais atendidos em emergência hospitalar

Autores

  • Izabelle Cristina de Souza Soller Hospital de Base de São José do Rio Preto, Serviço de Emergência, São José do Rio Preto SP , Brasil, Enfermeira. Hospital de Base de São José do Rio Preto, Serviço de Emergência. São José do Rio Preto, SP - Brasil
  • Nadia Antonia Aparecida Poletti Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, Curso de Graduação em Enfermagem, São José do Rio Preto SP , Brazil, Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta. Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP, Curso de Graduação em Enfermagem. São José do Rio Preto, SP - Brasil, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
  • Lucia Marinilza Beccaria Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, Curso de Graduação em Enfermagem, São José do Rio Preto SP , Brazil, Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta. Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP, Curso de Graduação em Enfermagem. São José do Rio Preto, SP - Brasil, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
  • Regina Helena Squizatto FAMERP, Programa de Mestrado em Enfermagem, José do Rio Preto SP , Brasil, Enfermeiro. Mestrando. FAMERP, Programa de Mestrado em Enfermagem. José do Rio Preto, SP - Brasil
  • Diego Bonil de Almeida FAMERP, Programa de Mestrado em Enfermagem, José do Rio Preto SP , Brasil, Enfermeiro. Mestrando. FAMERP, Programa de Mestrado em Enfermagem. José do Rio Preto, SP - Brasil
  • Pietro Ramazzini Antunes Matta Segurança Pública do Estado de São Paulo, São Paulo SP , Brasil, Biólogo. Policial militar, bombeiro, função operacional. Segurança Pública do Estado de São Paulo. São Paulo, SP - Brasil

DOI:

https://doi.org/10.35699/2316-9389.2016.50032

Palavras-chave:

Serviço Hospitalar de Emergência, Perfil Epidemiológico, Pacientes, Traumatismos Faciais

Resumo

Esta pesquisa objetivou identificar as características de pacientes vítimas de traumas craniofaciais atendidos em unidade de urgência e emergência de um hospital de ensino do interior do estado de São Paulo. Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e analítico, de abordagem quantitativa. Os dados foram obtidos em prontuários, no período de 2011 a 2014. A amostra foi composta de 867 pacientes. As características da população estudada revelaram que 60,9% eram do sexo masculino, 66,8% estavam na faixa etária de 0-20 anos, 87% eram brancos, 55,5% eram do município de São José do Rio Preto, 79,6 % eram inativos, 84,8% não tinham companheiro e, quanto ao grau de instrução, 52,7% não eram alfabetizados. Estudos na América do Norte informam que as quedas são a principal causa de lesões não fatais para crianças e adolescentes até 19 anos. A maior ocorrência dos traumas foi por queda, com 74,1%, o trauma de craniofacial foi de 75,7% e mais frequente quando comparado ao trauma facial 24,2%. A ocorrência de exames foi de 19,7%, curativos de 6,5%, sutura de 6,3%, medicação de 23,9% e procedimentos cirúrgicos de 0,7%. Concluiuse que os traumas de face foram mais comuns na faixa etária entre 21 e 60 anos, pacientes ativos, com companheiro e ensino de nível superior. As principais causas foram agressão física, síncope/convulsão. Já os traumas craniofaciais foram mais frequentes na faixa etária entre 0 e 20 anos e com mais de 60 anos, inativos, sem companheiro e não alfabetizados.

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Publicado

02-05-2017

Como Citar

1.
Soller IC de S, Poletti NAA, Beccaria LM, Squizatto RH, Almeida DB de, Matta PRA. Perfil epidemiológico de pacientes com traumatismos faciais atendidos em emergência hospitalar. REME Rev Min Enferm. [Internet]. 2º de maio de 2017 [citado 9º de maio de 2024];20(1). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/50032

Edição

Seção

Pesquisa