Quantificação dos ruídos sonoros em uma unidade de terapia intensiva neonatal

Autores

  • Lenilce da Silva Reis Santana
  • Luciana Soares da Silva
  • Renata Rocha da Silva Montes ClarosMG, Universidade Estadual de Montes Claros, Brasil
  • João Edson Carvalho VespasianoMG, Empresa DBest Engenharia Termoacústica, Brasil
  • Wesley Souza Santana
  • Luiza Augusta Rosa Rossi-Barbosa Montes ClarosMG, UNIMONTES, Departamento de Ciências , Brasil
  • Edna de Freitas Gomes Ruas Montes ClarosMG, UNIMONTES, Departamento de Enfermagem , Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5935/1415-2762.20150023

Palavras-chave:

Recém-Nascido, Ruído, Unidades de Terapia Intensiva Neonatal, Saúde Materno-Infantil, Controle de Ruídos

Resumo

A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é um ambiente cercado de pessoas e equipamentos com alarmes acústicos, sendo necessária a verificação do nível de ruídos e que os profissionais envolvidos tenham consciência dos efeitos nocivos que estes possam trazer para a equipe e os recém-nascidos. O objetivo deste estudo foi quantificar os ruídos sonoros existentes em uma UTIN. Trata-se de estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa. Para a coleta de dados foi aferido o nível de pressão sonora no ambiente por meio de um sonômetro. Observou-se que o valor médio dos decibéis encontrados foram Lmin = 48.5 dBA e Lmax = 90.9 dBA. Esses valores foram superiores ao recomendado pela ABNT e pela OMS, demonstrando necessidade de medidas urgentes e sistemáticas para o controle e redução do nível de pressão sonora na UTIN. O desenvolvimento de programas educativos de sensibilização, novas estratégias de capacitação da equipe multiprofissional e adoção de equipamentos que produzam menos ruídos são algumas medidas que possibilitarão a diminuição do nível de pressão sonora dentro dessa unidade.

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Publicado

01-06-2015

Edição

Seção

Pesquisa

Como Citar

1.
Quantificação dos ruídos sonoros em uma unidade de terapia intensiva neonatal. REME Rev Min Enferm. [Internet]. 1º de junho de 2015 [citado 14º de dezembro de 2025];19(2). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/50109

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