Estresse ocupacional no serviço de atendimento móvel de urgência
DOI:
https://doi.org/10.35699/reme.v18i2.50160Palavras-chave:
Estresse Fisiológico, Esgotamento Profissional, Serviços Médicos de EmergênciaResumo
Este estudo busca avaliar os níveis de estresse ocupacional na equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) da cidade de Marília, tratando-se de uma pesquisa de natureza descritiva e investigatória. A coleta de dados deu-se com base em uma ficha de identificação do participante e do instrumento Escala de Estresse no Trabalho, uma adaptação para o português do questionário original em inglês Job Stress Scale, elaborado em 1988 por Töres Theorell. Os dados foram analisados utilizando-se o software EPIINFO versão 6.02. A população pesquisada foi composta de 60 indivíduos das diversas categorias profissionais (enfermeiras, técnicos de enfermagem, recepcionistas, médicos e motoristas). Em análise percebeu-se que os sujeitos apresentaram, ao mesmo tempo, altos níveis de demanda (exigências e pressões psicológicas exercidas pelo trabalho), controle (capacidade do indivíduo em empregar suas habilidades intelectuais para exercer seu trabalho e ter autoridade para decidir como realizá-lo) e apoio social (qualidade das relações desenvolvidas pelo sujeito com seus superiores e colegas de trabalho), configurando um estado em que o profissional vivencia seu trabalho de maneira ativa, havendo pouca probabilidade de manifestação do estresse ocupacional. Tais resultados diferem grandemente da impressão sustentada pelo público leigo e pelos próprios profissionais de saúde de outras áreas a respeito dos níveis de estresse relacionado ao trabalho no serviço de urgência e emergência, evidenciando a necessidade de se analisar os serviços de saúde sob o olhar científico, de maneira a desmistificar crenças e impressões que, muitas vezes, não condizem com a realidade.Downloads
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