Jovens de unidades socioeducativas em regime de semiliberdade da FUNASE, Recife-PE: vivências e expectativas

Autores

  • Waldemar Brandão Neto UPE/UEPB, Programa Associado de Pós-Graduação em Enfermagem
  • Camila Lima Brady
  • Roberta Biondi Nery de Freitas
  • Estela Maria Leite Meirelles Monteiro UPE/UEPB, Programa Associado de Pós-Graduação em Enfermagem ; Universidade de Pernambuco, Faculdade de Enfermagem Nossa Senhoras das Graças ; Grupo de Estudos e Pesquisa em Enfermagem na Promoção à Saúde de Populações Vulneráveis
  • Jael Maria de Aquino Universidade de Pernambuco, Faculdade de Enfermagem Nossa Senhoras das Graças , Curso de Enfermagem

DOI:

https://doi.org/10.35699/reme.v14i4.50434

Palavras-chave:

Adolescente Institucionalizado, Comportamento Antissocial, Violência, Políticas Públicas, Ação Intersetorial, Profissionais de Saúde

Resumo

Trata-se de um estudo descritivo-exploratório de abordagem qualitativa cujo objetivo foi investigar a vivência de jovens que cumprem medida socioeducativa de semiliberdade, considerando os fatores socioeconômicos, culturais e afetivos que concorrem para sua inserção na criminalidade, assim como identificar suas expectativas em relação ao futuro. Foi aplicado um roteiro de entrevista com 30 adolescentes do sexo masculino, nos meses de julho a setembro de 2009. Os depoimentos foram gravados, transcritos e analisados mediante o Discurso do Sujeito Coletivo, sendo decompostos em oito ideias centrais: vivência dos adolescentes na escola; relacionamento intrafamiliar dos adolescentes; situação socioeconômica dos familiares dos adolescentes; vivência dos adolescentes como moradores de rua; vivência dos adolescentes com o uso de drogas; familiares dos adolescentes que cometeram atos infracionais; vivência delituosa dos adolescentes; e desejo de mudanças e expectativas dos adolescentes em relação ao futuro. Evidenciou-se que a desestrutura familiar, a precarização nas condições de vida, a exposição às influências nocivas do ambiente da rua, a ausência de suporte escolar de qualidade, a ausência de adultos que sejam referências positivas e a negação da vivência da etapa da infância concorrem para o crescente envolvimento de jovens com atividades delituosas. A vivência dos jovens em situação de criminalidade desencadeia atitudes discriminatórias e preconceituosas pela sociedade, contribuindo para as dificuldades de estabelecer uma rede de apoio propícia a ações para a (re)inserção social desses indivíduos.

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Publicado

01-12-2010

Como Citar

1.
Brandão Neto W, Brady CL, Freitas RBN de, Monteiro EMLM, Aquino JM de. Jovens de unidades socioeducativas em regime de semiliberdade da FUNASE, Recife-PE: vivências e expectativas. REME Rev Min Enferm. [Internet]. 1º de dezembro de 2010 [citado 4º de novembro de 2024];14(4). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/50434

Edição

Seção

Pesquisa

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