Violência por parceiro íntimo em região de tríplice fronteira
DOI:
https://doi.org/10.5935/1415.2762.20210009Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde, Saúde da Mulher, Estratégia Saúde da Família, Violência Contra a Mulher, Violência Doméstica, Violência por Parceiro Íntimo, Áreas de FronteiraResumo
Objetivo: analisar a prevalência da violência por parceiro íntimo contra mulheres e seus fatores associados. Método: estudo descritivo e transversal, quantitativo, com mulheres usuárias das unidades básicas de saúde de Foz do Iguaçu, análise realizada por meio de testes qui-quadrado de Mantel-Haenszel nos fatores de risco e proteção baseados na OddsRatio (OR). Resultados: foram realizadas 565 entrevistas com mulheres usuárias das unidades de saúde da família na atenção básica do município. A maior prevalência foi de violência psicológica (51,3%), seguida da física (36,5%) e sexual (22,8%). Com base nos dados, os maiores fatores de risco para a violência foram: idade; alto nível de escolaridade; estado civil divorciado; uso de drogas e antecedentes familiares de violência na família do parceiro; e temperamento do parceiro. Conclusão: conhecer os fatores associados ao agravo ajuda em sua identificação e melhor manejo na Estratégia Saúde da Família (ESF), bem como contribui para que o município estabeleça ações de educação continuada para profissionais do ESF, a fim de sensibilizar para uma abordagem da violência no cotidiano desses serviços.
Referências
Frazão MCLO, Viana LRC, Pimenta CJL, Silva CRR, Bezerra TA, Ferreira GRS et al, Violência praticada por parceiros íntimos a mulheres com depressão. REME - Rev Min Enferm. 2020[citado em 2020 nov. 05];24:e-1324. Disponível em: http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/1478
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA. Atlas da violência 2019. Brasília: Rio de Janeiro / São Paulo: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Fórum Brasileiro de Segurança Pública; 2019. 116 p. Relatório final.
Câmara dos Deputados (BR). Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher. Mapa da violência contra mulher. Brasília: Câmara dos Deputados; 2018[citado em 2019 abr. 24]. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/comissao-de-defesa-dos-direitos-da-mulher-cmulher/arquivos-de-audio-e-video/MapadaViolenciaatualizado200219.pdf
Congresso Nacional (BR). Lei nº 13.104, de 9 de março de 2015[citado em 2020 nov. 04]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13104.htm#:~:text=Altera%20o%20art.,no%20rol%20dos%20crimes%20hediondos
Ramos S. O papel das ONGs na construção de políticas de saúde: a Aids, a saúde da mulher e a saúde mental. Ciênc Saúde Colet. 2004[citado em 2020 nov. 04];9(4):1067-78. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csc/v9n4/a27v9n4.pdf
World Health Organization (WHO). Multi-country study on women’s health and domestic Violence against women: initial results on prevalence, health outcomes and women’s response, 2005[citado em 2020 fev. 15]. Disponível em: https://www.who.int/reproductivehealth/publications0/violence/24159358x/en/
Vieira EM, Perdona GSC, Santos MA. Fatores associados à violência física por parceiro íntimo em usuárias de serviços de saúde. Rev Saúde Pública. 2011[citado em 2017 dez. 05];45(04):730-7. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102011000400013
Neri FS. Política de atención a mujeres em situación de violência. Rev MERCOSUR de Políticas Sociales. 2019[citado em 2020 abr. 21];3(1):139-55. Disponível em: http://revista.ismercosur.org/index.php/revista/article/view/96
Aguilar MAB, Gonçalves JP. Violência doméstica em região de fronteira: perfil das mulheres atendidas pela defensoria pública de Corumbá/MS. Rev Facisa. 2018[citado em 2020 abr. 24];7(2):70-87. Disponível em: http://periodicos.unicathedral.edu.br/revistafacisa/article/view/320
Basar F, Demirci N. Domestic violence against women in Turkey. Pak J M Sci. 2018[citado em 2020 dez. 14];34(3):660-5. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.govpmc/articles/PMC6041515
Barros EN, Silva MA, Falbo GHN, Lucena SG, Ponzo L, Pimentel AP. Prevalência e fatores associados à violência por parceiro íntimo em mulheres de uma comunidade em Recife/Pernambuco, Brasil. Ciênc Saúde Colet. 2016[citado em 2017 dez. 05];21(2):591-8. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/csc/2016.v21n2/591-598/
Rafael RMR, Moura ATMS, Tavares JMC, Ferreira REM, Camilo GGS, Neto M. Perfil das violências por parceiro íntimo em Unidades de Saúde da Família. Rev Bras Enferm. 2017[citado em 2018 fev. 03];70(6) 1329-37. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-71672017000601259&script=sci_arttext&tlng=pt
Vyas S, Jansen HAFM. Unequal power relations and partner violence against women in Tanzania: a cross-sectional analysis. BMC Womens Health. 2018[citado em 2020 dez. 14];18(1):185. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6238293/
Lima JCV, Santos RC, Silva JC, Silva RSC, Souto CMRM, Souto RQ, et al. Rastreio e encaminhamento de casos de violência contra a mulher por enfermeiras na estratégia saúde da família. Cogitare Enferm. 2020[citado em 2020 abr. 14];25:e65579. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/65579
Monteiro LCR, Amaral PAT. A Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher na Faixa de Fronteira: em Busca da Visibilidade. Rev Perspectiva Geográfica. 2016[citado em 2020 abr. 21];11(15):143-51. Disponível em: http://erevista.unioeste.br/index.php/pgeografica/article/view/16594/11211
Feitosa, ALX, Albuquerque CM, Cariri LS, Anjos YY, Vargas MML. Atendimento a mulher que sofre violência doméstica na Estratégia de Saúde da Família. International Nursing Congress, Aracaju-SE, Brasil; 2017[citado em 2020 fev. 05]. Disponível em: https://eventos.set.edu.br/index.php/cie/article/view/6030/2384
Delziovo CR, Bolsoni CC, Nazário NO, Coelho EBS. Características dos casos de violência sexual contra mulheres adolescentes e adultas notificados pelos serviços públicos de saúde em Santa Catarina, Brasil. Cad Saúde Pública. 2017[citado em 2018 fev. 24];33(6):e00002716. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csp/v33n6/1678-4464-csp-33-06-e00002716.pdf
Falcke D, Boeckel MG, Wagner A. Violência conjugal: mapeamento do fenômeno no Rio Grande do Sul. Psico (Porto Alegre). 2017[citado em 2018 fev. 03];48(2)120-9. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/article/view/25148
Babu BV, Kar SK. Domestic violence in Eastern India: factors associated with victimization and perpetration. Public Health. 2010[citado em 2018 dez. 05];124(03):136-48. Disponível em: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0033-3506(10)00018-1
Araújo RP, Sousa FMS, Feitosa VC, Coêlho DMM, Sousa MAFA. Perfil sociodemográfico e epidemiológico da violência sexual contra as mulheres em Teresina/Piauí. Rev Enferm UFSM. 2015[citado em 2017 dez. 05];4(4):739-50. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/index.php/reufsm/article/view/14519
Vasconcelos MS, Holanda VR, Albuquerque TT. Perfil do agressor e fatores associados à violência contra mulheres. Cogitare Enferm. 2016[citado em 2017 nov. 21];21(01):1-10. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/41960
Moraes CL, Oliveira AGS, Reichenheim ME, Gama SGN, Leal MC. Prevalência de violência física entre parceiros íntimos nos primeiros seis meses após o parto no Município do Rio de Janeiro, Brasil. Cad Saúde Pública. 2017[citado em 2018 fev. 10];33(8):e00141116. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csp/v33n8/1678-4464-csp-33-08-e00141116.pdf
Magalhães JRF, Gomes NP, Mota RS, Campos LM, Camargo CL, Andrade SR. Violência intrafamiliar: vivências e percepções de adolescentes. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2017[citado em 2018 fev. 22];21(1):e20170003. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ean/v21n1/1414-8145-ean-21-01-e20170003.pdf
Zuchi CZ, Silva EB, Costa MC, Arboit J, Fontana DGR, Honnef F, Heisler ED. Violência contra as mulheres: concepções de profissionais da Estratégia Saúde da Família acerca da escuta. REME - Rev Min Enferm. 2018[citado em 2020 abr. 14];22:e-1085. Disponível em: http://reme.org.br/artigo/detalhes/1223
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Reme: Revista Mineira de Enfermagem

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.