v. 3 n. 1 (2022): Dossiê - Da crítica ao dispositivo da propriedade à aposta no comum: corpos, colonialidades, mundos (jan/jun 2022)
Dossiê especial

Pensare la vita come ciò di cui non si dà mai proprietà: Agamben e a propriedade privada

Daniel Arruda Nascimento
Universidade Federal Fluminense, Niterói, Brasil
Biografia

Publicado 06-09-2022

Palavras-chave

  • Giorgio Agamben,
  • direito de propriedade,
  • propriedade privada

Como Citar

NASCIMENTO, Daniel Arruda. Pensare la vita come ciò di cui non si dà mai proprietà: Agamben e a propriedade privada. (Des)troços: revista de pensamento radical, Belo Horizonte, v. 3, n. 1, p. 38–49, 2022. DOI: 10.53981/destroos.v3i1.40159. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/40159. Acesso em: 16 jun. 2025.

Resumo

Retornamos ao texto que se segue ao Altissima povertà: regole monastiche e forma di vita de Giorgio Agamben para nos indagar se estaria o filósofo italiano escrevendo contra a propriedade privada e se o seu livro pode ser lido como um manifesto contra o direito de propriedade. Ao contrário de outros temas que se repetem com frequência durante o intercurso da obra do filósofo romano, esse quase não aparece e tem um posto bem localizado. A sua articulada argumentação em benefício de uma vida fora do direito seria uma afronta direta ou indireta ao uso particular e exclusivo dos bens que estão à disposição da humanidade? É muito provável que os estilhaços do tempo messiânico aos quais se refere Walter Benjamin, cacos que indicam os sentidos das portas estreitas por onde pode passar a salvação messiânica que prescinde de futuro e de messias, atinjam o direito de propriedade. Os recursos a aplicar contra uma realidade supostamente improfanável estão à nossa disposição, ao menos à disposição da filosofia crítica que ainda vem ou da filosofia radical que já se encontra em estado de latência?

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Referências

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