Vol. 3 No. 2 (2022): Special Dossier - Disobediences (jul/dec 2022)
Papers

Biopolitics, development, insecurity, exclusion and violence

Jairo Marchesan
Universidade do Contestado, Concórdia, Brasil
Bio
Krishna Schneider Treml
Universidade do Contestado, Canoinhas, Brasil
Bio
Sandro Luiz Bazzanella
Universidade do Contestado, Canoinhas, Brasil
Bio

Published 2023-04-18

Keywords

  • Biopolitics,
  • development,
  • ideology,
  • economy,
  • violence

How to Cite

MARCHESAN, J.; TREML, K. S.; BAZZANELLA, S. L. Biopolitics, development, insecurity, exclusion and violence. (Des)troços: revista de pensamento radical, Belo Horizonte, v. 3, n. 2, p. 142–162, 2023. DOI: 10.53981/(des)troos.v3i2.41910. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/41910. Acesso em: 16 aug. 2024.

Abstract

The objective of this article is to understand the control and violence exercised by the State through legal instruments and the rationality of economic-political devices and their implications for regional development. Based on the writings of Michael Foucault, Giorgio Agamben and Maurizio Lazzarato, it is permissible to establish an ambiguous and complex relationship in which the State – based on legal injunctions and economic-political devices – exerts an institutionalized violence that not only determines conduct, but also segregates individuals and populations, produces constant threats and ensures contracts and financial impositions on communities and peoples, under the obsession of the developmentalist pattern. This model is so avid that it liquefies the biopolitical project and transforms human life into merely biological life, especially in peripheral or socially, culturally and economically excluded populations. Violence, linked to the law and this process, contaminates all institutions, projects and injunctions, including “development”, in its most diverse adjectives, conserving and (re)producing disqualified lives.

Downloads

Download data is not yet available.

References

  1. AGAMBEN, Giorgio. Estado de exceção. 2. ed. Trad. Iraci D. Poleti. São Paulo: Boitempo, 2004.
  2. AGAMBEN, Giorgio. Meios sem fim: notas sobre a política. Trad. Davi Pessoa. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015b.
  3. AGAMBEN, Giorgio. O Aberto. O homem e o animal. 2. ed. Trad. Pedro Mendes. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017.
  4. AGAMBEN, Giorgio. O poder soberano e a vida nua I. 2. ed. Trad. Henrique Burigo. Belo Horizonte: UFMG, 2010.
  5. AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo e outros ensaios. Trad. Vinicius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2009.
  6. AGAMBEN, Giorgio. O que é um dispositivo. Outra travessia, Florianópolis, n. 5, 2005. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/Outra/article/view/12576. Acesso em: 10 jan. 2022.
  7. AGAMBEN, Giorgio. O reino e a glória: uma genealogia teológica da economia e do governo: Homo Sacer II. Trad. Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo, 2011.
  8. AGAMBEN, Giorgio. Stasis, a guerra civil como paradigma político (Homo Sacer II, 2). Tradução de OLIVEIRA, M V. X. In: DANNER, M. V. X. (Orgs.). Filosofia do direito e contemporaneidade. Porto Alegre: Fi, 2015a.
  9. ANTONELLA, Corsani; LAZZARATO, Maurizio. Intermittents et précaires. Paris: Éditions Amsterdam, 2008.
  10. ARENDT, Hannah. Homens em tempos sombrios. Trad. Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
  11. BAZZANELLA, Sandro Luiz; ASSMAN, Selvino José. A vida como potência a partir de Nietzsche e Agamben. São Paulo: LiberArs, 2013.
  12. BAZZANELLA, Sandro Luiz; GODOI, Cintia Neves; MARCHESAN, Jairo; TOMPOROSKI, Alexandre Assis. Desenvolvimento: conceito ou ideologia? Desenvolvimento em Debate, v. 10, n. 1, pp. 57-79, jan.-abr. 2022.
  13. BRASIL. Presidência da República. Secretaria-Geral Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei Nº 13.105, de 16 de março de 2015. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%2013.105%2C%20DE%2016%20DE%20MAR%C3%87O%20DE%202015.&text=C%C3%B3digo%20de%20Processo%20Civil.&text=Art.%201%C2%BA%20O%20processo%20civil,se%20as%20disposi%C3%A7%C3%B5es%20deste%20C%C3%B3digo.
  14. BRASIL. Presidência da República. Secretaria-Geral Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto Nº 9.810, de 30 de maio de 2019. Institui a Política Nacional de Desenvolvimento Regional. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/d9810.htm. Acesso em: 18 ago. 2022.
  15. DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. Trad. Mariana Echalar. São Paulo: Boitempo, 2016.
  16. DOWBOR, Ladislau. A era do capital improdutivo: por que oito famílias têm mais riqueza do que a metade da população do mundo? São Paulo: Autonomia Literária, 2017.
  17. FOUCAULT, Michel. A sociedade punitiva: curso no College de France (1972-1973). Trad. Ivone C. Benedetti. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2015.
  18. FOUCAULT, Michel. Nascimento da biopolítica: curso no College de France (1978-1979). Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
  19. FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Trad. Lígia M. Pondé Vassallo. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 1989.
  20. KAFKA, Franz. O processo. Trad. Modesto Carone. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
  21. KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. Trad. João Baptista Machado. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
  22. LAZZARATO, Maurizio. La fábrica del hombre endeudado: ensayo sobre la condición neoliberal. Trad. Horacio Pons. Buenos Aires: Amorrortu, 2013.
  23. LAZZARATO, Maurizio. O governo das desigualdades: crítica da insegurança neoliberal. Trad. Ana Bigotte Vieira et al. São Carlos: UFSCar, 2011.
  24. PICH, Santiago. Adolphe Quetelet e a biopolítica como teologia secularizada. História, Ciências, Saúde, v. 20, n. 3, pp. 849-864, jul.-set. 2013.