Vol. 4 No. 2 (2023): Special Dossier - Queer corporeities and subjectivities (Jul/Dec 2023)
Special Dossier

Experience of queer detachment: when the body becomes architecture

Marcos Sardá-Vieira
Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Erechim, Brasil
Bio

Published 2024-02-23

Keywords

  • Body,
  • Homosexuality,
  • Queer detachment,
  • Control architecture,
  • Berlin

How to Cite

SARDÁ-VIEIRA, M. Experience of queer detachment: when the body becomes architecture. (Des)troços: revista de pensamento radical, Belo Horizonte, v. 4, n. 2, p. e48637, 2024. DOI: 10.53981/destroos.v4i2.48637. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/48637. Acesso em: 17 jul. 2024.

Abstract

This article analyzes the conformations of architecture as a device aimed at sexual pleasures in cruising areas of Berlin, based on the relationship of queer detachment. Through cartographic methodology and phenomenological method, the intention is to understand how male bodies and homosexual desires are induced by spatial devices, objects and light/image effects, at the same time that such bodies and their performativities also modify the ways in which spatiality can be conceived and adapted. Thus, by breaking with architectural conventions in the face of dissident experiences of heteronormativity, the ambience of detachment for the performance of unauthorized sexual practices in public space or even by architectural convention stands out, in exchange for the consented exploitation of these bodies and desires by commercial establishments. This interaction of confinement in dark rooms (and hidden truths) reinforces the attraction factor of other consumer bodies, subjected to the supposed control and discipline of sexual behaviours and desires associated with the gay subculture and the pharmacopornographic regime, using as a subterfuge the disruptive aesthetics of the body when associated with architecture.

Downloads

Download data is not yet available.

References

  1. AGAMBEN, Giorgio. Profanações. São Paulo: Boitempo, 2007. pp. 65-79.
  2. AHMED, Sara. Queer phenomenology: orientations, objects, others. Durham, London: Duke University Press, 2006. DOI: https://doi.org/10.1515/9780822388074
  3. ARAVENA, Alejandro. Reporting from the front: 15th International Architecture Exhibtion. [Catalog]. Venezia, 2016.
  4. ARENDT, Hannah. A condição humana. 11. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.
  5. BETSKY, Aaron. Queer space: architecture and same-sex desire. New York: William Morrow and Company Inc., 1997.
  6. BRAIDOTTI, Rosi. Diferença, diversidade e subjetividade nômade. Tradução de Roberta Barbosa. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, n. 1-2, pp. 1-16, jul./dez. 2002.
  7. BROWNE, Kath. Uma perfeita geezer-bird (mulher-homem): os lugares e olhares de corporalização “feminina”. In: SILVA, Joseli Maria; ORNAT, Marcio Jose; CHIMIN JUNIOR, Alides Baptista (org.). Geografias feministas e das sexualidades: encontros e diferenças. Ponta Grossa: Todapalavra, 2016. pp. 131-157.
  8. BUTLER, Judith. Corpos que importam: os limites discursivos do “sexo”. 1. ed. São Paulo: n-1 edições, 2019.
  9. BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. 8. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.
  10. FOUCAULT, Michel. História da sexualidade 1: vontade de saber. Tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. 1. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2014.
  11. FOUCAULT, Michel. Segurança, território, população: curso dado no Collège de France (1977-1978). Tradução Eduardo Brandão; revisão da tradução Claudia Berliner. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
  12. GIEDION, Sigfried. Espaço, tempo e arquitetura: o desenvolvimento de uma nova tradição. Tradução de Alvamar Lamparelli. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
  13. GREGORI, Maria Filomena. Limites da sexualidade: violência, gênero e erotismo. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 51, n. 2, pp. 575-606, 2008.
  14. HALL, Edward T. A dimensão oculta. Tradução de Waldéa Barcellos. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
  15. HEIDEGGER, Martin. Que é uma coisa? Doutrina de Kant dos princípios transcendentais. Tradução de Carlos Morujão. Lisboa: Edições 70, 1987.
  16. KEREZ, Christian. A Discovered spacial formation. Zurich, TEC21. Interview granted to Hubertus Adam. Zurich, TEC21, mayo 2016. Disponível em: https://www.espazium.ch/a-discovered-spacial-formation. Acesso em: 30 out. 2023.
  17. LEWIS, Elizabeth Sara. Teoria(s) Queer e performatividade: mudança social na matriz heteronormativa. In: MACEDO, Elizabeth; RANNIERY, Thiago (org.). Currículo, sexualidade e ação docente. 1. ed. Petrópolis, RJ: DP et Alii, 2017. pp. 157-186.
  18. LOURO, Guacira Lopes. Foucault e os estudos queer. In: RAGO, Margareth; VEIGA-NETO, Alfredo (org.). Para uma vida não-facista. Belo Horizonte: Autêntica, 2009. pp. 135-142.
  19. MAGNABOSCO, Molise de Bem; SOUZA, Leonardo Lemos de. Aproximações possíveis entre os estudos da deficiência e as teorias feministas e de gênero. Revista Estudos Feministas, v. 27, n. 2, p. e56147, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ref/a/xN3zgQD7sqggSwxrZFV7qQk/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 19 dez. 2023. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9584-2019v27n256147
  20. MALARD, Maria Lúcia. As aparências em arquitetura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006.
  21. MASSEY, Doreen. Pelo espaço: uma nova política da espacialidade. Tradução Hilda Pareto Maciel e Rogério Haesbaert. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.
  22. MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
  23. MISKOLCI, Richard. Crítica à Hegemonia Heterossexual. Revista Cult, n. 193, ano 17, pp. 33-35, 2014.
  24. PRECIADO, Paul B. Manifesto contrassexual. Tradução de Maria Paula Gurgel Ribeiro. São Paulo: N-1 edições, 2014.
  25. PRECIADO, Paul B. Terror anal: apuntes sobre los primeros días de la revolución sexual. In: HOCQUENGHEM, Guy (org.). El deseo homosexual. Traducción de Geoffroy Huard de la Marre. España: Editorial Melusina, 2009. pp. 133-174.
  26. PRECIADO, Paul B. Testo Junkie: sexo, drogas e biopolítica na era farmacopornográfica. Tradução Maria Paula Gurgel Ribeiro. São Paulo: N-1 edições, 2018.
  27. RASMUSSEN, Steen Eiler. Arquitetura vivenciada. Tradução de Álvaro Cabral. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
  28. RUBIN, Gayle. Thinking sex: notes for a radical Theory of the Politics of sexuality. In: NARDI, P.; SCHNEIDER, B. Social perspectives in lesbian and gay studies: a reader. London/New York: Routledge Ed., 1998. pp. 100-133.
  29. SALIH, Sara. Judith Butler e a Teoria Queer. Tradução e notas de Guacira Lopes Louro. 1. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013.
  30. SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006.
  31. SARDÁ-VIEIRA, Marcos. Errância, devir queer e transição espacial nas ruas de Berlim. Fragmentos de Cultura, Goiânia, v. 32, n. 3, pp. 512-525, 2022. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/fragmentos/article/view/12624. Acesso em: 19 dez. 2023.
  32. SARDÁ-VIEIRA, Marcos; ZAPATA GALINDO, Martha; KOBLITZ, Katja. Dinámicas de la urbanidad queer en Berlín. Pasado y Memoria, n. 25, pp. 234-258, 2022. Disponível em: https://pasadoymemoria.ua.es/article/view/20742. Acesso em: 19 dez. 2023. DOI: https://doi.org/10.14198/PASADO2022.25.10
  33. TAQUES, Fernando José. Sexualidades e identidades nos movimentos LGBTs do Brasil contemporâneo. Visão Global, Joaçaba, v. 13, n. 1, pp. 143-156, 2010.
  34. WEEKS, Jeffrey. Coming Out - the emergence of LGBT identities in Britain from the Ninettenth Century to the present. 3. ed. London: Quarter, 2016.
  35. WOORDT, Theo J. M. van der; WEGEN, Herman B. R van. Arquitetura sob o olhar do usuário: programa de necessidades, projeto e avaliação de edificações. Tradução de Maria Beatriz de Medina. São Paulo: Oficina de Textos, 2013.