Vol. 3 Núm. 2 (2022): Dossier - Desobediencias (jul/dic 2022)
Artículos

#80tiros: ¿cómo contar la violencia? Análisis sobre la percepción de la violencia policial en las redes sociales

Victor Hermann Mendes Pena
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Brasil
Biografía

Publicado 2023-04-18

Palabras clave

  • violencia policial,
  • redes sociales,
  • necropolítica,
  • Rio de Janeiro,
  • 80 disparos

Cómo citar

HERMANN MENDES PENA, V. #80tiros: ¿cómo contar la violencia? Análisis sobre la percepción de la violencia policial en las redes sociales. (Des)troços: revista de pensamento radical, Belo Horizonte, v. 3, n. 2, p. 176–198, 2023. DOI: 10.53981/(des)troos.v3i2.41486. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/41486. Acesso em: 17 jul. 2024.

Resumen

Este ensayo tiene como objetivo contribuir a los estudios sobre los procesos de percepción social de la violencia en Brasil, con énfasis en las redes sociales. Como extracto, elegimos la repercusión en Instagram y Twitter del asesinato de Evaldo Rosa y Luciano Macedo por el Ejército en 2019, en Río de Janeiro, episodio que estuvo marcado por el hashtag #80tiros. Analizaremos los argumentos más recurrentes, sus fundamentos sociológicos y limitaciones interpretativas, así como la influencia de la infraestructura algorítmica en su construcción. Nuestra hipótesis es que el discurso mítico obstaculizó la percepción de la zona gris formada con el avance de la necropolítica estatal contra sectores de la clase en lucha.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

  1. ADRIELLE, Regine. Dias, anos, tiros e corpos... 5, 15, 12, 29, 80, 111. In: OLIVEIRA, Vanessa (org.). De bala em prosa: vozes da resistência ao genocídio preto. São Paulo: Elefante, 2020.
  2. AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer. O poder soberano e a vida nua I. Belo Horizonte: UFMG, 2007.
  3. ALVES, Raoni. Witzel lamenta morte de Ágatha, culpa o crime organizado e defende a política de segurança do governo. Portal G1, Rio de Janeiro, 2019. Disponível em https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2019/09/23/witzel-fala-pela-primeira-vez-apos-morte-de-agatha-no-complexo-do-alemao.ghtml Acesso em: 12 de out. 2022.
  4. BARTHES, Roland. Mitologias. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
  5. BERARDI, Franco. Asfixia: capitalismo financeiro e a insurreição da linguagem. São Paulo: Ubu, 2020. E-book.
  6. BERNARDI, Ana; MORAIS, Jennifer. Fascismo à brasileira? Análise de conteúdo dos discursos de Bolsonaro após o segundo turno das eleições presidenciais de 2018. Política e Sociedade, v. 20, n. 48, pp. 300-237, 2021.
  7. BJERRE, Henrik; LAUSTEN, Carsten Bagge. The subjects of politics: Slavoj Zizek’s political philosophy. Penrith: LLP Humanities, 2010.
  8. BUENO, Samira; MARQUES, David; PACHECO, Dennis. As mortes decorrentes de intervenção policial no Brasil em 2020. In: Anuário Brasileiro de Segurança Pública, Ano 14, 2020.
  9. BUTLER, Judith. Endangered/endangering: schematic racism and white paranoia. In: GOODING-WILLIAMS, Robert (org.). Reading Rodney King/reading urban uprising. New York: Routledge, 1993.
  10. Chico Otávio e Vera Araújo. Em oito anos, número de áreas controladas por grupos paramilitares dobrou. Jornal O Globo, 2018. Disponível em: https://oglobo.globo.com/rio/em-oito-anos-numero-de-areas-controladas-por-grupos-paramilitares-dobrou-22574503. Acesso em 12 out. 2022.
  11. CIG (The New York Times Customer Insight Group). The psychology of sharing: why do people share online, 2011. Disponível em: https://www.bostonwebdesigners.net/wp-content/uploads/POS_PUBLIC0819-1.pdf Acesso em: 12 out. 2022.
  12. DAVIES, Frank. Deodoro: formas de governo para uma “região olímpica”. 2017. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Universidade Federal de Minas Gerais, Rio de Janeiro, 2017.
  13. DREIFUSS, René Armand. Política, poder, estado e força: uma leitura de Weber. Petrópolis: Vozes, 1993.
  14. FACHIN, Patrícia. A cidade-mercadoria e os limites da reforma urbana brasileira. Entrevista especial com Pedro Arantes. Revista IHU, 2017. Disponível em: https://www.ihu.unisinos.br/categorias/159-entrevistas/568817-a-cidade-mercadoria-e-os-limites-da-reforma-urbana-brasileira-entrevista-especial-com-pedro-arantes. Acesso em 12 out. 2022.
  15. FELTRAN, Gabriel. Polícia e política: o regime de poder hoje liderado por Bolsonaro. CEBRAP: Blog Novos Estudos, 2021. Disponível em: https://novosestudos.com.br/policia-e-politica-o-regime-de-poder-hoje-liderado-por-bolsonaro. Acesso em 12 out. 2022.
  16. FELTRAN, Gabriel. Trabalhadores e bandidos: categorias de nomeação, significados políticos. Temáticas, v. 15, n. 30, pp. 11-50, 2007.
  17. FOUCAULT, Michel. Le jeu de Michel Foucault In: FOUCAULT, Michel. Dits et écrits 1954-1988. V. III (1976-1979). Paris: Éditions Gallimard, 1994.
  18. GASPAR, Gabriel, OLIVEIRA, Vanessa. Brancos, sangrem conosco. In: OLIVEIRA, Vanessa (org.). De bala em prosa: vozes da resistência ao genocídio preto. São Paulo: Elefante, 2020.
  19. HAN, Byung-Hul. No enxame: perspectivas do digital. Petrópolis: Vozes, 2018.
  20. HIRATA, Daniel Veloso; CARDOSO, Adauto; GRILLO, Carolina Christoph; SANTOS JR., Orlando; LYRA, Diogo; DIRK, Renato; RIBEIRO, Rodrigo; PETTI, Daniela; SAMPAIO, Júlia. A expansão das milícias no Rio de Janeiro: uso da força estatal, mercado imobiliário e grupos armados. Relatório Final, 2021.
  21. KROKER, Arthur; WEINSTEIN, Michael. Data trash: the theory of virtual class. New York: St. Martin’s Press, 1994.
  22. MACHADO DA SILVA, Luiz Antonio; MENEZES, Palloma. (Des)continuidades na experiência de “vida sob cerco” e na “sociabilidade violenta”. Novos estudos, v. 38, 2019.
  23. MACHADO DA SILVA, Luiz Antonio. Violência urbana, segurança pública e favelas: o caso do Rio de Janeiro atual. Caderno CRH, v. 23, n. 59, pp.283-300, 2010.
  24. MANGIANI, Fernando. 80 tiros: e depois veio o silêncio. Revista Veja, 17 abr. 2019 Disponível em: https://veja.abril.com.br/brasil/e-depois-veio-o-silencio/. Acesso em 12 out. 2022.
  25. MBEMBE, Achille. Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. São Paulo: N-1 edições, 2018.
  26. MIAGUSKO, Edson. A pacificação vista da Baixada Fluminense: violência, mercado político e militarização. In: LEITE, Márcia; ROCHA, Lia de Mattos; FARIAS, Juliana; CARVALHO, Monique (orgs.). Militarização no Rio de Janeiro: da pacificação à intervenção. Rio de Janeiro: Mórula, 2018.
  27. MINISTÉRIO DA DEFESA. Complexo da Maré: força de pacificação já realizou mais de 65 mil ações. 2015. Disponível em: https://www.defesa.gov.br/noticias/15254-complexo-da-mare-forcas-de-pacificacao-ja-realizaram-mais-de-65-mil-acoes. Acesso em: 12 out. 2022.
  28. MINISTÉRIO DA DEFESA. Garantia da lei e da ordem. Exercícios e operações. 2019. Disponível em: https://www.defesa.gov.br/exercicios-e-operacoes/garantia-da-lei-e-da-ordem. Acesso em: 12 out. 2022.
  29. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Uso legal da força. Secretaria Nacional de Segurança Pública. Florianópolis, 2006.
  30. ROCHA, Lia; MOTTA, Jonathan. Entre luzes e sombras: o Rio de Janeiro dos megaeventos e a militarização da vida na cidade. Interseções – Revista de estudos interdisciplinares, v. 22, pp. 225-248, 2020.
  31. SAKAMOTO, Leonardo. Os governantes que elogiam execuções vão pedir perdão à viúva de Evaldo? Blog do Sakamoto. 2019. Disponível em: https://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2019/04/08/os-governantes-que-elogiam-execucoes-vao-pedir-perdao-a-viuva-de-evaldo/. Acesso em 12 out. 2022.
  32. SEYMOUR, Richard. The twittering machine, London: Verso Books, 2020.
  33. SOARES, Rafael. Os 257 tiros contra o carro de Evaldo dos Santos Rosa. Revista Época, 23 mai. 2019. Disponível em: https://epoca.globo.com/os-257-tiros-contra-carro-de-evaldo-dos-santos-rosa-23687091. Acesso em 12 out. 2022.
  34. SONTAG, Susan. Diante da dor dos outros. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
  35. SOUZA, Jessé. Os batalhadores brasileiros: nova classe média ou nova classe trabalhadora? Belo Horizonte: UFMG, 2010.
  36. VIANA, Natalia. A desastrosa operação do Exército que levou à morte de Evaldo Rosa. Agência Pública. 2020. Disponível em: https://apublica.org/2020/04/exclusivo-a-desastrosa-operacao-do-exercito-que-levou-a-morte-de-evaldo-rosa/. Acesso em 12 out. 2022.
  37. VIANA, Natalia. Dois anos depois, ‘caso dos 80 tiros’ segue sem solução. “É desesperador”, diz viúva de músico fuzilado pelo Exército. Agência Pública. 2021. Disponível em: https://apublica.org/2021/04/dois-anos-depois-caso-dos-80-tiros-segue-sem-solucao-e-desesperador-diz-viuva-de-musico-fuzilado-pelo-exercito/. Acesso em 12 out. 2022.
  38. VIANA, Natalia. Eu queria que os soldados do Exército fossem a júri popular. Jornal El País, 2019a. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/09/17/politica/1568750943_782547.html. Acesso em 12 out. 2022.
  39. VIANA, Natalia. Minha felicidade ficou para trás, diz viúva de Evaldo Rosa. Carta Capital, 2019b. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/sociedade/minha-felicidade-ficou-para-tras-diz-viuva-de-evaldo-rosa/. Acesso em 12 out. 2022.
  40. WIERVORKA, Michel. O novo paradigma da violência. Tempo Social, v. 9, n. 1. pp.5-41 1997.