v. 2 n. 1 (2023): Dossiê: O espaço colonial: entre ornamento e arquitetura
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O Segundo Vereador de Mariana e a compreensão estilística nas Minas do século XVIII: O exemplo da talha

Alex Fernandes Bohrer
IFMG

Publicado 2023-07-10

Como Citar

Bohrer, A. F. (2023). O Segundo Vereador de Mariana e a compreensão estilística nas Minas do século XVIII: O exemplo da talha. Perspectiva Pictorum, 2(1). Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistaperspectivapictorum/article/view/46836

Resumo

É bastante perceptível que a talha setecentista teve três modelos predominantes, classificados de forma sistemática graças a esforços de pesquisadores como Germain Bazin, Lúcio Costa e Robert Smith. Seria interessante, contudo, se conseguíssemos descobrir como os homens do século XVIII rotulavam tal produção. A nosso ver existe um vestígio documental disso: trata-se do relato feito pelo Segundo Vereador de Mariana, Joaquim José da Silva, copiado por Rodrigo José Ferreira Bretas na sua famosa biografia sobre o Aleijadinho. Tal texto já foi acusado de ser uma fraude inventada por Bretas; outros, entretanto, o saúdam como legítimo. É evidente que o trecho transcrito é bem distante da prosa de Rodrigo, se assemelhando a uma construção linguística mais antiga. Outro motivo que julgamos depor a favor da autenticidade do relato é a nomenclatura utilizada para designar os vários gostos estilísticos então em voga: termos, ao que parece, advindos realmente do século XVIII e não do XIX (quando o Barroco já passava pelo crivo das críticas neoclássicas). Lúcio Costa foi o primeiro a tentar extrair essa terminologia do Vereador e atribuí-la aos retábulos - e aqui vamos propor uma revisão de seus apontamentos.

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