A informação científica e o seu Acesso Livre: que direção o Brasil está adotando?

Resumo

O movimento Open Access-OA, também conhecido como movimento Free Access, introduziu novas alternativas de acesso à informação científica para pesquisadores. Consequentemente, inserem-se novas ferramentas de divulgação da produção científica, como repositórios digitais e periódicos científicos de livre acesso. Esse movimento começou em 2001. Depois de mais de uma década, verifica-se, hoje, que existem mais de 2.600 repositórios digitais, em várias partes do mundo. O Brasil participou desde o início dessa experiência, monitorando e desenvolvendo iniciativas semelhantes. Atualmente, o país conta com 83 repositórios digitais e quase mil periódicos científicos de livre acesso. Este artigo analisa e discute a posição brasileira sobre o AA, em um contexto global, a partir de conceitos que definem um repositório digital, um repositório institucional, um repositório temático e um repositório central. Faz a avaliação da participação dos Repositórios Institucionais -RI brasileiros no Diretório de Repositórios de Acesso Aberto -OpenDOAR, ilustrando os tipos de documentos registrados nos repositórios Digitais. Apresenta as iniciativas do OA e do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - IBICT, bem como o nível de evolução das mesmas. Debater as razões pelas quais estamos impedindo as bibliotecas universitárias de construir e manter seus repositórios institucionais, bem como, além de dois pesquisadores, essas iniciativas. Discute a implantação de dois repositórios institucionais brasileiros, bem como as dificuldades encontradas por instituições de ensino e pesquisa, com foco em alguns pontos importantes na evolução desses repositórios.