O CURRÍCULO DO CURSO TÉCNICO DE MINERAÇÃO NO ALTO PARAOPEBA/MG
RELAÇÕES ENTRE FORMAÇÃO, POLÍTICAS EDUCACIONAIS E O MUNDO DO TRABALHO
DOI:
https://doi.org/10.17648/2238-037X-trabedu-v28n3-12116Palavras-chave:
Currículo, Educação Profissional, Curso Técnico de MineraçãoResumo
A presente pesquisa foi desenvolvida na Região do Alto Paraopeba/MG e se refere a um estudo acerca do currículo do curso técnico em mineração. Tomamos como ponto de partida as seguintes questões: que concepções de currículo subsidiam a proposta do curso técnico de mineração? Como o currículo vem sendo organizado nas escolas para formar o técnico em mineração com base nas exigências legais, bem como dos documentos oficiais, previstos para esta modalidade? O que se diz e o que se faz em relação à organização curricular deste curso? Nosso objetivo foi analisar as políticas públicas para a educação profissional do técnico em mineração e desvendar como a instituição pesquisada alinha seu processo de organização, discussão e implantação do currículo a elas. Buscamos compreender a proposta deste curso, tendo por referência as contribuições teóricas sobre o currículo e as mudanças ocorridas na legislação educacional brasileira desde sua implantação, tendo por referência autores como Michael Apple, Tomás Tadeu Silva, Marise Ramos, Gaudêncio Frigotto, entre outros. Para contextualizar o estudo, reportamos à história da mineração no Brasil e da região estudada. O lócus de pesquisa foi o Centro de Educação Profissional e Tecnológica General Edmundo Macedo Soares e Silva – CET, o que a caracterizou num estudo de caso. Após a análise dos dados coletados concluiu-se, dentre outros aspectos, que, embora cada período histórico apresente documentos e propostas oficiais distintas, os currículos passam por poucas mudanças, estabelecendo uma cultura escolar tradicional e, ainda, a burocrática adequação às exigências legais nem sempre conduzem à uma reflexão sobre a prática escolar.
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Referências
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