DO FORDISMO À ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL E OS IMPACTOS NA SAÚDE DO TRABALHADOR

Autores

  • Aleksandra Nogueira de Oliveira Fernandes Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN)
  • Stenio de Brito Fernandes Secretaria de Estado da Educação e da Cultura do estado do Rio Grande do Norte– SEEC/RN https://orcid.org/0000-0001-6300-9561
  • Marlúcia Menezes de Paiva Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

DOI:

https://doi.org/10.35699/2238-037X.2024.42152

Palavras-chave:

Fordismo, Acumulação Flexível, Saúde do trabalhador

Resumo

O artigo apresenta uma discussão sobre a relação do homem com a natureza por meio do trabalho e as inúmeras transformações ocorrida ao longo dos anos, onde a sociedade de maneira geral, bem como a força de trabalho, tiveram que se adequar ao novo cenário imposto. Temos como objetivo analisar o percurso do fordismo à acumulação flexível e os impactos na saúde do trabalhador. Partimos de uma abordagem qualitativa segundo as proposições de Creswell (2014). Para o corpus do artigo realizamos uma pesquisa bibliográfica referendados em autores que discutem a temática em tela. Como resultados, o estudo revelou que a realidade política, econômica e social na qual os trabalhadores estão submetidos, desencadeia processos de mal-estar/adoecimento, onde a flexibilização do trabalho tem a precarização, como um dos seus efeitos mais marcantes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Aleksandra Nogueira de Oliveira Fernandes, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN)

Doutoranda em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional - PPGEP do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte - IFRN, Campus Natal central, na linha de História, Memória e Historiografia da Educação Profissional. Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação - POSEDUC da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN na linha de Formação Humana e Desenvolvimento Profissional Docente (2015). Especialista em Educação, na área de Ensino e Currículo (2010) pela UERN e graduada em Pedagogia pela UERN (2007). Professora de Didática, em regime de dedicação exclusiva, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), Campus Mossoró. Professora do curso de Especialização em Educação e Contemporaneidade do IFRN, Campus Mossoró. Atuou como professora efetiva da Educação Infantil na rede pública municipal (2010 a 2012). Atuou como professora colaboradora do Departamento de Educação da Faculdade de Educação da UERN de 2010 a 2015 ministrando disciplinas pedagógicas. Tem experiência na área de Educação, com ênfase na educação profissional, prática de ensino e saberes docentes, educação e trabalho, didática, alfabetização e letramento, educação infantil, desenvolvimento profissional, educação inclusiva e narrativas (auto) biográficas.

Stenio de Brito Fernandes, Secretaria de Estado da Educação e da Cultura do estado do Rio Grande do Norte– SEEC/RN

Mestre em Educação pelo Programa de Pós-graduação em Educação (POSEDUC) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), e relaciona-se à linha de pesquisa Práticas Educativas, Cultura, Diversidade e Inclusão. Especialista em Mídia na Educação pelo Núcleo de Educação a Distância (NEAD/UERN) (2015). Especialista em História do Brasil República pela UERN (2005), possui graduação em Geografia pela UERN (1999). Atualmente é professor estatutário no município de Porto do Mangue/RN (2003), no Ensino Fundamental II na Escola Municipal Francisca Serafim de Souza e concursado do Estado do Rio Grande do Norte (RN) (2006), com disciplinas de geografia no Ensino Fundamental II e Educação de Jovens e Adultos (EJA) na Escola Estadual Jerônimo Vingt Rosado Maia. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Memória (Auto) Biográfica e Inclusão (GEPEMABI/UERN). Participo do Projeto de Pesquisa em andamento da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPEG/UERN), intitulado: Ascensão Social por meio dos estudos de estudantes de origem popular: da Educação Básica até a Universidade. Faço parte do Projeto de Extensão, intitulado: Histórias de Vida em Música, Teatro e Desenho: Vozes Silenciadas. Ação desenvolvida pela Diretoria de Políticas e Ações Inclusivas (DAIN/UERN) e Pró-Reitoria de Extensão (PROEX/UERN). Tem experiência na área de Educação no Ensino Fundamental II e EJA no Ensino de Geografia, Educação Inclusiva e Narrativas (auto) Biográficas.

Marlúcia Menezes de Paiva, Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Professora Titular do Centro de Educação da UFRN. Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1969), doutorado em Educação: História e Filosofia da Educação, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1992) e pós-doutorado em educação na Ècole des Hautes Études en Sciences Sociales-EHESS e na Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000-2001). Tem experiência na área de Educação (pesquisa, ensino e extensão), com ênfase em História da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, história da educação, história das práticas sócio-educativas da igreja Católica. A ênfase de suas pesquisas e publicações ocorre na área da educação não formal, particularmente na educação popular.

Referências

ANTUNES, Ricardo. Os Sentidos do Trabalho: ensaio sobre a afirmação e a e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2009.

ANTUNES, Ricardo; PRAUN, Luci. A sociedade dos adoecimentos no trabalho. Serviço Social & Sociedade. São Paulo, n. 123, p. 407-427, jul./set., 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/sssoc/a/cbc3JDzDvxTqK6SDTQzJJLP/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 18 de mai. de 2024.

CASTELLS, Manuel. A era da Informação: economia, sociedade e cultura. 5. ed. São Paulo. Paz e Terra. v. 1, 1999.

CLARKE, Simon. Crise do Fordismo ou Crise da Social-Democracia? São Paulo: Revista Lua Nova. n. 24, set., p. 117-150, 1991. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ln/a/NQGgCHRgSX9ZJ3yZ3wtP85H/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 18 de mai. de 2024

CRESWELL, John W. Investigação qualitativa e projeto de pesquisa: escolhendo entre cinco abordagens. Tradução de S. M. da Rosa. 2. ed. Porto Alegre: Penso, 2014.

DEL BOSCO, Igor Resende; AMARAL, Júlia Porto do. Análise dos Riscos Psicossociais no Trabalho: Um Estudo Acerca da Realidade dos Funcionários de Redes de Fast-Food. In: XVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL. Popular e Solidária: a engenharia necessária para reconstruir o Brasil. Rio de Janeiro, p. 1-26, 2022. Disponível em: file:///C:/Users/Usu%C3%A1rio/Downloads/676-Outro-1322-5-15-20221010.pdf. Acesso em: 21 de mai. de 2024.

DIEESE. Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Terceirização e desenvolvimento: uma conta que não fecha. Dossiê sobre o impacto da terceirização sobre os trabalhadores e propostas para garantir a igualdade de direitos. São Paulo: Central Única dos Trabalhadores, 2014. Disponível em: https://www.cut.org.br/. Acesso em: 10 de mar. de 2024.

FERREIRA, Fabrício Gonçalves; MENDES, Elzilaine Domingues; NAVES, Emilse Terezinha. O mal-estar na uberização: reflexões acerca do trabalho na perspectiva da lógica neoliberal. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, vol. 26, p. 1-13, 2023. DOI: 10.11606/issn.1981-0490.cpst.2023.195592. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/cpst/article/view/195592/196279. Aceso em: 20 de mai. de 2024.

FUTATA, Marli Delmônico de Araújo. Breve análise sobre o toyotismo: modelo japonês de produção. Revista Espaço Acadêmico. v. 4, n. 47, p. 1-9, abr. 2005. ISSN 1519.6186. Disponível em: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/54261/751375152063. Acesso em: 20 de mai. de 2024.

HARVEY, David. A Condição Pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1993.

MARX, Karl. O Capital: Crítica da Economia Política. Livro I, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001, vol. I e II.

MORAES, Luana Pinto; ARAÚJO, José Newton Garcia de. O sentido do trabalho na vida de comerciários de um hipermercado de Belo Horizonte. Revista Interinstitucional de Psicologia, p. 1-22, 2022. DOI 10.36298/gerais202215e17560. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/gerais/v15n1/12.pdf. Acesso em: 21 de mai. de 2024.

OLIVEIRA, Flávia Manuella Uchôa de. Saúde do trabalhador e o aprofundamento da uberização do trabalho em tempos de pandemia. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, p. 1-8, 2020. ISSN: 2317-6369 (online). Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbso/a/CpWfR8RYCdd9skYTLxJjd5p/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 21 de mai. de 2024.

PAES, Ana Carolina da Motta; BATISTA, Thiago Antônio Pereira. Burnout: a saúde mental do trabalhador bancário, uma análise de seu crescimento, fatores e direitos na visão trabalhista e previdenciária. Revista Direito em Foco, n. 15, p. 250-261, 2023. Disponível em: https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2023/05/BURNOUT-A-SA%C3%9ADE-MENTAL-DO-TRABALHADOR-BANC%C3%81RIO-UMA-AN%C3%81LISE-DE-SEU-CRESCIMENTO-p%C3%A1g-250-a-261.pdf. Acesso em: 21 de mai. de 2024.

RIBEIRO. Andressa de Freitas. Taylorismo, fordismo e toyotismo. Lutas Sociais, São Paulo, vol. 19 n. 35, p. 65-79, jul./dez., 2015. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/ls/article/view/26678/pdf. Acesso em: 18 de mai. de 2024.

SANTOS, Cleito Pereira dos. Trabalho, controle e subordinação: o taylorismo-fordismo como modo de organização da autoridade do capital no século XX. CSOnline – Revista Eletrônica de Ciências Sociais, Juiz de Fora, ano 8, n. 19, p. 106-120, jan./jun., 2015. Disponível em: https://repositorio.bc.ufg.br/riserver/api/core/bitstreams/69b72338-4f8b-407a-b1e0-4361d8af2798/content. Acesso em 20 de mai. de 2024.

SPINELLI, José Antônio; LYRA, Rubens Pinto. Capitalismo de acumulação flexível e as categorias gramscianas. Cronos, Natal-RN, v. 8, n. 2, p. 567-587, jul./dez., 2007. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/cronos/article/view/1856/pdf_70. Acesso em: 21 de mai. de 2014.

TEIXEIRA, Rodrigo Gomes de Macedo; MOREIRA, Suelen Santos. Condições de trabalho em call centers e seus impactos na saúde mental do trabalhador. Boletim de Conjuntura. Ano III, vol. 7, n. 20, Boa Vista, p. 45-66, 2021. Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/419/311. Acesso em: 20 de mai. de 2024.

Downloads

Publicado

2024-10-08

Como Citar

NOGUEIRA DE OLIVEIRA FERNANDES, A.; DE BRITO FERNANDES, S. .; MENEZES DE PAIVA, M. DO FORDISMO À ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL E OS IMPACTOS NA SAÚDE DO TRABALHADOR. Trabalho & Educação, Belo Horizonte, v. 33, n. 2, p. 55–69, 2024. DOI: 10.35699/2238-037X.2024.42152. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/trabedu/article/view/42152. Acesso em: 18 nov. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS