A BIFURCAÇÃO PROFISSIONAL DOS NEOCAMPONESES, NA FRANÇA CONTEMPORÂNEA
DOI:
https://doi.org/10.35699/2238-037X.2024.52488Palavras-chave:
Neocamponeses, Bifurcação profissional, Perspectiva da subsistênciaResumo
A partir de entrevistas conduzidas nos sítios, podemos afirmar que a centralidade subjetiva do trabalho estrutura a identidade dos neocamponeses que, por meio de bifurcações profissionais, buscaram uma profissão que estava de acordo com seus valores. Assim, defendemos que as bifurcações rumo à vida camponesa não são uma recusa da ética do trabalho, mas, sim, sua afirmação. Os entrevistados foram divididos em dois grupos, aqueles que recusam a alienação do trabalho e as relações alienadas com a natureza que caracterizava o trabalho anterior, recusa que se acentua com a compreensão do antropoceno, e, em menor número, aqueles que trabalhavam em associações próximas ao mundo camponês ou com educação ambiental. Em ambos os grupos, a construção e consolidação da vida camponesa é marcada pela busca de autonomia no trabalho, que é encarnada em valores e práticas da perspectiva da subsistência.
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