A BIFURCAÇÃO PROFISSIONAL DOS NEOCAMPONESES, NA FRANÇA CONTEMPORÂNEA

Autores

  • Luciano Pereira UNICAMP

DOI:

https://doi.org/10.35699/2238-037X.2024.52488

Palavras-chave:

Neocamponeses, Bifurcação profissional, Perspectiva da subsistência

Resumo

A partir de entrevistas conduzidas nos sítios, podemos afirmar que a centralidade subjetiva do trabalho estrutura a identidade dos neocamponeses que, por meio de bifurcações profissionais, buscaram uma profissão que estava de acordo com seus valores. Assim, defendemos que as bifurcações rumo à vida camponesa não são uma recusa da ética do trabalho, mas, sim, sua afirmação. Os entrevistados foram divididos em dois grupos, aqueles que recusam a alienação do trabalho e as relações alienadas com a natureza que caracterizava o trabalho anterior, recusa que se acentua com a compreensão do antropoceno, e, em menor número, aqueles que trabalhavam em associações próximas ao mundo camponês ou com educação ambiental. Em ambos os grupos, a construção e consolidação da vida camponesa é marcada pela busca de autonomia no trabalho, que é encarnada em valores e práticas da perspectiva da subsistência.

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Publicado

2024-12-29

Edição

Seção

ARTIGOS

Como Citar

A BIFURCAÇÃO PROFISSIONAL DOS NEOCAMPONESES, NA FRANÇA CONTEMPORÂNEA. Trabalho & Educação, Belo Horizonte, v. 33, n. 3, p. 44–52, 2024. DOI: 10.35699/2238-037X.2024.52488. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/trabedu/article/view/52488. Acesso em: 13 maio. 2025.

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