“CRECHE, NÃO! AQUI SE TOMA CONTA DE CRIANÇAS!” - TRAJETÓRIA DE VIDA E OS SENTIDOS DO TRABALHO PARA UMA TOMADORA DE CONTA DE CRIANÇAS
Palavras-chave:
creche domiciliar, relações de trabalho, feminização da pobreza, família monoparentalResumo
O presente artigo tem como objetivo analisar as relações de trabalho vividas por uma trabalhadora de creche domiciliar no município de São Gonçalo/RJ. Focalizo os sentidos de ser mulher, mãe e trabalhadora a as ambigüidades decorrentes de uma atividade que concilia a maternidade e os cuidados da casa com um trabalho sem direitos sociais. O referencial teórico abrange estudos sobre trabalho informal, clandestino e ilegal, gênero e famílias das camadas populares. As análises evidenciam uma ruptura com perspectivas centradas apenas na falta, negatividade ou pobreza desta atividade.