INDIGNADOS

Autores

  • Antonino Infranca Accademia Ungherese delle Scienze / Università di Buenos Aires

Palavras-chave:

Indignados, Pensamento político, Marx, Jovens, Rebelião

Resumo

A atual crise do sistema capitalista está tomando panoramas imprevisíveis desde há algum tempo, porque parece uma crise definitiva do sistema dominante, se não tanto, ao menos uma crise que obrigará o sistema a se reestruturar. O movimento global dos Indignados nasceu, imprevisivelmente, como consequência dessa crise e se desenvolveu em situações extremamente diversas e em locais diversos do globo. Indignados não são apenas os jovens espanhóis que ocuparam as praças principais das cidades espanholas ou os jovens israelenses que se acamparam no centro de Tel Aviv ou o movimento Occupy Wall Street em New York, mas também os jovens egípcios, tunisianos, líbios que derrubaram os seus respectivos regimes ditatoriais. Poderemos, portanto, considerar Indignados os jovens sírios que lutam contra um sistema ditatorial brutal e sanguinário; ou também poderemos considerar Indignados os russos que protestam contra um regime, apenas aparentemente democrático, na realidade autoritário, que está se desenvolvendo em direção a uma verdadeira e própria ditadura; ou ainda os húngaros democráticos que contestam um governo fascista, racista, nacionalista e etnocêntrico. Ser Indignado significa hoje ser contra o capitalismo globalizado por motivos diversos, mas substancialmente porque não se pode mais projetar futuro algum. Ser Indignado significa negociar os direitos mínimos à vida que se tornaram totalmente incompatíveis com a reprodução do capital, do sistema dominante político e econômico. Nesse ponto da sua luta política, os Indignados expressaram, ao mesmo tempo, uma refuta completa da sociedade do consumo e uma profunda atenção no que toca à questão ambiental; colocaram em discussão dois princípios da reprodução do sistema dominante. Desejariam poder ser integrados no sistema econômico dominante, mas, estando na condição de excluídos do sistema, colocam-no em discussão a partir das questões mais fundamentais, não tendo, contudo, ainda um projeto econômico alternativo ao atual dominante. O protesto deles parte de uma tomada de posição individual, inspirada num comportamento conveniente (καθεκοντος, que seria aquilo que o sujeito individual consegue conceber de si mesmo) ao alcançar o objetivo de seu protesto. É um comportamento inspirado...

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Biografia do Autor

Antonino Infranca, Accademia Ungherese delle Scienze / Università di Buenos Aires

Doutor em Filosofia pela Academia Húngara de Ciências; Especialista em Filosofia pela Universidade de Pavia e Graduado em Filosofia pela Universidade de Palermo, ambas na Itália. Integra, atualmente, o Doutorado em Filosofia da Faculdade de Filosofia e Letras, na Universidade de Buenos Aires, na Argentina.

Antonino Infranca, è nato a Trapani (Italia) nel 1957, si è laureato in Filosofia presso l'università di Palermo (1980), si è specializzato in Filosofia presso l'università di Pavia (1985), ha conseguito il  Philosophical Doctor (Ph. D.) presso l'Accademia Ungherese delle Scienze (1989). Nel 1989 ha ricevuto la Medaglia Lukács per la Ricerca Filosofica. È autore di Giovanni Gentile e la cultura siciliana (Roma, L'Ed, 1990), di Tecnecrate. Dialogo (in italiano Roma, Arlem, 1998; in portoghese San Paolo, Praxis, 2003; in spagnolo Buenos Aires, Herramienta, 2004), El Otro Occidente. Siete ensayos sobre la realidad de la Filosofía de la Liberación (in spagnolo Buenos Aires, Antidoto, 2000 e in francese L'Harmattan, Parigi, 2004, in italiano Roma, Aracne, 2010), Trabajo, Individuo, Historía. El concepto de trabajo en Lukács (Buenos Aires, Herramienta, 2005, 2 edizioni ; III ed., Caracas, Monte Avila, 2006, in italiano Milano. Mimesis, 2011) e I filosofi e le donne (in spagnolo Buenos Aires, Topía, 2006 ; in italiano Roma, Il Manifestolibri, 2010). E autore di numerosi saggi su Lukács, Bloch, Gentile, Gramsci, Croce, Kerényi, Heidegger, sulla Filosofia della Liberazione, sulla storia della Sicilia. Ha tradotto in italiano saggi di Ricardo Antunes e Enrique Dussel, ha curato l'edizione in spagnolo di diversi libri di Lukács. Attualmente sta frequentando un corso di dottorato in filosofia presso la Facoltà di Filosofia dell'Università di Buenos Aires.

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Publicado

2014-03-06

Como Citar

INFRANCA, A. INDIGNADOS. Trabalho & Educação, Belo Horizonte, v. 23, n. 1, p. 299–305, 2014. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/trabedu/article/view/9259. Acesso em: 28 mar. 2024.