O jardim secreto: sentidos, performance, memórias e narrativas
DOI:
https://doi.org/10.31239/vtg.v8i1.10600Palavras-chave:
Arqueologia Sensorial, Sentidos, Paisagem, JardinsResumo
Pobres das flores nos canteiros dos jardins regulares. Parecem ter medo da polícia... mas são tão boas que florescem do mesmo modo/E têm o mesmo sorriso antigo/Que tiveram para o primeiro olhar do primeiro homem/Que as viu aparecidas e lhes tocou levemente/Para ver se elas falavam... Alberto Caieiro nos fala dos jardins com saudade. Saudes da intensidade e da liberdade. Sausades dos odores inebriantes, das cores mágicas, do gosto pungente. Se o jardim no passado era vivo, agora ele está morto, talvez não morto, mas contido, timido, preso em sua própria modernidade; Mas esta não é apenas a prisão do jardim, é a prisão do homem moderno. Um homem que aprender e foi educado a se conter, a conter seus sentidos, a manter a mão no bolso, a falar baixo, a disfarçar seus odores e ver o mundo de maneira distanciada. Um homem que emoldurou a paisagem e a transformou em um cenário. Mas paisagens não são elementos estáticos e sim aspectos dinâmicos de nossas vidas que são apreendidos sensorialmente através de práticas, memórias e narrativas.Downloads
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