Paisagem, sentidos e identidades no contexto estancieiro gaúcho: uma abordagem fenomenológica
DOI:
https://doi.org/10.31239/vtg.v8i1.10601Palavras-chave:
História, Cultura Material, Fenomenologia, Casas, Corpo, Identidade SocialResumo
Este artigo apresenta uma proposta teórico-metodológica para o entendimento da paisagem e da sociedade através da experiência corporal. Mais especificamente, trata de uma pesquisa em arqueologia histórica baseada na paisagem doméstica das estâncias oitocentistas do noroeste do Rio Grande do Sul, composta, essencialmente, pelas casas em que viviam os proprietários de terras, os galpões em que viviam os peões e as senzaas onde viviam os escravos. O artigo argumenta que nosso corpo, quando em contato com as formas materiais do passado, nos possibilita acessar dinâmicas não mais existentes. Essencialmente focado nas sensações físicas, esse contato passa a ser mais rico se informarmos nossos sentidos sobre a dinâmica da realidade que queremos entender. Em conjunto, a materialidade das paisagens domésticas, a ativação dos sentidos em meo a essa materialidade e a imaginação científica atrelada à realidade do século 19 deram origem à interpretação apresentada aqui, que evidencia que os papéis sociais exercidos nas estâncias e as identidades daí decorrentes estavam estreitamente atrealados às experiências sensoriais vivenciadas em meio às suas sedes.Downloads
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